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A Chuva Serôdia II

  • 6/15/2018

A CHUVA SERÔDIA

 

Por Inácio de Jesus , preparado no dia 24 de março de 2010

 

INTRODUÇÃO

 

Um dos episódios mais lindos da Bíblia em minha opinião é aquele relatado no segundo capítulo do livro de Atos dos Apóstolos, onde homens comuns se colocaram nas mãos de Deus e puderam pelo Seu poder efetuar uma obra maravilhosa de reavivamento e reforma que deu um forte impulso à Igreja de Cristo em seus primeiros dias.

Esta passagem tem para mim um especial significado, e deveria ter para nós cristãos em geral, não só por ter sido a propulsão para o inicio do trabalho da Igreja em sua fase inicial, mas porque é também uma representação da atuação do Espírito Santo sobre ela, que ocorrerá por ocasião do tempo do fim.

Temos a promessa de Deus sobre tal manifestação do Espírito Santo relatada em Joel 2:23 e 28, comparando-a com as chuvas derramadas em determinados períodos da época de plantio: “E fará descer a chuva, a temporã e a serôdia”. Na época de Israel todos sabiam que comparação se desejava fazer, pois conheciam a necessidade das chuvas para a agricultura da qual dependiam direta ou indiretamente. A chuva temporã era aquela que fertilizavam o solo fazendo com que a semente germinasse e se desenvolvesse. Perto do fim desse período, vem a chuva serôdia que seria para o amadurecimento da cultura, preparando-a para a colheita. Assim, temos que no inicio da história da igreja cristã tivemos a chuva temporã, e, a chuva serôdia cairá como sendo uma preparação dos crentes para avinda de Jesus Cristo.

O cumprimento histórico da chuva temporã foi no pentecostes e o da chuva serôdia terá seu cumprimento profético no tempo do fim, contudo a aplicação pessoal pode ser feita. A chuva serôdia só teria algum benefício se a chuva temporã tivesse cumprido seu propósito. Assim, só poderemos ver os efeitos da chuva serôdia se permitirmos que a chuva temporã produza seus efeitos em nossa vida. A importância deste estudo é que ao chegar o momento dessa chuva cair, o inimigo surgirá com uma contrafação como meio de enganar os incautos para que estes não possam ser beneficiados, por isso precisamos saber como será essa atuação e com que propósito.

 

 

    1.  

OBRA DO ESPÍRITO SANTO:

 

S. João 15:26. O Espírito Santo é aquele que fica no lugar de Cristo como consolador;

 

Vejamos alguns de Seus atributos:

    •  

I Cor. 12:3 – Leva-nos a reconhecer a soberania de Cristo;

    •  

João 16:8-9 - Nos conduz a convicção do pecado, insiste em que aceitemos a justiça de Cristo e adverte da realidade do juízo, e desperta para a necessidade de arrependimento e reforma;

    •  

Atos 1:8. – Concede poder para a tarefa de testemunhar..

 

    1.  

APLICAÇÃO HISTÓRICA DE JOEL 2:

 

Em S. Lucas 24:44-53 temos as recomendações finais de Jesus para seus apóstolos e a conduta dos mesmos após Sua ascensão. Neste episódio, Jesus fala de Seu ministério e lembra-os de como fora profetizado e diz que os discípulos eram testemunhas do cumprimento dessas profecias e que deveriam levar a todo o mundo esta mensagem de arrependimento para remissão dos pecados.

Diz também para que esperassem em Jerusalém até que recebessem o poder que pelo Pai lhes fora prometido.

Atos 2:16-21 fala de como essa promessa se cumpriu em 31 d.C., no Pentecostes, de forma maravilhosa, onde homens humildes foram habilitados para tarefas extraordinárias (de acordo com as necessidades), habilitados pelo Espírito Santo.

 

Consequências:

 

Em Atos 2:41, vemos que o resultado dessa atuação do Espírito influenciou as pessoas que se renderam em arrependimento e milhares se converteram em um só dia.

O Espírito Santo os capacitou a falar com fluência línguas com as quais não tinham nunca tomado contato. ... O Espírito Santo fez por eles o que não teriam podido fazer por si mesmos em toda uma existência”.- AA., 38-40.

A ambição dos crentes era revelar a semelhança do caráter de Cristo, bem como trabalhar pelo desenvolvimento de Seu reino.”- AA., 48.

Os que aceitaram a mensagem, aplicavam os princípios em sua vida como sinal de sua aceitação e por palavra e preceito levaram as boas novas a todas as partes.

 

    1.  

APLICAÇÃO PESSOAL:

 

O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a ‘chuva temporã’, e glorioso foi o resultado. A chuva serôdia será mais abundante, porém um poder dez vezes maior .” 3TS., 311.

Algo de curioso existe sobre o período de chuvas na palestina. As chuvas caem no início do inverno de forma abundante (chuva temporã), continua chovendo durante o inverno, porém, não de forma tão acentuada e quando se aproxima o fim do período vem então as chuvas em grande quantidade ( chuva serôdia).

Sabemos que o inicio da profecia se cumpriu com fidelidade e por isso não poderíamos ter dúvidas de que restante dela também se cumpria. Assim como ocorre com o período das chuvas na palestina, o Espírito foi derramado durante toda a história da igreja cristã. Filhos fiéis foram habilitados para o testemunho e até mesmo para o martírio, levando muitos ao arrependimento e conversão.

Vivemos no período o qual a Bíblia denomina como tempo do fim e cremos que o restante cumprimento dessa promessa de Deus é para nossos tempos. Os sinais no Sol e na Lua mencionados já se cumpriram e sabemos viver em tempo emprestado.

 

Porque ainda não?

Porque então ainda não recebemos a chuva serôdia?

E.G. White nos dá uma resposta: “Antes de os juízos finais caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos”.- GC., 464.

Nos tempos apostólicos foi preciso um preparo para a atuação do Espírito. Deveríamos pensar que menos que isso nos será necessário?

Em AA. 35-37, temos: “Ao esperarem os discípulos pelo cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua incredulidade. ... Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem pecadores a Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã.”

Precisamos compreender que o poder do Espírito Santo será concedido não com fins egoístas de exaltação própria, mas para os que estão desejosos de levar a verdade a outros.

Quando temos interesses comuns e lutamos pelos mesmos ideais, dificilmente pode haver contendas. Se cremos na volta de Cristo e aceitamos a lei do serviço que Ele mesmo ensinou, não há espaço para divergências. Precisamos nos lembrar que temos um inimigo a vencer e que ele pouco se importa com nossas capacidades humanas isoladas, mas ele treme ao ver dois ou mais reunidos em nome de Cristo.

Zacarias 10:1, diz que devemos pedir pela chuva na época da chuva serôdia. Temos nós nos lembrado de pedir? Lucas 11:13, fala que se orarmos Deus nos dará o Espírito. Em outra citação de E.G. White diz: “... O Senhor quer que O importunemos a esse respeito. Deseja que apresentemos com insistência nossas petições ao trono.”, FEC., 537.

Precisamos nos entregar sem reservas. Desimpedir o caminho para que o Espírito possa trabalhar em nós. “ Vi que ninguém poderia participar do refrigério a menos que obtivesse vitória sobre toda a tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação.”, PE., 71.

 

    1.  

CONCLUSÃO:

 

Compreendendo como ocorreu o cumprimento dessa profecia no passado e sabendo como foi a atuação do Espírito Santo na vida dos vieram antes de nós, temos condições de vencer pelo poder que Cristo nos concede. Quando compreendemos que o Espírito exalta o ministério de Cristo e que Sua atuação tem propósito e que o resultado de dessa atuação é arrependimento e conversão, não podemos ser enganados com falsos reavivamentos. Devemos aguardar é aguardar a manifestação verdadeira. “Não precisamos nos preocupar com a chuva serôdia. Tudo quanto temos a fazer é manter o vaso limpo e com o lado certo para cima e estar preparados para receber a chuva celestial, orando continuamente: ‘Que a chuva serôdia caia em meu vaso. Que a luz do anjo glorioso que se une ao terceiro anjo resplandeça sobre mim; dá-me uma parte na obra; que eu soe a proclamação; que eu seja um colaborador de Cristo.’ Assim buscando a Deus, permiti-me contar-vos, Ele vos está preparando para todo o tempo, concedendo-vos Sua graça.” AO., 277.

Deus sabe quando deverá derramar sobre Sua igreja e sobre Seus filhos a chuva serôdia. Isso ocorrerá quando for necessário. Devemos é orar insistentemente por ela e estar preparados para que no momento oportuno não venhamos ser achados em falta.

Que Deus nos abençoe. Amém.

 

 

 

 

VIDA APÓS A MORTE

 

Por Inácio de Jesus, preprarado no dia 25 de março de 2010

 

INTRODUÇÃO:

 

Hoje em dia muitos livros e artigos tem sido escritos, assim como programas de entretenimento sobre a vida após a morte. As pessoa tem sido enganadas com falsos conceitos sobre o assunto e muitos tem desperdiçado suas vidas pelo suicídio ou colocando-se em risco desnecessário por crer num engano que não é novo.

 

    1.  

A VIDA:

 

A Bíblia afirma que o único ser imortal é Deus ( I Tim. 1:17; 6:16). Somente Ele é eterno e tem a vida em Si mesmo.

A vida é algo que deriva Dele e que sem Ele não pode existir.

Quando Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança, o fez com uma mistura de elementos conforme encontramos em Gên. 2:7. Foi do pó da Terra somado ao fôlego de vida que Deus constituiu o homem. Diz o versículo que unindo estes dois elementos o Homem se tornou uma alma vivente. Isso nos parece dizer que o Homem é uma alma vivente e não que Ele tem uma alma vivente.

Mesmo recém saído das mãos do criador o Homem não possuía vida em si. ela era condicional a obediência à única restrição imposta por Deus. O Homem criado por Ele poderia viver enquanto obedecesse e tivesse acesso à árvore da vida. Portanto, vida pode ser resumida em estar ligado a Deus.

O próprio Jesus, por ocasião da morte de Seu amigo Lázaro, afirmou ser Ele a vida (João 11:25). Em alguns casos ao que os homens chamavam morte ele chamava sono e tornava em vida e em outros casos ao que os homens chamavam vida, Ele dizia ser morte. A única maneira de compreender tal paradoxo é aceitar que estar com Cristo é a única forma de se ter vida e que qualquer coisa diferente pode até parecer vida, mas na realidade é morte.

A vida é uma maravilhoso Dom, que ao ser bem aproveitada só pode refletir as marcas de quem a concede.

 

 

    1.  

A MORTE:

 

A morte é uma consequência da transgressão a vontade de Deus. Se a vida é nos aproximarmos de Deus, a morte é o nos afastarmos Dele.

A desobediência a Sua restrição causaria a morte (v. 17). No capítulo 3, vemos que alguém procura incitar a dúvida quanto a verdade apresenta por Deus, dizendo que o homem poderia ter vida mesmo desobedecendo a Ele. A consequência da má escolha é relatada nos versos seguintes e todos nós sabemos o que aconteceu ao primeiro casal sobre a Terra.

Deus é a verdade e a vida e assim como Ele disse aconteceu. O homem longe Dele não é nada.

Mas o que seria a morte? O inverso da vida. Se uma alma vivente é a união do pó com o fôlego de vida então morrer é apenas a separação entre estes dois elementos. Ec. 12:7 diz que o pó volta ao pó e o espírito volta para Deus que o deu. Já no capitulo 3: 19, mostra que o mesmo fôlego dos animais é o do homem e no capitulo 9:5 que quando as pessoas morrem seus pensamentos cessam. Não há pensamentos na sepultura. Não há purificação ou aperfeiçoamento de caráter. Nada de plano superior, mas apenas descanso completo e irrevogável.

Jesus algumas vezes se referiu a morte como um sono e um dos motivos para esta analogia é o fato de que durante o sono não temos consciência do que ocorre ao nosso redor..

 

 

    1.  

A RESSURREIÇÃO:

 

Em Romanos 6:23 temos a afirmação de que “o salário do pecado é a morte, mas que o Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”. Como o homem foi enganado por um inimigo, imediatamente após a queda, Deus põe em prática um plano para que o castigo pela desobediência caísse sobre seu verdadeiro culpado. E dessa forma todo aquele que aceitar fazer parte deste plano terá uma oportunidade de vida original. Isso só ocorrerá quando o plano de Deus estiver próximo de sua conclusão. Em S. João 5:28 e 29, temos que um dia todos os mortos irão ressuscitar, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição da condenação.

A Bíblia diz quando isso ocorrerá. Jesus disse que voltaria novamente um dia (João 14:1-3) e nos levaria com Ele para habitarmos onde Ele habitar. Disse também que Ele era a ressurreição e vida e quem quer que cresse Nele ainda que estivesse morto viveria. E em I Tes. 4:16 e 17, Paulo conta-nos como isso ocorrerá.

Essa ressurreição é chamada de primeira ressurreição (Apoc. 20:5b) e será a ressurreição dos justos. “ As nuvens começam a enrolar-se como um pergaminho e eis ali o brilhante e claro sinal do Filho do Homem. Os filhos de Deus sabem o que essa nuvem significa. Ouvem-se sons musicais, e, à medida se aproximam, abrem-se as sepulturas e os mortos são ressuscitados.” – 9 MR, 251 252. Essa ressurreição é a verdadeira esperança dos crentes, é a que aguardamos com ansiedade não para passarmos por purgatórios ou vivermos como fumaça, mas para sermos felizes sem a sombra da morte às nossas costas, sem nos preocuparmos com doenças ou fome, mas na certeza que jamais veremos novamente tais coisas e que viveremos felizes como pessoas reais.

Construiremos casas, comeremos, teremos aspirações, buscaremos conhecimento. Será maravilhoso poder fazer parte deste paraíso.

Uma outra ressurreição é mencionada na primeira parte do verso 5 de Apocalipse 20 e diz que depois do milênio os ímpios serão ressuscitados para sua condenação. “Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus, ser subitamente transportados para o céu...? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, afim de que pudessem formar caráter para o céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor a pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. ... O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus.”, GC., 542-543.

Os ímpios serão destruídos por escolha própria. Não terão uma oportunidade maior do que já tiveram, mesmo porque não adiantaria de nada, não haveria arrependimento. Terão sua justa recompensa. Apreciaram mais o diabo e suas obras e agora juntamente com ele pagam o preço da desobediência.

 

 

 

 

    1.  

CONCLUSÃO:

 

A morte é um intruso desagradável para todos nós e não é fácil nos afastarmos de pessoas a quem amamos ou mesmo ver as necessidades pelas quais passam aqueles que perderam suas bases familiares ainda cedo na vida. Contudo, não precisamos viver como se não tivéssemos qualquer esperança. Há solução para os que dormem, mas essa esperança nunca deve ser baseada em conceitos falsos. Devemos crer no autor da vida. Naquele que tem vida em Si mesmo, não emprestada, não derivada. Não é pela desobediência a Deus que teremos a vida.

O inimigo continua buscando incitar dúvida contra a palavra de Deus. Embora os enganos tenham mudado de forma a essência continua a mesma. Ele promete uma vida eterna que jamais poderá dar. Nossa segurança esta no conhecimento da verdade: “O povo de Deus deve ser capaz de o enfrentar, como fez nosso Salvador, com as palavras: ‘Está Escrito’. Satanás pode citar as escrituras hoje, como o fez nos dias de Cristo, pervertendo-lhes os ensinos para apoiar seus enganos. Os que quiserem estar em pé neste tempo de perigo, devem compreender por si mesmos o testemunho das Escrituras.” GC., 558.

Que Deus nos Abençoe. Amém.

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