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Homiletica - Aprofundamentos no Sermão

  • 6/12/2018

índice

O PODER DA PALAVRA FALADA 

A Cultura Física da Voz 

1.EMISSÃO VOCAL 

2. DICÇÃO 

3. INFLEXÃO 

A VOZ 

Tipos de Oratória 

A HOMILÉTICA NA HISTÓRIA 

Oratória 

Homilética 

A ESTRUTURA DO DISCURSO 

AUDITÓDIO ATENTO 

AUDITÓRIO DÓCIL 

AUDITÓRIO BENÉVOLO 

O QUE NÃO FAZER NUMA INTRODUÇÃO 

O Uso da Voz na Introdução 

O Rítimo 

Pausas 

Tipos de Introdução 

Situação em que não precisa de introdução 

ARGUMENTAÇÃO 

DIVISÃO/SUBDIVISÃO/TÓPICO 

CONCLUSÃO 

O QUE NÃO FAZER NA CONCLUSÃO: 

I - ANÁLISE DO AUDITÓRIO 

II - ANÁLISE DA OCASIÃO 

III - ANÁLISE DO ORADOR 

DIFERENÇA ENTRE TEMA E TÍTULO 

RECURSOS TÉCNICOS DE ORATÓRIA 

CONHECENDO A NATUREZA HUMANA 

- EMOÇÃO, RAZÃO E VONTADE - 

DEFINIÇÃO DE VONTADE 

DOENTES DA VONTADE 

"AS PRINCIPAIS FORMAS DE BEM" 

SUGESTÕES QUANTO À APARÊNCIA E VESTUÁRIO 

"MANEIRAS DE APRESENTAR UM DISCURSO" 

"QUALIDADES PESSOAIS DO ORADOR SACRO' 

O VALOR DA PREGAÇÃO BÍBLICA NO PLANO DE DEUS 

TIPOS DE SERMÕES 

PASSOS PARA PREPARAR UM SERMÃO TEXTUAL 

COMO TRATAR O TEXTO BÍBLICO 

TIPOS DE TEMAS E COMO TIRÁ-LOS DE UM TEXTO 

1. Temas baseados diretamente no Texto 

2. Temas que podem ser tirados do texto por procedimentos lógicos 

3. Temas Derivados de um texto por uma simples sugestão 

COMO DESENVOLVER O TEMA 

DE UM SERMÃO EXPOSITIVO OU TEXTUAL 

1. Desenvolvimento Textual Analítico 

2. Desenvolvimento Textual Sintético Elementar 

3. Desenvolvimento Textual Sintético Avançado 

SIGNIFICADO E OBJETIVO DA PREGAÇÃO 

DEFINIÇÃO DE PREGAÇÃO 

TERMOS GREGOS PARA A PREGAÇÃO 

SIGNIFICADO E OBJETIVO DO ENSINO 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ENSINO BÍBLICO 

ALGUNS MÉTODOS DE ENSINO: 

TIPOS ERRADOS DE PREGAÇÃO 

TIPOS ERRADOS DE PREGADORES 

CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO DE JESUS 

CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO 

DOS TEMPOS APOSTÓLICOS 

SERMÕES NO N.T. 

CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO EFICAZ 

VALOR E USO DAS ILUSTRAÇÕES 

VANTAGENS DA ILUSTRAÇÃO 

CARACTERÍSTICA ESSENCIAIS DE UMA BOA ILUSTRAÇÃO 

ASPECTOS A SEREM EVITADOS NO USO DAS ILUSTRAÇÕES 

FONTES DE ILUSTRAÇÃO 

MODO DE USAR AS ILUSTRAÇÕES 

TIPOS DE OUVINTES 

COMO FAZER APELOS 

CARACTERÍSTICAS DO APELO EFICAZ 

TIPOS DE APELOS 

 

HOMILÉTICA

 

O PODER DA PALAVRA FALADA

 

No tocante à palavra de Deus:

    •  

Bíblia (escrita)

    •  

Palavra de Deus = Falada

A palavra falada é mais antiga que a escrita:

Sal. 33:6 e 9

Heb. 11:3

Isa. 55:11

Luc. 8:11

A palavra na boca dos homens de Deus, também era a palavra de Deus:

Luc. 4:32

Palavra de Jesus - João 6:63

Mat. 8:16

Parábolas de Jesus, pg. 335 - "De todos os dons que recebemos de Deus, nenhum se torna melhor bênção do que essa..`a palavra'". (pagãos, incrédulos)

Como filhos de Deus, ou não, nossa palavra como seres humanos tem poder.

Nossa palavra pode alegrar, fazer as coisas acontecerem, entristecer, provocar mudança.

Quanto mais importante é uma pessoa aos olhos humanos, mais poder terá a sua palavra.

"Há poder na palavra."

Especialmente a palavra dita em público, tem muito poder.

Quanto mais correto o uso da palavra (dicção, português, etc.), mais efeito terá.

 

 

A Cultura Física da Voz

É-nos necessário educarmos a nossa voz.

"Devemos aprender a falar e orar..." Obreiros Evangélicos, pg. 88 -

Deus é desonrado quando a locução é imperfeita.

"A voz deve ser bem educada para falar o bem." Parábolas de Jesus, pg. 335 -
"O amor era expressão no olhar e na voz." D.T.N., pg. 134, (sobre Jesus) -

 

A Educação Física da voz compreende 3 elementos:

 

1.EMISSÃO VOCAL

É o ato de emitir, enviar a voz. A emissão deve ser regulada e pausada. É necessário colocar a voz, aprendendo a respirar, de modo a não ser interrompido pela fata de fôlego.

Com isso, temos 3 tipos de respiração:

    1.  

Respiração Clavicular ou Superior: enche os pulmões na parte superior (incorreta).

    1.  

Respiração Diafragmática ou Inferior: enche os pulmões da parte inferior para cima (correta)

    1.  

Respiração Média - Mistura as duas anteriores. Começa certa e termina errada (incorreta).

Há exercícios para o desenvolvimento da respiração correta; as etapas são:

    1.  

DEITADO - Na cama, com a cintura livre. Com a boca fechada, inspire o ar sem barulho, com as mãos, tocar o abdômem para sentir movimento.

    1.  

SENTADO - ...

    1.  

EM PÉ - ...

    1.  

ANDANDO - ...

 

2. DICÇÃO

É a pronúncia ou o modo como se diz as palavras. Está baseada nos movimentos dos órgãos do aparelho fonador: fossas nasais, boca, dentes, língua, cordas vocais, etc. Para que a pronúncia seja boa, o orador deve saber proferir bem as vogais e as consoantes e observar corretamente os acentos tônicos.

A emissão vocal pode ser certa para uma pessoa, porém, sua dicção pode estar errada.

 

3. INFLEXÃO

É a mudança do tom e do volume da voz, permitindo obter efeitos variados, coloridos, capazes de provocar a emoção, o temor, a ansiedade, o entusiasmo, a indignação, a ironia, a angústia, o amor, etc..., atingindo assim a inteligência e o coração dos ouvintes.

Ter boa inflexão é saber colocar os sentimentos na voz.

Exercícios:

Leitura de poesias.

 

A VOZ

A voz é um barômetro emocional, e o equilíbrio de registros denota equilíbrio de personalidade.

Cada pessoa tem uma voz tão própria, tão inconfudível quanto ao rosto ou às impressões digitais.

Quando não se utiliza uma boa técnica vocal, muita energia é gasta inutilmente.

A voz é resultado de todo organismo, e não apenas do aparelho fonador; e através dela, todo o nosso ser se revela. A voz é a expressão sonora da personalidade.

Um dos elementos mais importantes para se viver bem, alcançar sucesso, é ter uma voz bem modulada, que revele e possa gerar confiança e solidariedade.

Qualquer voz pode ser melhorada. A voz é mais reveladora que a região, o grau de segurança, etc...

O mal uso da voz, pode ocorrer por:

    •  

Respiração errada;

    •  

Não abrir sem a boca;

    •  

Forçar as cordas vocais;

    •  

Intensidade excessiva;

    •  

Ataque vocal defeituoso;

    •  

Tom inadequado;

    •  

Deficiências da articulação, ressonância, etc.

A boa importação vocal, consiste numa série de adaptações, que torna possível uma emissão correta, de boa qualidade, sem sacrifício, aproveitando da melhor maneira, as potencialidades e possibilidades sonoras.

 

Tipos de Oratória

 

    1.  

ACADÊMICA - É aquela utilizada pelos sábios em seus discursos sobre literatura, ciência ou algo equivalente.

    1.  

FORENSE ou JUDICIÁRIA. É a que se emprega nos tribunais. Os discursos forenses se dividem em:

    •  

CIVIS - São aqueles que giram em torno de uma dúvida sobre a aplicação da lei.

    •  

CRIMINAIS - Referentes à infração da lei.

    1.  

POLÍTICA. É aquela utilizada nos comícios, no congresso e nas câmaras municipais.

    1.  

POPULAR. É aquela que aparece nas ruas, nos frestejos, nos protestos, nas greves, onde a sinceridade e o calor da alma suprema falta de método ou de erudição, e que possui um estimável efeito sobre as massas ignorantes.

    1.  

SACRA. Tem como objetivo difundir a religião e exaltar a moral.

 

A HOMILÉTICA NA HISTÓRIA

    •  

Não se sabe quem fez o primeiro discurso no mundo.

    •  

Mas as primeiras regras de oratória surgiram entre os gregos.

    •  

Estes começaram a observar que os que falavam melhor levava vantagem sobre os outros.

    •  

Começaram então a dar atenção a oratória, preparando homens na arte de falar. Surge então a:

 

    •  

RETÓRICA - (rêtos) = palavra falada.

    •  

RÉTOR - Aquele que falava em público.

    •  

RETOR - Aquele que fazia o discurso.

 

    •  

O primeiro homem a formular regras para a oratória foi CÓRAX - da cidade de SIRACURA.

    •  

Ele era um sofista - (aquele que tinha conhecimento não muito profundo).

    •  

Viveu no período de ouro da Grécia.

    •  

Algumas pessoas ficaram preocupadas, pois esta arte poderia ser usada tanto para o bem quanto para o mal.

    •  

Os grandes homens da época, como Sócrates, Aristóteles, Platão, preocupavam-se que a retórica estivesse a serviço da verdade.

    •  

O primeiro grande orador foi DEMÓSTENES - 384 a.c.

    •  

Seu primeiro discurso foi um fracasso.

    •  

Tinha problemas na respiração e tics.

    •  

Corrigiu seus defeitos da seguinte forma:

    •  

Fortaleceu seus pulmões através de exercícios físicos.

    •  

Colocava pedrinhas na boca e fazia exercícios de dicsão.

    •  

Com uma espada presa no teto à altura dos ombros, ele corrigiu os tics dos ombros.

    •  

Eles não usavam estas técnicas para difundir a religião.

 

Oratória

 

    •  

Os romanos mudaram o nome de RETÓRICA para ORATÓRIA - (ORIS=BOCA).

    •  

O maior orador dos romanos foi CÍCERO, era um advogado e político.

    •  

Mas o maior teórico, o que mais escreveu sobre oratória foi QUINTILIANO c. 35 a 95 D.C.

    •  

Escreveu a mais famosa obra de oratória dos tempos antigos - "INSTITUIÇÃO ORATÓRIA."

    •  

Os romanos também nunca tiveram a oratória sacra. Não usavam a oratória para pregar religião.

 

Homilética

 

Nas religiões antigas não havia lugar para a pregação. Os antigos não sentiram a necessidade de divulgar seus conceitos religiosos ou de fazer da religião uma matéria de comunicação social. Entre os judeus, houve uma coisa sobre religião, mas em pequena escala. Coube ao cristianismo por ser uma religião universal e eminentemente missionária, a tarefa de criar a Retórica Sacra ou Oratória Sacra, que no Séc. XVII recebeu o nome de Homilética.

 

Gregos:

HOMILÉTICA - Homilia=Conversação

Com o passar do tempo esta palavra sofreu uma alteração semântica e passou a ter o significado de DISCURSO.

 

Romanos:

A palavra SERMONIS que significava CONVERSA, passou também a significar DISCURSO.

Sermonis que hoje falamos Sermão

Os primeiros cristãos reuniam-se com os judeus nos templos e nas sinagogas para assistir os cultos.

Lia-se as escrituras e explicavam de modo simples.

Os sermões apostólicos consistia em narrar os fatos bíblicos e aplicá-los à vida de Jesus, para provar que Ele era realmente o Messias prometido.

A Homilética nasceu quando os pregadores cristãos começaram a estruturar suas mensagens seguindo as técnicas da retórica grega e da oratória romana.

Oratória e Retórica caracterizam os discursos seculares.

Homilética caracteriza os discursos sacros.

A homilética surgiu realmente a partir do quarto século cristão com CRISÓSTEMOS, conhecido como "boca de ouro".

Durante a idade média, os discursos eram na grande maioria para difundir a religião.

 

BASÍLIOS - Grego - IV Séc. D.C.

Ambrósio e Agostinho - latinos.

 

 

A ESTRUTURA DO DISCURSO

 

1. Introdução ou Exórdio

Discurso:

    1.  

Argumentação

    1.  

Conclusão ou Peroração

 

INTRODUÇÃO:

 

Vocativo - (vem do latim - VOCARE = claramente).

- Não é obrigatório

- É a parte do discurso onde chama o auditório

- O feminino vem à frente, Ex.: irmãs e irmãos, brasileiras e brasileiros, senhoras e senhores.

- Começa-se do mais importante para o menos importante.

Conselhos para um bom VOCATIVO:

    1.  

Se você começar citando nomes, deve citar o nome de todos.

    1.  

Se você quiser pode também generalizar, Ex.: Digníssimo diretor desta casa de ensino, prezados jurados e senhoras e senhores...

    1.  

Na saudação dos componentes da mesa seguimos a ordem hierárquica descendente.

    1.  

Devemos lembrar que nesta saudação a mulher vem antes do homem. Isto não muda de maneira nenhuma.

O objetivo da introdução é envolver o auditório. É conquistar a assistência tornando-a: ATENTA, DÓCIL e BENÉVOLA.

 

AUDITÓDIO ATENTO

É aquele que está interessado nas palavras do orador.

 

COMO TORNAR O AUDITÓRIO ATENTO:

 

    1.  

Deixando-o curioso, demonstrando claramente a utilidade e a importância do assunto que vai ser exposto.

    1.  

Recorrer à novidade, mencionando coisas novas e extraordinárias, fantásticas.

    1.  

Aludir a ocasião

    1.  

Fazer uma citação (breve, curta)

    1.  

Definir um termo, uma idéia.

 

AUDITÓRIO DÓCIL

É um auditório disposo a ser conduzido, ensinado pelo orador.

- Quando um auditório fica indócil:

1. Falando algo que magoa

2. Estando as pessoas cansas e com fome, etc...

COMO TORNAR O AUDITÓRIO DÓCIL

 

1. Prometer brevidade

2. Falar do que preocupa a assistência, acalmando-a.

3. Demonstar que realmente reconhece o assunto que se vai demonstrar.

 

AUDITÓRIO BENÉVOLO

É o auditório que se torna simpático para com o orador ou sua mensagem.

 

COMO TORNAR O AUDITÓRIO BENÉVOLO

 

1. Sendo humilde;

2. Deixando transparecer nervosismo;

3. Elogiar sinceramente o auditório; e

4. Concordar de início com os ouvintes quando isto é possível.

 

Sinais de Manevolência:

1. Suspirar

2. Demonstração de cansaço

3. Desvia o olhar do orador, etc...

 

O QUE NÃO FAZER NUMA INTRODUÇÃO

 

1. Pedir desculpas

2. Começar com palavras vazias, desprovidas de objetividade

3. Fazer perguntas ao auditório. Perguntas que se quer uma resposta.

4. Firmar posição sobre assunto polêmico

5. Usar chavões. Frases muito batidas.

O Uso da Voz na Introdução

 

- Como regra geral, a voz deve ter pouco volume na introdução, principalmente nas primeiras sentenças pronunciadas. Mais adiante, eleva-se até atingir o volume normal.

 

VANTAGENS DE SE FAZER ASSIM:

    1.  

Permite ao orador dominar-se emocionalmente

    1.  

O orador pode prestar atenção à própria voz e graduá-la de acordo com a acústica local

    1.  

Os ouvintes são obrigados a ficarem em silêncio e isto contribui para focalizar a atenção na figura do orador.

 

O Rítimo

 

- A velocidade com que as palavras são pronunciadas devem aumentar gradualmente como ocorre com as marchas de um veículo.

 

Pausas

- A hesitação inicial é uma homenagem indireta aos ouvintes. Os silêncios no auditório.

 

Tipos de Introdução

 

1. Referência ao lugar, ocasião ou circunstância.

- O orador menciona o prédio onde se reúne, o auditório, a cidade, dá informações referente à datas, período. Faz referências às circunstâncias. Ex.: congresso, concílio, campal, pedra fundamental, etc...

 

2. Referência ao tema:

- O orador começa historiando a importância do seu assunto.

 

PROPOSIÇÃO

 

Normalmente vem na parte final da introdução. É também chamada de sentença, resumo ou idéia mãe. Pode-se fazer uma proposição empregando as seguintes técnicas:

1. Mencionando a idéia central do assunto a ser tratado.

Ex:.

 "Meu objetivo ao falar hoje para vocês, é mostrar como poderemos ainda esse ano concluir a construção do prédio escolar."
"Esta noite desejo falar-lhes sobre como podemos ter um bom relacionamento com nossos filhos adolescentes".
ƒ "Desejo falar-lhes neste momento sobre a predestinação bíblica, e como ela se processa".

 

2. Relacionar de modo reduzido os principais pontos da palestra ou do sermão:

Ex.:

a. "Desejo falhar-lhes sobre os três grandes inimigos que temos que enfrentar em nossa existência: o mundo, a carne e Satanás; e como podemos vencer cada um deles".
b. "Vamos considerar nesta manhã as três grandes etapas pelas quais devemos passar, a fim de habitarmos para sempre com Deus. São elas em ordem: a justificação, a santificação e a glorificação.

 

Situação em que não precisa de introdução

Quando o orador é bem aceito pelas pessoas, não é necessária a introdução.

 

ARGUMENTAÇÃO

 

É também chamada de: desenvolvimento, apresentação, prova, etc. Embora seja a segunda parte do sermão a ser apresentada, normalmente é a primeira a ser preparada.

Depois de pesquisar e recolher material, que interessa para a argumentação do tema escolhido, deve-se fazer uma lista dos tópicos que se deseja apresentar; em seguida destacamos alguns deles (normalmente entre 2 a 5), que são mais salientes e abrangentes, e usamos estes como pontos principais ou divisões de nosso discurso. Os tópicos restantes entraram como subdivisões dos anteriores ou ficaram de fora de nosso discurso.

 

DIVISÃO/SUBDIVISÃO/TÓPICO

 

Agora temos que colocar os tópicos na ordem mais lógica, mais eficaz possível. Para arrumá-los, podemos seguir um dos quatro principais modelos:

 

1. Modelo de Tempo - Em geral, é o que dá mais certo; quando se apresenta um fato histórico ou quando se procura mostrar como fazer alguma coisa.

 

2. Modelo de Espaço - organizam-se os tópicos do discurso, com base numa sequência física ou geográfica.

 

3. Modelo de Tema - É também chamado de vale tudo. Se adapta a qualquer assunto.

I. O que são dons espirituais

II. Quem os recebe

III. Para que servem.

 

4. Modelo de Solução de Problema - É útil quando se propõe modificação; quando se oferece uma idéia nova ou se recomenda um plano de ação. As idéias são apresentadas numa sequência muito lógica, muito clara.

I. O Problema: as moças da Igreja estão quase todas casando com rapazes não adventistas.

 Ao passo que existe um bom número de moças, há só dois rapazes na igreja.

Não tem havido qualquer tipo de integração entre os nossos jovens e os jovens de outras IASDs.

II. Solução - A liderança da igreja deve se empenhar juntamente com os pais para resolver esta situação.

 Incentivando e ajudando os meninos a permanecerem na igreja, e a não se afastarem, como vinha acontecendo até agora.

Promovendo encontros de integração entre os jovens da igreja com a juventude de outras igrejas adventistas.

 

Agora que já temos os tópicos do discurso definidos e distribu'dos, em um certo modelo, precisamos dar sustentação à eles. Isto é feito utilizando para cada tópico, algumas das seguinte informações, chamadas de "material de apoio":

1. Exemplos

2. Citações

3. Estatísticas

4. Histórias

5. Comentários

6. Definições, etc.

Numa argumentação há duas partes:

Confirmação: Aspectos positivos são salientados.

Refutação; Mostra os aspectos contrários.

 

 

CONCLUSÃO

 

É o auge do discurso. Deve ser formulada cuidadosamente. Deve ser breve; geralmente não mais de 10%.

Geralmente, a conclusão contém as seguintes partes:

1. Resumo ou Recapitulação

2. Repetição da Proposição

3. Reforço ou Patético: Apelo às emoções

 

Especialmente na oratória sacra, é apropriado e necessário, convocar os ouvintes para uma determinada ação.

. O objetivo geral de todo sermão, é levar a congregação à ação.

. O objetivo também é específico: levar membros à temperança, a devolver o dízimo, etc.

. A palavra-chave da conclusão é "devemos"...

 

O QUE NÃO FAZER NA CONCLUSÃO:

 

- Não se desculpe;

- Não diga a seus ouvintes que esqueceu algum tópico;

- Não pare abruptamente ao final de seu discurso;

- Não estique;

- Não coloque elementos novos;

- Não use chavões.

 

Ao escolhermos o tema e prepararmos um discurso, devemos levar em conta, a situação em que haveremos de estar.

 

I - ANÁLISE DO AUDITÓRIO

 

a. O que os ouvintes já sabem sobre o tema que vou abordar?

b. Qual a atitude deles em relação a este assunto?

c. Qual a atitude deles em relação a mim como orador?

d. Quais são as ocupações deles?

e. Qual o nível educacional?

f. Qual o sexo dos meus ouvintes?

g. Qual a idade deles?

h. Quantos serão os ouvintes?

 

II - ANÁLISE DA OCASIÃO

a. Qual a finalidade da reunião?

b. Onde ela será realizada?

c. Que recursos estarão lá à minha disposição?

d. Quando eu farei a palestra?

e. Que outros eventos constam no programa?

f. O que virá após a minha fala.

 

III - ANÁLISE DO ORADOR

a. Conheço suficientemente o assunto sobre o qual falar?

b. Tenho tempo suficiente para preparar o assunto?

c. Estou realmente interessado no assunto?

d. Qual é a minha reputação como orador e como autoridade no assunto?

 

Depois de determinarmos o objetivo de nossa mensagem, colhermos o material que vamos usar, devemos preparar o esboço e colocar o material em um aordem lógica. Devemos determinar as linhas gerais e os pormenores e estabelecer um plano progressivo:

- do conhecido para o desconhecido

- do simples para o complexo

- do importante para o mais importante

 

O argumento da razão devem aparecer antes dos argumentos do sentimento e devemos eliminar e simplificar o que for necessário.

INTRODUÇÃO - Emoção

ARGUMENTAÇÃO - Razão

CONCLUSÃO - Emoção

 

 

DIFERENÇA ENTRE TEMA E TÍTULO

 

TEMA - é a matéria de que trata o sermão. A idéia central. O assunto que será apresentado.

 

TÍTULO - é o nome que se dá ao sermão. Em geral é uma simples frase, isto é, um pensamento incompleto. Seu propósito é sugerir a linha de pensamento que vai ser seguido durante o sermão; fazendo de uam forma que desperte o interesse sem revelar os detalhes do tratamento. É usado principalmente para anunciar o sermão em um boletim ou em qualquer meio de divulgação que a igreja disponha.

Um bom título deve:

1. Evitar o sensacionalismo (porque rebaixa a dignidade do evangelho).

2. Ser breve (semelhante aos cabeçalhos dos jornais)

3. Chamar a atenção ao presente em vez do passado.

4. Enfocar os problemas religiosos práticos de nosso dia.

 

RECURSOS TÉCNICOS DE ORATÓRIA

 

1. DEFINIÇÕES - Para fazer o auditório pensar, nada melhor do que definir, marcar fronteiras. Quer quanto à extensáo, quer quanto à compreensão do termo. Num mesmo sermão não devemos ujsar muitas definições.

 

2. EXPLICAÇÕES - elas esclarecem, tornam claras as idéias. O tom de voz na explicação tem que ser calmo, paciente.

 

3. PORMENORES - eles são muito bons para interessar o auditório. eles apelam para os nossos sentidos:

 

- visão - forma, tamanho, cor, distância, localização, proporção, perspectiva, movimento, velocidade, luminosidade.

- audição - intensidade, timbre, som, rítmo, pausa, harmonia, silêncio.

- tato - macio e áspero, frio e quente, úmido e seco, pesado e leve, sólido e líquido, duro e mole.

- paladar - doce e salgado, amargo e azedo, apimentado, agradável e desagradável.

- oufato - perfumado, fétido, inodoro, irritante, sufocante.

 

 

4. ANALOGIA:

Para que haja entendimento, é necessário que façamos comparações, contrastes.

 

5. EXEMPLOS: São muito bons para convencermos as pessoas.

- todo exemplo é uma ilustração;

- nem toda ilustração é um exemplo.

 

Convicção sobre a razão:

- Os exemplos são as melhores armas do orador para atingir a convicção.

- Existem 2 tipos de exemplos:

1. Real - aquele que realmente aconteceu.

2. Imaginário - aquele que não aconteceu.

 

CONHECENDO A NATUREZA HUMANA

- EMOÇÃO, RAZÃO E VONTADE -

 

Emoção - é a energia, a força que leva o homem a realizar coisas.

As emoções são que motivam a conduta: amor, inveja, ansiedade, medo, ciúme, alegria, raiva, ódio, etc.

As emoções vivificam e embelezam a existência, criando a verdadeira alegria de viver.

As grandes coisas que o homem tem feito, tem sido movido pelas emoções.

As emoções podem ser usadas para o bem ou para o mal, podem ser: construtivas ou destrutivas.

Esta energia emocional tem que encontrar uma saída de nosso corpo.

Isto pode ser feito através do trabalho, diversões, etc.

Se elas não encontram saída, provocam enfermidades.

É uma lei da física que a energia não desaparece, ela continua acumulando-se, aumentando sua carga até alcançar tais proporções que exigem a descarga.

 

Razão - para que nossa energia emocional seja uma força construtiva utilizada para o bem, ela precisa ser orientada pela inteligência.

É a razão que indica a direção correta a ser seguida pela energia emocional.

 

Vontade - embora não possamos prever os sentimentos e as emoções que surgem em nós, podemos determinar o que vamos fazer com os nossos sentimentos; isto é de competência da vontade.

- A vontade está acima das emoções e da razão, e é responsável pelas decisões e pelos caminhos do indivíduo.

- A razão pode analisar com clareza tudo que está envolvido e apontar o caminho certo, mas é a vontade que detem o comando.

- Pode concordar com a razão e decidir em harmonia com ela.

- Pode render-se à emoção ou pode ir uma contra a outra.

- A vontade é livre para escolher

- É a grande capacidade que torna o homem senhor de sí mesmo, de seus atos e por isso mesmo o homem é ao mesmo tempo livre e responsável.

- A vontade é a própria essência da personalidade.

 

Vontade - não é desejo

- é capacidade de decidir.

 

Nesta matéria, "vontade" não significa "desejo".

Ex.: homem que tinha desejo de fumar mas a vontade dizia não.

- Não é o desejo, a razão nem a emoção que decide mas sim a vontade.

- Vontade não é razão, nem emoção.

-A vontade é unicamente nossa. Ninguém pode mexer em nossa vontade. Nem mesmo Satanás e seus anjos.

Ex.: Jó, os mártires, etc...

- A vonade tem sido comprada a uma ponte capaz de nos permitir alcançar o lado onde se encontra o que desejamos obter.

 

DEFINIÇÃO DE VONTADE

 

É aquela qualidade que mantém o homem no caminho do seu objetivo apesar de todos os obstáculos e dificuldades, é capacidade de estabelcer objetivo e tratar de alcançá-los.

 

AÇÃO Involuntário (instintiva)

ATO Voluntário (maior parte dos atos é voluntário).

 

® Sempre que fazemos um ato voluntário passamos por quatro fases:

 

1 - Atenção

2 - Reflexão - das vantagens e desvantagens

3 - Decisão

4 - Execução

 

DOENTES DA VONTADE

 

1. IMPULSIVOS: Passam da atenção para a decisão e não refletem - Ex. Ananias e Safira - Atos 5:1-11

 

2. INDECISOS: Passam pela atenção e param na reflexão, nunca decidem - Ex. Ló, Gên. 19:1, 12 e 16.

 

3. INCONSTANTES: Não executa de acordo com o que havia decidido. Para na decisão. Ex. Pilatos, Atos 3:13, Luc. 23:13-25.

 

Exemplo de Vontade Sadia

Ester 4, 5:1-2/

 

Há pessoas que tem pouca inteligência, habilidades manuais, mas que possuem tanta força de vontade que chegam a superar os dotados deses dons.

Para usarmos corretamente a vontade, há 4 princípios básicos que devem ser seguidos.

1. A vontade só vale como força dirigida inteligentemente.

2. A vontade deve ser dirigida sempre em forma contínua, nunca aos saltos.

3. A vontade deve ser sempre aplicada a cem trabalho definido e útil.

4. A vontade não deve exercer-se em oposição com o nosso dever (consciência.)

Faz parte da educação da vontade, o esforçar-se por fazer coisas desagradáveis. Isto fortalece poderosamente a vontade.

Quando um homem aprende a dominar-se, isto é, dominar os seus próprios sentientos, se torna capaz de dominar seu mundo exterior. Quando uma pessoa aprende a dizer "sim" ou "não" a sí mesma, sabe também dizer "sim" ou "não" para outras pessoas, com maior força.

Quando nossa vontade decide atingir um objetivo, força nosso corpo, nossa mente e nosso espírito, para o alvo escolhido.

 

PERSUASÃO CONVICÇÃO

ê ê

Está ligada à vontade Sempre tem a ver com

a razão. A pessoa não

tem dúvidas.

 

A maneira mais comum de persuadir alguém, é intensificar algum desejo já existente na pessoa que se quer persuadir, ou mesmo criar este desejo. O desejo crecendo, poderá vencer a vontade, e esta obedece à sugestão recebida.

ð O que é persuadir? É conseguir que a vontade de outra pessoa, aja de acordo com a nossa intenção.

Para persuadir alguém, devemos primeiro descobrir qual a coisa mais (bem) ansiada e desejada por aquele que vai ser persuadido, e depois basta mostrar a ele que aquilo que estamos seguindo é um meio para alcançar os fins dele.

"AS PRINCIPAIS FORMAS DE BEM"

 

1. Bem útil - simbolizado pelo dinheiro. É material e tem como objetivo o conforto do corpo e a sua conservação.

Ex. carro., casa, alimentação, vestuário, etc.

2. Bem agradável - aqueles que se referem aos sentidos. Dão prazer geralmente, acompanham uma necessidade física satisfeita.

Ex. alimento (gostoso), bebidas, perfumes, sexo, beleza, música.

3. Bem honesto - São os bens que respondam aos fins supremos da alma humana. São dirigidos pela razão, e seu principal aspecto, é o dever.

 

SUGESTÕES QUANTO À APARÊNCIA E VESTUÁRIO

 

1. Cabelo bem cortado e bem penteado.

2. Junto com o costume, usar camisa de cor clara. Se for listrada, que as listras sejam suaves e não largas.

3. A gravata deve combinar com o paletó na cor. E no tamanho, deve ir um pouco abaixo da cinta.

4. Sapato em boas condições de uso, limpo e engraxado, combinando com a cor das calças.

5. As meias devem combinar com as cores dos sapatos e calças.

6. O pastor geralmente usa costumes, de preferência à combinação de blazers e calças de cores diferentes. Especialemnte nos ritos da Igreja, o pastor dê preferência a cores sóbrias e escuras.

7. A religião cristã também apura e afina o gosto das pessoas, e espera-se que isto especialmente, ocorra com os pastores. Devem ser pessoas de bom gosto.

8. O pastor deve cuidar com adorno que salientar-se em sua aparência, e assim desviar a atenção de alguém, da mensagem que está pregando - pulseiras, abotuaduras, gravatas com cores muito vivas.

9. As calças e seu comprimento, devem atingir parte do salto do sapato.

10. Devemos dar preferência a material de boa qualidade e durabilidade, e saber adequar a nossa vestimenta ao tipo de atividade que estamos realizando. Se uma moda for descente e boa, o pastor não deve ser o primeiro a adotá-la, mas também, não deve ser o último.

11. Quando estamos em pé, o paletó, geralmente deve estar abotoado, pelo botão superior. Ao nos assentarmos, devemos desabotoá-lo.

Textos relacionados aos trajes: III Tess. 22, M.J., 349, 346.

 

"MANEIRAS DE APRESENTAR UM DISCURSO"

 

1. O discurso pode ser lido. Algumas partes ele pode memorizar.

Vant. - harmonia de conteúdo e forma

- escolha de palavras certas c/efeito certo

- pregador sabe com exatidão o tempo de duração - ·

 

Desv. - A maior parte das pessoas não conseguem se interessar e prestar atenção à uma leitura longa.

- O pregador fica preso papel e pode ser tentado a não atender à voz do Espírito Santo, quando este lhe comunicar algo durante o sermão, além do que ele perceberá quando preparar o sermão.

- Atrapalha a gesticulação e o contato visual com o auditório.

 

2. Um discurso sem o uso de anotações. usa somente a Bíblia, não leva nada escrito, e domina completamente o tema; as divisões do discurso são claras e lógicas em sua mente.

 

3. Discurso baseado em um esboço. Roteiro ordenado e lógico para o pregador se guiar.

 

 

"QUALIDADES PESSOAIS DO ORADOR SACRO'

 

1. Sinceridade - é lisura de caráter; o orador deve pregar o que crê; suas palavras não devem ser um disfarce daquilo que ele é.

 

2. Sensiblidade - ter a capacidade de ficar comovido e de indignar-se com nada. Ao contrário, o indivíduo insensível é dotado de uma natureza fria, sob a qual de nada valem as imprssões do povo, tanto de alegria como de tristeza. Sua mensagem é sem vibração.

 

3. Entusiasmo - Por estar sumamente interessado num assunto, por crer nele, e por esperar que sua mensagem será vitoriosa, é que o orador fica entusiasmado. Esta é a energia que o impulsiona a falar.

 

4. Conhecimento: Receber informações (Bíblia, estudos de outros livros, esperiência da vida), o pregador deve estar continuamente em crescimento e atualização.

 

5. Inteligência - Facilidade para entender as coisas. Deve compreender as necessidades da igreja, e a melhor maneira de suprí-las.

 

6. Sabedoria - Capacidade de usar corretamente o conhecimento que temos.

 

7. Memória - Faculdade de reter idéias adquiridas anteriormente. para melhorar a memória, podemos usar alguns métodos:

- Repetição

- mnemônico

- Concnetração

- Associação de idéias

- ler logo antes de dormir

- Ler logo depois de acordar

 

8 - Imaginação (criatividade)

9 - vocabulário

10 - Síntese

11 - Fluência.

12 - Observação

 

Comunicação ý verbal - escrita

oral

não verbal

ß

1. Tom de voz - Ex. cachorro

Evang. pág. 55 - Jesus falava no tom certo

Ob. Evang. pág. 167 e 168, Pregação c/ênfase

2. As expressões do Rosto

Impacto - 7% palavras

38% voz

55% rosto

 

3. Gestos - Evang., pág. 56 ...

 

- No início pode parecer desnatural e envolve alta consciência, mas com o passar do tempo essa desaparece, e o comportamento aprendido nos vem com facilidade.

Os gestos devem desenvolver-se de dentro como resultado da convicção e do sentimento. eles devem ser praticados e aprendidos, mas não prolongados. Devem aparecer naturalmente.

Devem vir no momento ou antes, mas nunca depois.

 

4. O contato com os olhos - Possivelmente o fator não verbal mais importante. Providenciem o retorno de informações.

Evang. pág. 55

Durante a pregação os olhos do pregador devem se movimentar em todas as direções.

 

5. A Aparência e o Vestuário

- Apropriado ao auditório, situação e ao pregador.

 

O VALOR DA PREGAÇÃO BÍBLICA NO PLANO DE DEUS

 

1. Deus planejou salvar os homens através da pregação. I Cor. 1:21

2. Os profetas do Antigo Testamento foram pregadores.

Isa. 53:1; Rom. 10:16; Mat. 12:41; Zc. 7:7

3. Jesus veio à esta terra, entre outras coisas, para pregar. Mc. 1:38; Luc. 4:17, 18; Isa. 61:1.

4. Os doze discípulos foram escolhidos por Jesus, e separados, para estarem com Ele, e depois serem enviados a pregar.

Mar. 3:14 - Discípulos - alunos

Apóstolos - enviados

Atos 10:42

5. Na Bíblia, verificamos que a pregação era uma das prioridades na Igreja. As curas, os milagres e outras atividades, eram acompanhantes da pregação. Mar. 16:20.

A igreja apostólica, foi tentada a abandonar a pregação, a fim de realizar outra atividade nobre e necessária. Contudo, sob a orientação do Espírito Santo, não cedeu.

"O diabo não só nos tenta com coisas más e erradas; mas também, com coisas boas" At.6:1-7.

"A pregação é uma das prioridades na vida do pastor". Mesmo que não seja a principal prioridade, nada pode substituí-la.

Existem outras agências que podem cuidar de muitos problemas da humanidade: medicina, governo, etc. Mas nenhuma cuida do aspecto principal: a vida espiritual.

Esta é uma tarefa especialíssima da Igreja.

6. A missão da Igreja é pregar. mar. 16:15

7. A missão da IASD é pregar. Apoc.14;6-12

8. A missão do pastor é pregar. II Tm. 4:2.

9. A pregação do evangelho alcançará o mundo inteiro. mat. 24:14.

10. O apóstolo Paulo afirmou ser impossível crer e ser salvo, se não houver quem pregue.

Rom. 10:13-15 è Enviados; Pregação; Ouvir; Crer; Invocar; Será Salvo.

 

TIPOS DE SERMÕES

 

1. SERMÃO TEMÁTICO: É aquele em que se escolhe um tema e então procura-se os textos necessários para explicá-lo.

Ex. I - A PROMESSA DA VOLTA DE JESUS

1. Feita por Jesus - João 14:1-3

2. Feita por Anjos - Atos 1:9-11

3. Feita pelos Apóstolos - Heb. 9:28; I João 5:20

 

II - A MANEIRA DA VOLTA DE JESUS

1. Ele virá na glória de Seu Pai - Mat. 16:27

2. Ele virá com os Seus anjos - Mat. 25:31

3. Ele virá de modo visível - Atos 1:9-11

4. Ele virá corporalmente - Idem

5. Ele virá nas nuvens - Idem

6. Ele virá ao som da trombeta de Deus I Tess. 4:16

 

III - A RAZÃstruir os que não creram nEle - II Tess. 1-7:9

 

IV - O TEMPO DA VOLTA DE JESUS

1. Não podemos saber com precisão - Mat. 24:36

2. Podemos saber de Sua proximidade através dos sinais - Luc. 21:28

 

II - A RAZÃO DA VOLTA DE JESUS

1. Ele virá para ressuscitar os justos e os mortos - I Tess. 4:16

2. Ele virá para buscar os que creram nEle - I Tess. 4:17

3. Ele virá dar o reino aos justos - Mat. 25:34

4. Ele virá para dar aos justos um corpo glorioso - Fil. 3:20-21

5. Ele virá para de

Þ O sermão temático é bom para ser usado em conferências, na apresentação de doutrinas e de algumas biografias.

 

2. SERMÃO EXPOSITIVO - É aquele baseado em um único texto bíblico longo (quatro versos ou mais). Começa com um texto, então descobre-se o tema e o seu desenvolvimento.

Exs. 1) Mat. 25:14-30

2) Mat. 3:7-12

Bom para explicação continuada e abrangente de um livro da Bíblia; também para a exposição de passagens relacionadas dadas em série:

a) parábolas de Jesus

b) Milagres de Jesus

c) Encontros de Jesus

d) Heróis da Bíblia

e) As Sete Igrejas, etc.

 

3. SERMÃO TEXTUAL - É aquele baseado em um texto bíblico curto (desde uma frase até 3 versos). Começa com um texto, então descobre-se o tema. Tanto a idéia central como as divisões principais, devem brotar deste texto. As idéias secundárias - subdivisões - podem vir outros textos.

 

Ex. Texto: Mateus 6:19-21

I - NÃO DEVEMOS ACUMULAR TESOUROS NA TERRA

1. Porque podem ser tirados de nós

2. Porque fixam nosso coração neste mundo

3. Porque podem trazer muitos males - I Tim. 6:10

4. Porque podem desviar a fé - Idem.

 

II - DEVEMOS ACUMULAR TESOUROS NO CÉU

1. Isto é feito através da ajuda aos necessitados - Mat. 19:21; Luc. 12:23; II Tim. 6:17-19

2. Isto ninguém pode tirar de nós

3. isto fixa nosso coração no céu.

Se todas as idéias - primárias e secundárias - virem de um único texto, então pode ser considerado como EXPOSITIVO, além de textual .

 

Ex. Texto: Mateus 7:13-14

 

I - A PORTA LARGA

1. Dá acesso a um caminho espaçoso

2. Conduz à perdição

3. São muitos os que entram por ela

4. Devemos desviar-nos dela

 

II - A PORTA ESTREITA

1. Dá acesso a um caminho apertado

2. Conduz à vida

3. São poucos os que entram por ela

4. Devemos entrar por ela

Obs: Este sermão é TEXTUAL EXPOSITIVO.

 

4. SERMÃO HOMILÍA - É um sermão baseado em um texto bíblico, normalmente longo, que consiste em explicar de modo simples e popular as lições da Bíblia. A explicações são acompanhadas de ilustrações e aplicações práticas. Seu uso começou nas sinagogas e desde muito cedo foi adotado pelas igrejas cristãs.

Obs: Devemos observar que não é um estudo profundo do texto e nem requer que se faça uma estrutura especial.

 

PASSOS PARA PREPARAR UM SERMÃO TEXTUAL

 

1. Escolher o texto

2. Ler o texto e o contexto para familializar-se com o seu conteúdo.

3. Dissecar o texto em forma de frases cada qual contendo uma única verdade.

4. Determinar a idéia central ou assunto.

5. Determinar a diversas idéias complementares ou de apoio à idéia central.

6. Ler todo o material necessário para correta compreensão do texto.

7. Preparar o esboço

8. Dar sustentação ou apoio, isto é, complementar o esboço com comentários, citações, ilustrações, exemplos, estatísticas, definições, etc.

9. Preparar a conclusão

10. Preparar a introdução

 

COMO TRATAR O TEXTO BÍBLICO

 

Interpretação e Aplicação

Interpretação de um texto é a descoberta daquilo que o escritor tinha em mente e que seus leitores entenderam na época em que o texto foi escrito (idéia exegética).

 

Aplicaçãodiz respeito às lições que podemos extrair do texto para homem moderno em meio às suas diversas atividades e necessidades (idéia homilética).

Obs. usa-se no esboço a idéia homilética.

Existem alguns textos em que a interpretação e aplicação são idênticos. Normalmente são textos que tratam de princípios morais. Ex. Jer. 9:23 e 24:

- INTERPRETAÇÃO (não confie)

Não ® SÁBIO não se gloria na sua SABEDORIA - política

® FORTE não se gloria na sua FORÇA - (militar)

® RICO não se gloria na sua RIQUEZA

SIM ® gloriar-se em CONHECER A DEUS.

 

 

APLICAÇÃO - Hoje também não devemos confiar na nossa sabedoria, força e riqueza, mas devemos confiar somente em Deus.

 

 

TIPOS DE TEMAS E COMO TIRÁ-LOS DE UM TEXTO

 

1. Temas baseados diretamente no Texto

Quando a interepretação e a aplicação coincidem, isto é, a mensagem que o texto possuia para as pessoas que primeiro receberam é a mesma que meus ouvintes necessitam.

Exs. João 3:16; 8:32; Gál. 6:7 e 8.

 

2. Temas que podem ser tirados do texto por procedimentos lógicos

I - Por dedução - ocorre quando o texto apresenta uma verdade geral e o tema que escolhemos (para nosso sermão), uma aplicação particular dela.

Ex. I Tess. 5:22 - "abstende-vos de toda forma de mal."

Geral ® particular - drogas, cigarro, bailes, etc...

¯

Mal

Rom. "todos pecaram".

Geral ® particular - eu sou um pecador

¯

Todos

II - Por Indução - ocorre quando o texto apresenta um caso particular do qual o pregador tira um tema geral. (Esse processo é usado com as porções narrativas e biográficas da Bíblia).

Ex. isa. 45:5 -

Particular Geral

ß ß

Deus faou para Siro Aplicado para toda a Igreja

 

III - Por analogia - é um processo que passa de um caso particular para outro particular semelhante

Ex. Exô. 12:1 a 13

Particular Particular

ß ß

Sangue nas Portas Sangue de Jesus

 

3. Temas Derivados de um texto por uma simples sugestão

Ex. 5 Pedras de Davi - (I Sam. 17:40)

aplicação - 1. pedra-oração; 2.pedra-Bíblia, etc.

® Este procedimento pode ser perigoso especialmente se for preparado por um pregador que não é bem equilibrado ou que não possui uma adequada compreensão das Escrituras.

 

COMO DESENVOLVER O TEMA

DE UM SERMÃO EXPOSITIVO OU TEXTUAL

 

Palavras Centrais - Tema

Ordem

 

1. Desenvolvimento Textual Analítico

- O tema do sermão é idêntico à idéia central do texto e as divisões do sermão aparece do mesmo modo e na mesma ordem em que se encontra no texto (Luc. 15:11-24).

Ex.: I - As causas de sua degradação

II - A degradação

III - Da degradação à restauração

 

2. Desenvolvimento Textual Sintético Elementar

- Neste caso o tema do sermão é idêntico à idéia central do texto, mas a ordem das divisões é diferente.

Ex.: Luc. 15:11-24

I - A degradação do filho pródigo 2.Ordem

II - As causas de sua degradação 1. da

III - Da degradação à restauração 3.Bíblia

 

3. Desenvolvimento Textual Sintético Avançado

- Ocorre quando tanto o tema quanto à ordem das partes do texto são alteraddos. Neste caso o pregador eleva uma das idéias secundares do texto a categoria de tema ou extrai seu tema do texto por procedimento lógico.

Ex. Luc. 14:11-24 (Palavras chaves usada pelo autor do esboço é caindo em sí).

I - Quando o homem cai em sí, compreende que o mundo sempre o decepciona.

II - Quando o homem cai em sí, compreende que só Deus satisfaz

III - Quando o homem cai em sí, compreende que seu destino está em suas próprias mãos.

Obs:

1. As palavras usadas no esboço não precisam ser as mesmas do texto

2. O tema do sermão não precisa ser necessariamente o tema central do texto.

3. As divisões do esboço não precisam estar na mesma ordem em que aparece no texto.

 

SIGNIFICADO E OBJETIVO DA PREGAÇÃO

 

1. O material da pregação - é a verdade religiosa e bíblica

2. O método da pregação - é a comunicação oral e geralmente pública

3. A meta da Pregação - é convencer e persuadir os homens a aceitarem os caminhos de Deus para a sua vida.

 

DEFINIÇÃO DE PREGAÇÃO

 

Pregação é a comunicação oral e geralmente pública da verdade religosa e bíblica com o propósto de convencer e persuadir os homens a aceitarem os caminhos de Deus.

 

TERMOS GREGOS PARA A PREGAÇÃO

 

1. Evaggelizo = anunciar notícias novas e boas

Ex. Atos 8:12; Mat. 11:5; Luc. 3:18 ®

Evaggelizo = Evangelho

 

2. Katagello - contar algo com autoridade como quem transmite assuntos oficiais

Ex. Atos 17:18 ® Anunciava = kataggello

 

3. Kerusso - proclamar como um arauto que exige atenção e obediência

Ex. Mat. 3:1; II Tim. 4:2 ® prega = kerusso

 

4. Laleo - simplesmente falar, conversar, declarar algo

Ex. João 4:42; Atos 11:19 ® anunciando = laleo ø (disseste - laleo).

 

5. Parresiazomai - falar sem temor, ousadanebtem cirajosamente.

Ex.: Atos 9:27 e 14:3

Falou corajosamente ¿

 

6. Parakaleo - exortar, isto é, chamar ao lado para lembrar, advertir, repreender ou animar.

Ex.: I Tim. 4:13 e I Tes. 3:2 " exortar

 

7. Dialegomai - manter diálogo, dissertar, argumentar, defender.

Ex. Mar. 9:34 e Atos 24:25 è Paulo conversando com Félix.

 

8. Homileo - convencer informalmente, familiarmente. Ex. Atos 20:11 è falou

9. Dianoigo - abrir, expor

Ex. Luc.24:32 ; Atos 17:2 e 3

10. Paratithémenos - colocar diante de ; demonstrar Ex: Mat. 13:24 e 31

Estas expressões acima revelam as idéias e conceitos básicos a respeito da pregação algumas destas expressões são usadas mais de 200 vezes no Novo Testamento.

 

Quanto aos objetivos gerais existem dois tipos de pregacão:

1. A pregacão Evangelistica que visa alcançar os perdidos e levá-los ao arrependimento, à fé e à salvação.

2. A pregação que encoraja e fortalece, cujo objetivo é beneficiar os que já são crentes, capacitando-os a amadurecer na fé.

 

SIGNIFICADO E OBJETIVO DO ENSINO

 

- Há uma diferença entre pregar e ensinar

- Na pregação não há interrupção, é apenas um monólogo

- No ensino deve haver diálogo e participação dos que houvem

Ensino è O Ensino do Evangelho é o ministério de fazer os outros adquirirem conhecimentos ou perícias (habilidades) mediante preceitos, exemplos ou experiências em que geralmente há algum "debate" ente o professor e o aluno.

No novo testamento, é comum vermos:

è Pregação - p/Descrentes - (conversão)

è Ensino - p/Crentes - (crescimento/ amadurecimento)

Ex.: Atos 11:19 a 26

- Uso do ensino para converter pessoas - Atos 17:1 a 4.

- Uso do ensino para os crentse - II Tim. 4:2.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ENSINO BÍBLICO

1. Informar - a Bíblia é o conteúdo de nosso ensino. Ensinar este conteúdo em torno de fatos é um fato primário na educação cristã.

2. Interpretar - é explicar o significado das informações e dos fatos já obtidos.

Ex. Jesus - Mat. 5:17 a 48; Mat. 6:1 a 34.

3. Transformar - conduzir a uma mudança de atitude e conduta (pensamento e vida).

4. Amadurecer - levar os cristãos que foram convertidos a se tornarem cristãos maduros.

Ex.: I Ped. 2:2; II Ped.3:18; Efé. 4:3 a 16

5. Capacitar - os crentes para o serviço cristão eficaz. Ex. Efésios 4:11 a 13.

 

ALGUNS MÉTODOS DE ENSINO:

 

1. PRELEÇÃO - o professor conta, explica e aplica a lição e os alunos escutam. Exige muito prepao do preletor e terá melhores resultados se for associados a outros métodos. è (Semelhante à pregação).

2. CONTAR HISTÓRIAS - as histórias atraem a atenção, despertam a curiosidade e apelam as emoções. Podem ser usadas para introdução, ilustração ou aplicação da verdade (Ex. Jesus) è (Esc. das Crianças.)

3. PERGUNTA E RESPOSTA - Método de fazer perguntas, Jesus usou muito este método.

4. GRUPO DE DISCUSSÃO - Uma discussão é uma troca de informação, idéias e opniões por um grupo. O professor dirige a discussão e procura envolver todos os participantes e procura seguir uma linha definida. Para que este método tenha sucesso, o número de pessoas no grupo não deve ser mais de 10 ou 12 pessoas. è (Escola Sabatina).

5. GRUPOS DE ESTUDO - Este método é usado quando há várias pessoas que são divididas em grupos menores. O professor encarrega uma pessoa em cada grupo para que dirija a discussão e oferece a pergunta ou problema a ser discutido com o grupo, depois de algum tempo os grupos são reajuntados e cada líder presta um relatório a classe sobre as conclusões de seu grupo. Neste momento pode haver ainda alguma discussão sobre o assunto. No final, o professor deve resumir as descobertas e guiar a classe à alguma conclusão. è (Pr. Bullandy - Aula de Aconselhamento).

 

TIPOS ERRADOS DE PREGAÇÃO

1. Pregação abstrata, aérea e vaga. É a censura mais ou menos frequente de bom número de ouvintes. A pregação não atinge o alvo e dificilmente converte, porque não compromete.

2. Pregação confusa, onde o ouvinte não sabe o que o pregador está dizendo. O que o pregador queria dizer?

3. Pregação materializante, onde o pregador discorre, por vezes exageradamente, sobre campanha de ordem financeira, administrativa, sobre construções e etc.

4. Pregação vazia: cansa e não satisfaz os ouvintes.

5. Pregação monótoma: sempre com os mesmos gestos, com a mesma entonação de voz,etc.

6. Pregação não audível: Fata de boa acústica e de boa dicção do pregador.

7. Pregação desacreditada pelo mal testemunho do pregador.

8. Pregação agressiva-dominadora,. Muitos pregadores tratam seus ouvintes como crianças, que devem ser subjugadas à força.

9. Pregação moralizante e xingatória. Será que a palavra de Deus é um fardo para os ouvintes? Muitos pregadores se utilizam do sermão para "lavar a alma". Seria por aí o caminho?

10. Pregação angélica e fora do mundo, sem incerimento dos deveres temporais.

11. Pregação demasiada longa . "Cabe ao pregador, valendo-se da opinnião dos ouvintes e de suas reações do momento, saber quanto tempo pode falar nesta ou naquela circunstância".¸ O mais importante é compor bem o sermão.

 

TIPOS ERRADOS DE PREGADORES

 

1. Mascate - O seu sermão é um comércio e no sermão fala de tudo especialmente de economia, promoções, etc.

2. Polvo - Desengonçado e relaxado. Não se comporta bem no altar, cruza as pernas, tira e põe os óculos, coça daqui e dali, leva mil e um papéis ou nenhum e se perde...

3. Arqueólogo - preocupado com os mínimos detalhes da liturgia, anota coisas desnecessárias, detesta o progresso.

4. Progressista - Socialista, cheira a marxismo, no dizer dos opressores, novidadeiro, modernista e seu sermão ninguém entende, porque ele é sempre surpresa, parece um relâmpago, na hora menos esperada troveja.

5. Desligado - Não está nem aí com a comunidade. Atabalhoado, sempre fica atrás do altar, distraído, lendo a última página do folheto, enquanto o leitor anima a segunda leitura. Sempre chega atrasado à igreja.

6. Folclórico - Seu sermão parece um teatro. Sempre com traje a rigor.

7. Robô - Só faz aquilo que está escrito. Sem iniciativa, concordista.

8. Incomunicável - Ele e Deus. Piedosíssimo. Seu sermão é transcedente. O homem, a miséria humana, nem o tocam, pois isto é tarefa do governo. Senso moralista .

.

CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO DE JESUS

 

- A comparação é uma das melhores maneiras de aprender.

- Palavras claras e distintas

- Aproximação do povo, os ouvintes

- Simpatia e ternura

- Certeza de que era a verdade

- Simplicidade e fervor

- Levava os ouvintes a quietude do campo

- Ia onde o povo estava

- Falava com autoridade

- Linguagem simples e assecível ao povo

- Instruções diretas às necessidades dos ouvintes

- Ilustrações adequadas

- Palavras cheias de simpatia e animação

- Palavras sinceras

- Palavras santificadas

- Falava diretamente p/cada um, em meio à multidão

- Apelava ao coração

- observava a fisionomia dos ouvintes

- Observava os resultados através do olhar dos ouvintes

- Via em cada ouvinte um candidato para o céu

- Dava ênfase em tudo que dizia

- Tom de voz agradável

- Não apresentava muitos assuntos de uma só vez

- Pregava onde muitos se reuniam

- Além de pregar dava também a cura física

- Pregava aos pobres

- Métodos particulares (não irritava ninguém)

- Graça eterna e cortês

- Acesso às famílias

- Ensinos marcantes e inesquecíveis

- Os ouvintes reconheciam nEle um filho de Deus

- Não menosprezava as observações feita pelos ouvintes

- Cativava os ouvintes

- Ensinava através de parábolas

- Apresentava o perdão e o amor de Deus

- Tom de voz de acordo com a frase

- Gestos corretos de acordo com a frase

- Vivia o que pregava

- Criava nos ouvintes um desejo de imita-lo

- Levava os ouvintes a sentirem o desejo de ajudar os outros

- Respondia às perguntas

- Repetia a lição quando necessário ou solicitado

- Apresentar a mensagem de maneira gradual

- Revelava somente aquilo que era necessário ao crescimento cristão e à salvação.

- Não dizia ao povo aquilo que eles não podiam entender

- Fazia entrevistas pessoais

- Aproveitava todos os momentos

- Enviava os convertidos, dois a dois, a pregarem o que tinham aprendido

- Não se envolvia em discussões

- Ardente oração e meditação.

 

CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO

DOS TEMPOS APOSTÓLICOS

 

SERMÕES NO N.T.

 

1. Atos 2:14-36

2. Atos 7: 1-53

3. Atos 10:34-43

4. Atos 13:16-41

5. Atos 17:22-31

6. Atos 26: 23

ð Descobrir - Circunstâncias - orador - Quem era?

ouvintes

local ð onde estavam?

situações ð como estavam?

motivos

Introdução

Conclusão

Ex.: Atos 10:34-43

Orador - Pedro (v. 34)

ouvintes - Cornélio, seus parentes e amigos íntimos (v. 24)

local - casa de Cornélio (v.30)

situação - estavam fazendo acepção de pessoas

- entre Judeus e outras raças

- o motivo do sermão de Pedro era mostrar que Deus não faz acepção de pessoas e que eles também não deveriam fazer.

Introdução - Introduziu seu sermão com uma grande afirmação (v.34), mostrando que Deus não faz acepção de pessoas, mas que pelo contrário, Ele aceita todos os que o temem e fazem o que é justo.

Obs.: A introdução do sermão de Pedro já foi direto no problema.

Conclusão - conclui também com uma afirmação

- afirmou que todos aqueles que crêem em Jesus recebem a remissão de pecados

è Obs.: esta conclusão é um apelo para crerem em Jesus.

 

CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO EFICAZ

 

è O pregador deve imitar a Cristo

- O pregador não deve ser severo, crítico, ditatorial

- Adverte ao povo

- Desperta o povo

- Prega Cristo crucificado

- Prega com certeza e determinação

- Leva os ouvintes à reflexão profunda

- Não causa excitações

- É baseado na Bíblia

- Apresenta provas da verdade

- Apresenta palavras que exigem atenção

- Usa ilustrações para explicar a verdade

- Fala à consciência

- Fala ao coração

- Desperta a simpatia

- Ensina as doutrinas de maneira simples

- Mais apresentação da pessoa de Cristo

- Apresenta o amor inigualável de Jesus

- Evitar sermões argumentativos

- Não atacar

 

1. A pregação deve ser Bíblica - II. Tim. 4:1 e 2

- A palavra de Deus é comparada à semente

- A semente germina

- I Tess. 2:13

- P.R., 626 e 624

"As palavras da Bíblia e somente as palavras da Bíblia deveriam ser pregadas no púlpito."

- Há necessidades de homens que preguem a palavra de Deus.

Evang. - pg. 286

"Não deve os testemunhos ser postos na frente nem substitui a Palavra de Deus (Bíblia)."

Ü Usar só o Espírito de Profecia não é correto - isto não é sermão; o correto é usar primeiramente a Bíblia e usar o Espírito de Profecia como comentário.

2. A pregação deve ser Cristocêntrica - I Cor. 1:23, 24 e 18

- Paulo pregava a Cristo Crucificado - V

Evangelismo pág. 188à Sermões sem Cristo é como oferta de Caim, sem sangue.

Idem, pág. 186 à Nunca se deve pregar um sermão sem mencionar a Cristo crucificado.

- Não existe sermão em que não é possível encaixar a Cristo crucificado.

3. O pregador deve ser dependente do Espírito Santo

- Atos 1:8/Mat. 25:1 a 13 à (as lâmpadas representam a Palavra de Deus - o azeite, representa o Espírito Santo).

- C.C., págs. 105, 109 e 110 à "Só é possível chegar ao correto entendimento da palavra de Deus através da atuação do Espírito Santo". "Sem o Espírito Santo, muitos tendem a torcer as Escrituras."

D.T.N., pág. 647 à "A pregação da palavra de Deus não será de nenhum proveito sem a ajuda do Espírito Santo."

 

Antes de pregarmos, devemos pedir a ajuda do Espírito Santo, para:

v Escolha do Tema

v Preparo

v Apresentação

I Cor. 2:4, 5 - Pregar no poder de Deus ð Espírito Santo.

4. O pregador deve estar identificado com a mensagem

- I João 1:3 - experiência própria, vivida.

Isto é - o pregador:

1. Entende o que está pregando

2. Crê no que está pregando

3. Procura viver de acordo com o que está pregando.

P.J., pág. 43 à "O pregador da mensagem deve pregar só aquilo que ele conhece por experiência própria.

Testemunho, Vol.IV, pág. 441 à "Quando a teoria da verdade é repetida sem que se sinta sua sagrada influência na alma do orador, esta é rejeitada como erro o que a apresenta se torna responsável pela perda das almas".

5. A pregação deve ser isenta do eu

(II Cor. 4:5)"- "Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus."

Ex.: um quadro e um prego

- o pregador é o prego e a mensagem é o quadro

- As pessoas devem contemplar o quadro e não a mensagem.

Ü I Cor. 2;1 a 5

Ü I Cor. 4:5 - nós um dia receberemos louvor

- mas de Deus e não é agora

Ü I Tim. 1:15 - Paulo: Eu sou o principal dos pecadores

Ü Efé.3:8 - Paulo: A mim o menor de todos os santos

- (santos são os que crêem em Jesus)

Ü II Cor. 12:11 - Nada sou

Ü I Tess. 2:4 a 6

Serviço Cristão, pág. 254 à "A bênção da vida daqueles que põem de lado o próprio eu".

6. A Pregação deve ser clara e precisa

Ex.: Ilustração, gestos, linguagem, limite de assunto, etc.

Evangelismo, pág. 168.

7. A Pregação deve revelar o amor de Deus

Obreiros Evangélicos, pág. 157 à "O pregador não deve jogar pedras no púlpito". "O pregador deve mostrar o amor de Deus".

D.T.N., pág. 335 à "Cristo apresentava a mensagem com amor, dizia a verdade e corrija com amor".

"A tarefa da pregação é confortar os perturbados e perturbar os confortados".

VALOR E USO DAS ILUSTRAÇÕES

' - Ilustração vem do latim - ILUSTRATIVO - Iluminar, clarear, jogar luz, esclarecer. -

1. FIGURAS DE LINGUAGEM - São recursos especiais para comunicar à expressão mais força e colorido, intensidade e beleza.

1. Metáfora - é uma comparação não expressa; ela não usa as palavras "semelhante" ou "como"; o sujeito e a coisa e a coisa com a qual ele é comparado estão entrelaçado.

- Jesus foi um campeão em metáfora

Ex.: Eu Sou o pão da vida

Eu Sou a videira verdadeira

Vós sois a luz do mundo

Vós sois o sal da terra

Obs.: - Eu Sou como o pão da vida (isto não é metáfora.

2. Símile - é uma comparação expressa. Utiliza as palavras; semelhante, como, etc... Enfatiza a semelhança entre duas idéias, objetos, ações, etc. O sujeito e a coisa com a qual ele está sendo comparado, são mantidos separados.

Ex.: Jer.23:29 - "Não é minha palavra como fogo...

minha palavra como martelo...

3. Hipérbole - exagero de expressão

Ex.: não caberia os livros no mundo

 

4. ANALOGIA - Assinala o ponto de semelhança entre duas coisas diferentes. Ex. João 3:14, 15.

 

5. ALEGORIA - É uma metáfora ampliada. A história e sua aplicação acham-se entrelaçadas. A interpretação está em seu próprio conteúdo.

Ex. Gál. 4:21 a 31

Sal.80:8-16 - Israel está entrelaçado com a videira.

 

6. PARÁBOLA - É um símile ampliado. Geralmente mantém a história e sua aplicação de um modo distinto e esta acompanha a história. Ex.: Mat.23:3-8

è Qual é a diferença entre alegoria e parábola?

R. Na alegoria já está a história e a explicação juntos, já na parábola, é contado primeiro a história e depois a explicação. Ex. mat.13:24 a 30.

 

7. FÁBULA - É uma história de fundo moral em que os personagens são animais, vegetais ou coisas.

Ex. II Reis 14:9, 10. O cardo e o cedro falaram

Juízes 9:8 a 15 - O espinheiro e as árvores falaram

 

8. ALUSÃO HISTÓRIA - É uma referência a um fato histórico.

Ex. Uma referência ao descobrimento do Brasil

Sal. 85:8 a 11

9. INCIDENTE BIOGRÁFICO - Episódio na vida de um personagem

Ex. Heb. 11; luc. 4:25, 26 e 27.

 

10. EXPERIÊNCIA PESSOAL - Algo que aconteceu em sua vida. Ex. Paulo

Ex., Atos caps. 22, 24 e 26

II Cor. 11:22 a 30

- Cícero - grande orador romano dizia que sempre que puder o orador deve dar exemplos pessoais porque junto com o exemplo vem o testemunho, o que serve de garantia e reforça a credulidade.

Obs.: Este é um dos melhores meios de ilustração

 

VANTAGENS DA ILUSTRAÇÃO

 

1. Lançam luz sobre o assunto e sentido das coisas

2. Aumentam o interesse dos ouvintes

3. Ajudam a prender e conservar a atenção dos ouvintes

4. Fortalece o argumento e ajudam no convencimento da razão.

5. Comovem os sentimentos, cooperando assim para a persuasão da vontade

6. Ajudam poderosamente a memória no sentido de relembrar a parte prática do sermão.

7. Proporcionam discamos mentais entre as partes argumentativas do sermão. Fazem o auditório esquecer o cansaço tornando disposto a ouvir o sermão.

Obs.: ter pelo menos uma ilustração para cada divisão do sermão.

8. Possibilitam a repetição de modo agradável das verdades que o sermão procura apresentar.

 

CARACTERÍSTICA ESSENCIAIS DE UMA BOA ILUSTRAÇÃO

 

1. É compreensível, não precisa de explicação. Para que isto ocorra é necessário que seja tomada da experiência comum do orador e dos ouvintes.

2. É apropriada, pertinente (relacionado com o assunto). Deve ter relação com o assunto ou às circunstâncias ou o auditório.

3. É interessante

4. Apela a imaginação do ouvinte fazendo-a ver

5. É breve - Obs.: Algumas longas dão certo, mas são raras. Lança a luz sobre o assunto em foco sem desviar a atenção para outros assuntos secundários. Não entra em minúcias desnecessárias.

Obs.: Muitos detalhes são desnecessárias.

6. É digna de crédito deve ser apresentada sem exageros.

Em caso de fatos espetaculares é bom dar a fonte e mais detalhes.

Ex. Aconteceu no lugar, no ano, com tal pessoa, etc. Está no livro na revista, na página.

7. Deve ter sabor de novidade.

 

ASPECTOS A SEREM EVITADOS NO USO DAS ILUSTRAÇÕES

 

1. A ilustração não deve servir como base do sermão não deve ser a primeira coisa a ser pesquisada.

Obs.: A base do sermão é o Tema ou o Texto Bíblico que foi escolhido.

- No caso de prepararmos um sermão sobre uma história bíblica, esta não funciona como mera ilustração e sim como texto.

2. Não se deve ilustrar aquilo que é óbvio

3. Nunca devemos usar uma ilustração que desvia a atenção dos ouvintes do assunto principal do sermão.

4. Devemos toma cuidado com os casos pessoais, envolvendo nós mesmos ou nossa família. Não nos façamos de heróis em nossas ilustrações pessoais. o objetivo é a glorificação de Cristo e não a glorificação pessoal.

5. Quando contarmos uma ilustração real devemos certificarmos de que os fatos são verdadeiros.

6. Devemos cuidar para não propagar coisas que nos foi confidenciada.

7. Deve se evitar ilustrações muito usadas.

 

FONTES DE ILUSTRAÇÃO

1. Observação da vida.

Ex. Professor ganhou dois pombos. Quando foi alimentá-los, um não quis comer o outro abriu bem a boca e assim o professor pode alimentá-lo -ver Sal.81:10

2. Leituras Regulares

3. Bíblia

4. Natureza

5. Crianças

6. História Nacional e Mundial

7. Meditações Matinais e Inspiração Juvenil

(Obs.: ver no índice de textos no final)

8. Invenção do próprio pregador.

(Obs.: é bom contar no final que não é verdade, que foi inventada para ajudar a compreender o assunto).

 

MODO DE USAR AS ILUSTRAÇÕES

1. Na introdução - para atrair a atenção e despertar o interesse.

2. na argumentação - para tornar claro o argumento; manter o interesse; repetir as idéias e prover descanso mental.

3. Na conclusão - para repetir as verdades apresentadas, resumir a idéia central ou mostrar como funciona na vida; para comover os sentimentos e apelar a vontade.

 

TIPOS DE OUVINTES

1. Crianças - devem ser alimentadas com leite

- o pregador deve usar uma linguagem simples.

2. Adolescentes cheios de interrogações - Porque não pode?

- Como fazer? - O que fazer?

3. Estudantes Universitários

4. Jovens sofisticados

5. Indivíduos com títulos Universitários

- Precisam de mensagens mais sólidas e profundas

6. Jovens frustrados no casamento

7. Viúvos

8. Donas de Casa

9. Homem de meia idade que está properando nos negócios

10. Pessoas de idade que sentem a morte se aproximando

11. Pessoas sobrecarregados de aflição que estão buscando a solução em Deus

12. Pessoas derrotadas (aquele que par ele nada dá certo).

13. Pessoas desanimadas

14. Pessoas que perderam seus familiares

15. Pessoas solitárias

16. Pessoas que duvidam que a palavra de Deus é para ele

17. Pessoas indiferentes (nada os motivos)

18. Pessoas que perguntaram o que é preciso fazer para se salvarem

19. Pessoas que são cheias de suficiência própria

20. Pessoas que possuem doenças incuráveis

21. Pessoas que possuem a conciência culpada

22. Pessoas em via de apostaria

23. Pessoas complexadas

24. Pessoas que sofrem por causa da pobreza

25. Pessoas que são alvo de injustiça

26. Pessoas que vivem em pecado

27. Pessoas que lutam com vício

28. Esposa cujo esposo não é adventista e está encontrando oposição ou vice-versa

29. O jovem que é o único adventista da família e está encontrando problemas em casa

30. Pessoas idosas que não recebem o apoio da família

COMO FAZER APELOS

 

Definição: Apelo é um convite à ação; é uma espécie de cobrança de tudo que foi dito pelo pregador na exposição de sua mensagem.

 

CARACTERÍSTICAS DO APELO EFICAZ

1. Brevidade (pode haver exceções)

2. Clareza

3. Honestidade (o pregador não deve usar de truques para convencer as pessoas

Ex,: Prometer brindes para os que aceitarem o apelo.

4. Voluntariedade (não deve ser algo forçado.)

Obs.: Não é bom fazer apelo em todos os sermões.

5. Naturalidade (A ausência de gesticulação muito expressivo). O importante é a inflexão da voz, o olhar e semblante.

 

TIPOS DE APELOS

Œ Apelo p/ação com demonstração física

 Levantar a mão

Ficar em pé

ƒ Vir à frente

Ajoelhar-se

Agitar alguma coisa (folhetos, papéis; usado em conferências).

Obs.: É bom fazer o apelo em ordem de 1 a 3.

 

 Apelo sem manifestação física.

 Feito à mente em que não se pede a manifestação física

Este apelo deve ser feito em todo sermão

ƒ Um sermão sem apelo é incompleto.

 

 

Bibliografia Básica

 

Braga, James. Como Estudar a Bíblia. Edições Vida Nova

 

________. Como Preparar Mensagens Bíblicas. Edições Vida Nova

 

Crane, J. D. O Sermão Eficaz. JUERP.

 

Equipe Sean. Manual para Pregadores Iniciantes. Edições Vida Nova.

 

Fuller, David Otis (ed.) Spurgeon ainda fala.

 

Knox, John. A Integridade da Pregação. ASTE.

 

Koller, C. W. Pregação Expositiva sem Anotações. Editora Mundo Cristão

 

Lachler, K. Prega a Palavra. Edições Vida Nova.

 

Liefeld, W. L. Exposição do Novo Testamento. Edições Vida Nova

 

Lloyd, Jones, D. M. Pregação e Pregadores. Editora Fiel

 

Pereyra, Elbio. Pregação Expositiva. SALT-IAE

 

Pettry, W. Ernest. Ministrando a Palavra de Deus. Inst. Por Correspondência Internacional.

 

Robinson, H. W. A Pregação Bíblica. Edições Vida Nova.

 

Scott, John. O Perfil do Pregador. Edições SEPAL.

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