HOMILÉTICA
14/08/97
I.CONCEITOS
1.Aprender a pregar é difícil; e esta dificuldade não diminui com um bom professor, nem por sua habilidade natural de falar. Pregar é uma atividade complexa, pois não há uma definição definitiva em todo o mundo. São muitos os fatores que influenciam na pregação. Nós não manejamos o Espírito: “O vento sopra onde quer”.
Temos em um sermão:
a. Mensagem. (Não muda)
b. Método. A união desses dois gera conhecimento que não passa de uma interpretação.
c. Mensageiro. (Está sujeito a mudança).
2.Quando pregamos devemos falar sobre a Palavra de Deus, tendo em mente que devemos transmitir o que já existe que é a Bíblia e não inventar uma nova palavra.
Definição.
Pregar é a ocupação concentrada nas faculdades físicas, mentais e espirituais de um indivíduo. (Fred Craddock)
Uma pregação eficaz é obra do Espírito santo. Po isso, nunca devemos sentir-nos sós ao pregar.
Atos 19:12-26 exemplo dos que queriam poder para realizar milagres sem o Espírito Santo.
-O sucesso nos mostra a grandeza de Deus.
-A derrota nos humilha aos pés de Deus.
-Podemos tanto pregar para a salvação como para a perdição.
Razões pelas quais pregar é difícil:
-Pregar é difícil porque é uma descrição apresentada.
-Temos de falar em linguagem acessível e prática para que o povo entenda.
-Nosso sermão deve ser pão palpável e não conceitos abstratos.
-Pregar é difícil porque é um ato tanto privado como público. (Privado em sua preparação e público porque a mensagem não é somente sua, é uma mensagem própria da comunidade.)
-Pregar é difícil porque usa palavras e prega “A Palavra”.
Existe uma ligação entre as palavras e “A Palavra”que não podemos negligenciar. Devemos usar bem as palavras humanas para transmitir “A Palavra” divina. Devemos usar uma linguagem acessível a todos.
Pregar, mesmo sendo difícil, pode ser feito. A pregação pode ser ensinada e aprendida; mesmo dependendo de vários elementos como: Necessidade do grupo, carência, conteúdo da mensagem, etc.
Um processo educativo que tem sido principalmente silencioso requer do estudante de teologia um urgente desenvolvimento de habilidades orais.
***
11/09/97
II. CONVICÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A PREGAÇÃO
1. O pregador: Pessoa fundamental na tarefa da pregação.
A. O ministro trabalha dentro de uma rede de confiança mútua, na qual é impossível separar seu caráter do seu trabalho.
B. Toda pregação é uma auto-revelação do pregador.
C. Espera-se que o pregador tenha: Fé, Paixão (fervor, alegria), autoridade (que tenha vinda da palavra de Deus), graça (compreender pecadores), etc.
2.Os ouvintes: Eles (os membros) são participantes ativos na pregação. Os ouvintes precisam ter um preparo prévio (Evangelismo p 132). Pregar é mais que apresentar um tema cristão; pregar é um ato cristão em si.
A. A mensagem tem que ser apropriada para os que a escutam.
B. A dinâmica e estrutura do sermão deve dar às pessoas algo a refletir, pensar, decidir e fazer durante a pregação.
C. O sermão deve falar para a congregação e pela congregação.
3. As Escrituras: A pregação apresenta as Escrituras como uma voz viva na congregação do fim do século XX (os textos bíblicos têm tanto passado como futuro), iluminar o futuro com experiências e promessas do passado. Um bom sermão depende do próprio sermão(mensagem), do pregador(mensageiro), e da audiência(membros).
III. CONTEXTOS DO SERMÃO.
Um sermão tem vários contextos:
1. Contexto histórico.
A. Memória do pregador. Lembranças e comparações que fazemos com outros pastores ou com a mensagem pregada. Nos lembramos de outros sermões. Quando pregamos, os membros não escutam um só sermão; escutam muitos.
B. Memória dos membros. Faz conexão e procura comparar um pastor com outro. A memória da congregação é muito mais forte do que a memória de um indivíduo.
O contexto histórico provê 3 benefícios para a pregação:
a) Anima e sustenta o pregador. Assim como Deus dirigiu a vida de muitos pregadores e de seu povo, dirigir-me-á a mim também.
b) Ajuda a desenvolver a faculdade crítica própria. A bíblia recomenda uma estrutura para pregar.
c) Provê um rico recurso para encontrar e desenvolver maneiras ou formas/estilos para pregar.
2. Contexto pastoral.
O sermão não pode estar desvinculado do trabalho pastoral(visitação). O contexto pastoral se ganha visitando às pessoas.
A pregação tem um contexto pastoral; a visitação é um contexto pastoral.
Com base no conhecimento dos membros se prepara o alimento específico e necessário para o sustento da igreja.
3. Contexto litúrgico.
Nós adventistas do sétimo dia enfrentamos uma crise de intencionalidade. O que temos ido fazer na igreja? Adorar a Deus ou ouvir um sermão?
Se, ao irmos para a igreja, não há uma intenção de adorar a Deus, corremos o risco de cair em puro sentimentalismo.
Podemos ter um culto sem sermão, mas não podemos ter um sermão sem adoração. O sermão é adoração ativa.
Todo o rito litúrgico é baseado na bíblia e é extremamente importante. Porém, num culto, tudo converge para a parte especial que é o sermão.
Contexto Litúrgico/Pastoral para a Pregação
9:30 - 10:10 am. é o melhor período (culto tradicional)
10:10 - 10:50 am. Estudo em grupos, análises de sermões, Escola sabatina, etc. (classe bíblica)
10:50 - 11:30 am. Organização X grupos por turnos, jovens, apresentação de membros novos na comunidade cristã, almoço. (Celebração)
4. Contexto teológico.
A pregação informa e participa da revelação. Com o texto o pregador deve dar significado do presente e do futuro oferecendo uma estrutura de significado para os ouvintes. Esta é uma tarefa de interpretação da parte do pastor principalmente. Um texto do passado deve ser usado para iluminar a vida de um irmão no presente momento. O sermão deve falar de um texto e de uma realidade. A teologia e a pregação tem uma relação de mutualidade.
IV. UMA BREVE TEOLOGIA DA PREGAÇÃO
A Palavra a pregar procede do silêncio. As pessoas que mais influenciam em nós são aqueles que guardam silêncio. Não é que são misteriosos, mas é que revelam seu caráter mediante o silêncio. Parece que essas pessoas se deram conta que a vida humana se desenvolve de silêncio em silêncio. O silêncio que se fala não é o silêncio de romper o barulho. O silêncio de Deus é parte de sua revelação. Gn 1:3, Ap. 8:1 quando Deus fala o que havia antes era silêncio. Assim como Deus quebra o silêncio com sua palavra, o pregador pode quebrar o silêncio que há dentro de si ao pregar a palavra; mas antes ele precisa experimentar o silêncio de Deus.
Quando Deus rompe seu silêncio Ele não o faz com um grito mas sim com um murmúrio (Rm. 1:20). Todo o poder da divindade é manifesto pelas coisas criadas (A natureza revela a Deus silenciosamente Sl 19:1,2) O pregador tem que saber que seu sucesso não depende de muitas palavras mas sim das palavras ditas através da palavra de Deus.
A palavra de Deus que é ouvida pelo pregador como um sussurro, deve sair de sua boca como um grito senão as pessoas não irão atentar para ela; porém, não pode haver pregação como um grito se você não ouviu antes o sussurro de Deus .
Mt. 10:27
A imagem da pregação como um grito é apropriada por 4 razões:
1.Registra a urgência e a importância da mensagem que pregamos.
2.Sua natureza pública testifica contra concepções sectárias estreitas.
3.O grito simboliza a intensidade e a tenacidade do amor que não é só mensagem mas sim que impulsiona o amor.
4.Desde os dias de Cristo o grito serve como um alerta às forças do mal.
Há dois tipos de pregação difícil de escutar:
1.A pregação pobre. (Porque é pobre em tudo; idéias, ilustrações, argumentos, etc.)
2.A boa pregação. (Porque faz com que as pessoas fiquem preocupadas por sentirem a necessidade de tomar uma decisão importante em sua vida).
1.A teologia e a pregação tem uma relação de interdependência.
2.A teologia habilita a pregação para falar temas de importância e evitar a trivialidade.
3.Em teologia nós usamos conceitos e linguagem teológica, mas na pregação devemos usar um vocabulário concreto, gráfico, palavras que evocam e criam imagens na mente das pessoas.
V. A VIDA DE ESTUDOS.
Isso é mais que “estudar para o sermão”. Se Deus toma tempo para nos falar diariamente, é porque não suportaríamos tudo de uma só vez; e o que se faz dessa forma se aprende para sempre, não só no momento. Quando estuda-se apenas para o sermão, esse sermão vai ser fraco, sem vida, etc. Por isso a vida de estudo do pregador é de suma importância. O tempo gasto na vida de estudo não é separação do tempo de trabalho mas sim a introdução nela.
Pregadores consumistas preparam somente um sermão; pregadores devem produzir crescimento espiritual e crescimento dos membros.
As horas de estudo nunca serão um tempo perdido pois elas terão um tremendo impacto no caráter.
O estudo é um ato de obediência porque o Senhor disse “amarás ao Senhor teu Deus com toda a sua mente”. O estudo também é trabalho pastoral. A congregação se beneficiará pelo fruto do trabalho árduo.
O estudo protegerá à congregação das tendências próprias e das tendências pessoais do pregador.
***
18/09/97
Obstáculos Para a Vida de Estudos
A. Mesquinhez para dar tempo e recursos para que os pastores estudem.
B. Bons hábitos de estudo se aprende no tempo do seminário.
Obs: OE p 294 “Os pregadores de idade e experientes devem sentir que é dever seu ir adiante... Volvendo ou tornando-se mais eficiente em sua obra”.
C. Um bom estudante é um bom estudante apesar de dois mitos culturais:(1) A experiência é suficiente, a experiência não é suficiente porque é limitada no alcance, a experiência não pode avaliar a si mesma; (2) A demasiada expectativa do espontâneo/intuitivo, no estálo do momento.
***
23/10/97
Braga, James, Como preparar mensagens bíblicas,
Ler capítulos: Sermão temático, O título, A introdução, A conclusão.
Estudá-los para prova e exame.
Sugestões para uma vida de estudos
A. Ao chegar a um novo distrito deixe-o conhecer seus hábitos de estudo.
B. Seja realista com respeito às suas expectativas de estudo (leia e estude o que é possível, sem paralisia e frustração).
C. Estabeleça e mantenha uma rotina de tempo e local de estudos.
a) Estude enquanto estiver estudando; jogue quando estiver jogando; faça cada coisa a seu tempo.
D. Desenvolva a habilidade de usar bem os intervalos de sua agenda.
E. Regularmente leia novelas e contos porque nos põem em contato com os mestres da narração; e este será um de nossos trabalhos: Narrar, usar imagens, figuras de linguagem, etc.
a) Tanto os professores como as influências de classe nos formam para o futuro de nossos pensamentos e ações como comunicadores.
b) Os livros e apostilas foram escritos por “experts” em homilética, mas não “experts”em linguagem.
F. Resista a tentação de parar o estudo quando a idéia do sermão emergiu.
G. Tome conhecimento das bibliotecas da região.
H. Estabeleça sua própria biblioteca de modo que funcione eficientemente. Como funcionar bem uma biblioteca?
a) Pegue um livro e não o coloque na estante sem antes o ler e processar suas informações.
b) Compartilhe livros com colegas (no sistema pé-e-pé dá-se um recebe-se outro).
c) Coloque os livros na estante de maneira prática.
I. Aproveite os seminários que acontecem na região.
J. Preserve o fruto do seu estudo em arquivo, computador, fichário, etc. (isto se tornará uma sementeira para produzir sermões).
L. Deve-se ter uma pasta para cada licro da Bíblia.
VI. INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
Desenvolver um esboço de como escutar e interpretar o texto.
Alguns pregadores pegam o conteúdo do sermão de temas, assuntos, experiências e muito pouco da Bíblia. Quando isso acontece é pregado apenas um tema e não a palavra de Deus; a Bíblia passa a ser apenas o pano de fundo e não o prato principal da refeição espiritual.
O pregador tem que escutar, interpretar e lutar com o texto; isso é notado pelos membros e com isso sentem-se alimentados. A intimidade do pastor com a Bíblia deve ser a sua maior virtude.
Ler muito a Bíblia durante um sermão não quer dizer que este foi um sermão bíblico, demonstra apenas que foi muito usada uma concordância.
Passos para escutar e interpretar um texto
1. Seleção do texto - É feita de duas maneiras:
A. Pelo pregador - Deve cuidar para não falar de si mesmo.
B. Por temas pregados e preparados com antecedência (calendário sermônico) sabendo onde quer chegar. Os sermões feitos com muito tempo de antecedência são superiores homileticamente. Vantagens:
a) Permite arrumar material para seu preparo. Como fazer? O pastor com uma pequena comissão define os temas e arquiva-os para que não ocorram repetições.
Desvantagens:
a)Falta de idéias, de temas, de assunto; com isso o próprio sermão será uma consequência dos acontecimentos sinistros da ocasião.
2. A primeira leitura do texto.
Devemos ler silenciosamente, depois em voz alta; ler com atenção, com amor, falar com o texto.
Exercícios: 1Cr 11:15-19; 1Co 7:32-35; Lc 9:57-62
3. Estabelecer o texto. (Conferir)
É revisar se há variantes nas palavras, outras alternativas do mesmo texto: coisa séria, não apenas questões de versões. Não é desconfiar e sim honrar o texto falando o que o autor realmente disse. Recomenda-se uma concordância grego/espanhol do NT (autor: Hugo Peter).
4.Determinando os parâmentros do texto. (perícope)
Contexto literário e contexto imediato?
É dever do pregador encontrar essas fronteiras.
Ex. Lc 1:25-37; Lc 10:38-42; Lc 16
Não podemos violar o texto e dizer coisas fora do contexto.
5.Estabelecendo o texto em seus vários contextos.
A. Contexto histórico - O texto do sermão é colocado no tempo, lugar, e circunstâncias de origem. Alguns estudam o texto como vindo a existência por causa da história; mas nós entendemos que por causa do texto existe a história.
B. Contexto literário - Há uma intecionalidade dos autores em colocar certas partes da narrativa onde são colocadas. Exemplo: Lc 3:18-22 Há uma intencionalidade em colocar a prisão de João Batista antes do batismo de Jesus. Lc 4:16-30.
Mr 10:32-45 - Mostra Cristo sendo humilhado e logo em seguida Tiago e João pedindo os lugares principais.
C. Contexto teológico - Não se pode interpretar um texto sem que esse texto esteja iluminado pela teologia geral do autor. No livro de João a salvação é uma coisa presente, de agora, nos outros livros também existe estai mpressão e ênfases que devemos respeitar. Por que o livrode Rute, esdras e Neemias olham os estrangeiros de maneira diferente? Por que eles também foram estrangeiros.
6.Ficar consciente dos próprios pontos de contato. Tomar distância do texto.
Há duas perguntas que ajudam o pregador a não matar o texto:
A. Em que nível me envolvi com o texto? Muitas passagens da escritura contém material que já existia antes. Gn 3:15 Gn 12 Gl 3:16
O pregador tem que decidir se prega cristologia ou se prega uma atitude cristã baseada em uma cristologia.
B. Em que ponto me identifiquei dentro do texto? Deixar que o texto fale por si; e não falar pelo texto, mantendo a sua identidade e a identidade do texto. Cristo reagiu frente a crítica de que comia com os pecadores. Onde estou nesse texto? Junto com os críticos, junto com os pecadores, ou de lado vendo a cena? Se não resolvermos essa questão, nossa posição será indefinida perante a congregação.
***
30/10/97
7. Pondo o texto em nossas possas palavras. (Escrevê-lo em uma frase curta)
Responsabilidade - Depois de entender o texto, devemos ter responsabilidade sobre o que vamos pregar.
Autoridade (própria) - Quando não tivemos envolvimento com o texto, não temos autoridade para fazer a pregação.
Para termos segurança de que escutamos e experimentamos o texto devemos fazer duas perguntas: (1) que está falando o texto?; (2) que está fazendo o texto?. É fácil responder a primeira.
Exemplo: A ressureição de Cristo é a vindicação de Deus enquanto ao seu amor que se dá a Si mesmo.
O texto pode animar, confortar, etc.
VII. O SERMÃO: CLAREZA E COERÊNCIA.
1.Lensky propõe uma das formas mais diretas quanto à pregação; ele disse “O tema do texto é o tema do sermão, e as partes do texto são as partes do sermão”.
Seu exemplo é Sl 24:3-6 -
Tema: Verso 3
Corpo: O que é limpo de mãos e puro de coração
O que não entrega a alma a falsidade v.4
O que não jura dolosamente
Receberá bênçãos v.5
Conclusão: Verso 6
Monte de Jeová é, de acordo com Hebreus, é a igreja.
2.Monroe, a palavra chave para ele é sequência motivacional. Toda essa sequência motivacinal tem como objetivo é a persuasão. Ele não inventou isso, mas descobriu que um sermão persuasivo tem 5 elementos(a esses elementos ele chamou de sequência motivacional).
Atenção, necessidade, satisfação, visualisação e ação.
Exemplo: Rm 6:1-14
Paulo chama a atenção com perguntas Rm 6:1
Depois fala da necessidade (batismo) Rm 6:2,3
Satisfação Rm 6:4
Visualisação Rm 6:5-11 uma entrada dos benefícios futuros.
Ação Rm 6:12-14
3.Acredita que os autores da Bíblia usam lógica e raciocínio?
Se temos capacidade de raciocinar, esse raciocínio pode ser duas maneiras:
A. Raciocínio indutivo - Tira conclusões gerais desde eventos e exemplos específicos. Rm 4:1-3, 18,22
B. Raciocínio dedutivo - Aplica conclusões gerais a exemplos específicos. Hb 10:19-25.
***
06/11/97
Cont.
4.Arranjo psicológico p/ favorecer o impacto da comunicação. Mq 6:8 - Deus pede 3 coisas: (1) Praticar a justiça; (2) Amar a misericórdia; (3) Humildade com Deus. Para um determinado propósito podemos inverter a ordem do texto.
A. Religião com Deus
B. Religião comigo Título: Como é a religião verdadeira no AT?
C.Religião com outros
5.Plano Homilético - Lowry propõe que nós usemos analogia com drama, então o desnvolvimento do drama é o desenvolvimento do plano. Ele propõe 5 etapas:
A. Estabelecendo equilíbrio
B. Analizar as discrepâncias
C. Abrindo as pistas para a resolução
D. Experimentando o evangelho
E. Antecipando boas consequências
Ex. Gl 4:1-7
Gl 4:1 - estabelece o equilíbrio
Gl 4:2,3 - análise das discrepâncias
Gl 4:4,5 - Abrindo as pistas p/ a resolução Título: Que significa ser um filho de Deus?
Gl 4:6,7a - Experimentando o evangelho
Gl 4:7b - Antecipação as consequências
6. Perry - Uma das vantagens desse método é que facilita a unidade e a progressão do sermão. Tem 5 passos:
1. Assunto - é uma representação ampla e geral do que fala o sermão.
2. Tema - o tema delimita o assunto e apresenta alguns aspectos do assunto.
3. Proposição - Faz demenda que se relacionem com o tema. Sugere 3 possibilidades:
A. Uma declaração de avaliação ou juizo - Ex. “Adorar é lucro”
B. Uma declaração de obrigação ou dever. “Devemos adorar a Deus”
C. Uma declaração de habilidade ou atividade sem obrigação. “Podemos adorar a Deus”.
4. Oração de transição - Faz a transição entre a proposição e as divisões maiores.
5. As divisões maiores.
Ex. Ef 3:14-19
1. Assunto - Santidade
2. Tema - V 19b
3. Proposição - Podemos ser cheios do amor de Deus
4. Oração de transição - Podemos ser cheios do amor de deus mediante:
1.V.16
2.V.17a - Cristo possa habitar pela fé em vossos corações
3.Vs.17b, 18, 19.
Obs: Falamos sobre:
Ouvintes
Como selecionar o texto: Azar e calendário sermônico
VIII. INTERPRETAÇÃO ENTRE O TEXTO E OS OUVINTES
Falaremos da Necessidade, da dificuldade e da possibilidade da pregação.
1.Necessidade
A. A igreja cristã tem gasto muito tempo interpretando textos e ainda tem-se o que interpretar.
B. A interpretação é essencial porque não temos cânon fechado.
C. A natureza dos textos requerem interpretação.
Ex. O Sl 110 recebe 35 interpretações no NT.
Gl 3:16,29 é uma interpretação de Gn 12 que é uma interpretação de Gn3. O Novo Testamento é um desenvolvimento ampliado do AT. Nele temos uma continuidade que é uma intensificação. (Hb 1:1)
Obs: A fé de Gn 15 não serve de nada sem a obediência pela fé de Gn 22
2. Dificuldade
A dificuldade encontra-se no texto e no intérprete.
A. No texto.
B. No intérprete. Pela nossa fragilidade de fé, pelos nossos preconceitos, etc.
3. A possibilidades
A. A distância entre os escritores bíblicos e nós, é diminuida porque nós participamos da mesma humanidade. Mr 10:13-16 Foi usado para pregar em um asilo.
B. Pregamos um texto após um grande esforço ter sido feito, pela igreja, para interpretá-lo.
C. A igreja conta com um conjunto de eruditos. São úteis quando servem à igreja local.
D. A presença do Espírito Santo na igreja.
E. O contínuo desafio do texto mesmo que nos rejeita, nos desafia, nos anima, nos provoca, etc.
***
13/11/97
***
20/11/97
5. Na aplicação das profecias do AT concernentes à reunião na era pós-milenial, no Apocalipse (20:22) já não a relaciona com a antiga Jerusalém, mas sim com a esposa do cordeiro que descerá de Deus, do céu à terra ao final do milênio. Esta é a consumação final de todas as profecias apocalípticas centralizadas em Cristo e sua santa cidade a capital da nova terra. Ap 20:7-9 (Ez 38, 39; Zc 12:14; Joel 3; Is 24:21,22)
4 Fases do Israel Antigo
QUALIDADES BÁSICAS DO SERMÃO
1.Unidade - Para obter unidade devemos ter o sermão todo em uma frase. Há 4 benefícios de termos essa frase:
A. Confiança.
B. Ganha atenção da congregação.
C. Favorece a criatividade e imaginação ao arrumar o material e apresentá-lo
D. Você obtém segurança quanto a onde a mensagem chegará.
E. Será menos dependente das anotações no púlpito.
Exemplos: Mat. 5:21-27
Tema: Na igreja, o relaconamento é mais imprtante que os rituais.
Assunto: Reconciliação como prioridade (somente para uso do pregador).
Título: Afastando-se antes da bênção.
Rm 13:11-14
Tema: Atuar como cristãos é um caminho para chegar a sê-lo.
Assunto: Sendo e fazendo (somente p/ uso do pregador).
Título: Uma boa palavra para hipocrisia.
2. Memória - tem que ver com a pregação de uma sermão de acordo com a tradição da IASD.
3. Identificação - Como conseguir?
A. A condição humana é apresentada com uma intuição genuína. Tem revelar a conduta humana.
B. Se dá especial atenção ao específico e particular e não ao geral.
C. O material do sermão é realista e não inventado.
D. A narração é com economia de palavras e sem sensacionalismo.
4. Antecipação - Não mostrar todas as cartas no início do sermão.
5. Intimidade - Como obtemos intimidade no sermão? Através do contato visual e do tom vocal.
A FORMAÇÃO DO SERMÃO
Na Bíblia não há uma forma fixa para sermão. A igreja preparou toda uma comunicação oral.
1. A forma deve ser adequada ao sermão. O ideal é que tanto o “como” como o “que” deve ser tirado do texto a ser pregado.
A. Isto ou aquilo -Js 24:14,15
B. Que é isso? Vale a pena? Como obtê-lo?
C. Explore, explique, aplique.
D. O problema, a solução (1Co 11:17-24)
E. O que não é, o que é.
F. Ambos / e (inclusivo)
G. Promessa / cumprimento
H. Ambiguidade / clareza
I. Premissa maior, premissa menor, conclusão
J. Não isto, não isto outro, tampouco isto, sim isto.
L. Vai e vem - Jo 18:12-27.
M. Do menor ao maior - Lc 16:10-13.
2018 © Agência Visão Aberta. Todos os Direitos Reservados.