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Análise dos Livros Históricos

  • 6/11/2018

LIVROS HISTORICOS

14/08/97

SIGNIFICADO BÍBLICO DA HISTÓRIA

*Como a Bíblia nos mostra a atuação de Deus sobre a história humana:

 

1.Para a Bíblia Deus é um ser ativo na história humana.

 

a)Deus é o originador da história humana.

-Deus é o criador do universo e da humnidade Gen 1;2.

-Estabeleceu o mundo físico. Gen 1:1-25. (estabeleceu o lugar onde a história vai se desenvolver)

-Estabeleceu o tempo. Criou o sol a lua e as estrelas para reger o dia, a noite , e estações Gen. 1:3-5, 14-19; 2:1-3. (Sequência na qual a história humana vai se desenrolar).

-Deus criou a humanidade. Gen 1:26-27. (Os personagens da história).

 

b)Deus é soberano e ativo na história.

-Deus estabeleceu as leis que regem o nosso universo: Gen. 1;2;3.

-Separação entre luz e trevas Gn 1:4

-Separação entre águas e águas (forma o firmamento) Gn 1:6-8.

-Estabeleceu as leis do ciclo de reprrodução vegetal.

-Criou os animais e faz seu ciclo de reprodução.

-Deu leis de alimentação.

-Estabeleceu o tempo sagrado; o sábado.

-Estabeleceu leis da família e reprodução humana.

 

 

*Quando Deus estabeleceu as suas leis Ele deu 3 bênçãos:

-Sobre os animais. Gn 1:20-22, 24-25. Abênção está relacionada com a reprodução.

-Sobre o ser humano. Gn 1:26-28; 2:5, 19-20. Está relacionada com a reprodução e o domínio.

-O sábado. Gn 2:1-3.

 

*As leis de Deus antes da aparição do pecado só trazem noção de bênçãos.

*A soberania de Deus está ligada com a sua lei.

*O objetivo da lei de Deus é abençoar a sua criação.

 

Leis após o pecado

-A lei da procriação múltipla e dolorosa. Gn 3:16a (no original esse texto diz: “Multiplicarei sobremodo as tuas gravidezes; em meio de dores darás à luz filhos...”).

-Relacionamento entre o casal. Gn. 3:16b

-Inimizade entre homens e satanás. Gn 3:14-15 (Primeira noção de maldição; “...maldita és entre todos os animais...”).

-Trabalho duro. Gn 3:17-19a .

-Morte e volta ao pó. Gn 3:19b.

-Proibição do assassínio; verter sangue. Gn 4:10-15; 9:5-6.

 

-Deus intervém na história e lhe dá uma direção. Gn.3:8-9 Deus entra na história e dá direção ao homem caído através de juízos e promessas.

Gn. 2 - Plano de Deus para a humanidade.

Gn. 3 - O homem escolheu outra direção.

Gn 3:15 - A intervenção de Deus.

 

Que Deus controla a história humana é claro nos livros de Daniel e Apocalipse. O conceito básico desse controle encontra-se em Dn. 2:21; 4:17.

Am 9:7; Jó 12:23; Deus dirigindo a história de outras nações também.

 

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18/08/97

Cont.

At. 17:22-31. Deus como o originador da história. O objetivo da história é a redenção da humanidade. Criação -------------------------------------------- Juízo

Redenção

 

2.O Papel do Ser Humano, a Liberdade de Escolha, e a Auto-Determinação.

 

Se por um lado vemos na Bíblia que Deus é soberano na história, por outro lado percebemos a liberdade dos seres humanos.

 

*Exemplos de influência humana na história:

a)Gn. 2:16-17 Direção de Deus ( Não comer do fruto).

Gn 3:6-7 O Homem decidiu fazer algo que Deus não queria que ele fizesse. (direção humana).

b)Nm. 13-14 (O plano de Deus era que os israelitas saíssem do Egito e entrassem logo e possuíssem Canaã).

Nm 13:31 - 14:4 (O povo decidiu não entrar em Canaã).

Nm. 14:20-38 (Resultado histórico da decisão do povo).

Quanta liberdade tem o homem?

R- Dt. 28:1-2 Se o homem escolher a direção divina receberá bênçãos.

Dt. 28:15 Se o homem não ouvir...

Dt. 30:1-3 Se o homem escolher errado e se asrrepender Deus muda a sorte dele.

Dt. 30:15-20 A proposta de Deus. (Vida ou morte).

 

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01/09/97

Cont.

Podemos ver claramente o poder de escolha do ser humano na história de Israel.

II Rs 17:1-23 (Não era a vontade de Deus que Israel fosse destruído pela a Assíria. Os resultados históricos aparecem à partir do verso 18).

O mesmo acontece na história de Judá.

II Cr. 36:13-21.

Nas nações pagas tem-se exemplificado também o poder de escolha. Exemplo está na cidade de Nínive.

Jn. 3:1-10 (Eles se arrependeram e o resultado histórico aparece no verso 10).

Nessa parte o livro de Jonas nos dá um pensamento desafiante. Esse pensamento é desafiador porque nós temos a noção de que o futuro é estático,no entanto, na Bíblia não é assim; Deus não está submisso ao futuro ou a qualquer outra coisa que seja.

04/09/97

-Deus aceita a escolha humana, no entanto Ele a tolera até certo limite e esse limite é onde essa liberdade humana não compromete seu plano para o futuro.

Is. 10:5-34 - Juízo sobre Assíria

Is. 13:1-22 - Juízo sobre Babilônia

Isaías 10 - 24 são juízos sobre as nações.

Am. 1:2 - 2:16 - Há um limite, à partir desse ponto o castigo não será retido.

 

3.A Operação de Satanás e Suas Hostes: O Tema do Grande Conflito

- O terceiro elemento constitutivo da história humana são as hostes do mal em sua rebelião contra Deus.

Gn 3:1-5 - Satanás propõe um outro caminho para o homem.

Jó 1:6-12; 2:1-7 - A ação de Satanás nas cortes celestes influencia a história na terra.

I Cr. 21:1

Is. 14:12-15 - Oráculo contra o rei de Babilônia

Ez. 28:11-19 - Oráculo contra o rei de Tiro. Outros exemplos de Satanás influenciando a história mostra o seu domínio sobre as nações.

Is. 49 - 50; Dn 7:13-14,27; At 9:4. (Existe uma unidade entre Deus e seu povo; bem como existe uma unidade entre Satanás e as nações pagãs)

II Ts. 2:7-12 - Manifestação do inóiquo aparecendo segundo a eficácia de Satanás(influenciando na história humana).

Jo. 12:31; 14:30; 16:11 - Satanás como o príncepe deste mundo.

Ap. 12 - 13 - Decisão dos poderes políticos sociais através da ação de Satanás.

 

a)Limitação da ação de Satanás:

Gn 3:15, 21-24 - O plano de Satanás era derrubar a humanidade, unir-se a ela e fazer da terra seu quartel general; no entanto, Deus limitou seu campo de ação.

Is. 14:15 - Deus intervém nos planos de Satanás.

Ez. 28:18-19 - Satanás será destruído.

Zc. 3:1-10 -

Ap. 12:7-12; 20:1-10 -

 

Resumo:

A história na Bíblia é linear; sobre essa história está Deus. Mas o homem tem poder de decisão e escolha(até certo limite) e Satanás também tem poder de influenciar, mas também até certo limite; e esse limite é onde essa ação(humana ou satânica) ameaça o plano de Deus.

 

5.O Conceito Bíblico da História é Diferente dos Conceitos Humanos Sobre a História.

a)Conceito Bíblico é Diferente dos Conceitos Determinísticos(Fatalistas) da História:

a.Fatalismo

É um conceito comum na cultura grega antiga e no pensamento oriental antigo e moderno e também a nossa cultura ocidental moderna. Ele diz que os eventos na vida de um indivíduo ou na história da sociedade humana devem ocorrer tais quais eles ocorrem, não há outra possibilidade, o que deve ser será e é impossível mudar isso. Central a este conceito é a crença em uma agência ou ser superior, externo e independente do processo histórico, que determina os eventos de antemão e assegura o seu cumprimento.

Vários conceitos teológicos da história são fatalistas. O fatalismo faz parte da cultura popular brasileira é parte de nossa herança católica antiga que leva boa parte da nossa população ao conformismo e imobilismo.

Um exemplo clássico disso é a noção de predestinação de vários grupos de tendência calvinista.

Exemplo: Predestinação - Deus na sua soberania de antemão determinou todas as coisas; ele determinou o pecado de Lúcifer e a queda da humanidade, ele determinou o decorrer da história humana, todos os fatos desde o pequeno até o maior. Deus determinou aqueles que vão se salvar e aqueles que vão se perder e tudo isso Deus fez afim de manifestar ao universo a riqueza da sua glória. Central a esse pensamento é Rm. 9:14-29.

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08/09/97

Cont.

O que é apresentado no texto acima citado não fala de indivíduos mas sim da nação de Israel; e ao concluir o assunto, no capítulo 11 no verso32, ele mostra que Deus quer usar misericórdia para com todos.

A pregação do evangelho converte uns e endurece a outros; Deus usa os que foram convertidos para salvar os endurecidos.

A discussão da soberania de Deus em Rm. 9:14-29 de modo nenhum Paulo está apresentando um teoria de predestinação fatalística, e sim a maneira como Deus trabalha na história afim de trazer salvação a todos e essa maneira é a pregação do evangelho.

 

b)Determinismo Histórico.

É o conceito de que existe na história uma força impessoal, um impulso que a dirige a um objetivo final; eles crêem portanto numa certa lei dinâmica de desenvolvimento.

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11/09/97

Cont.

Dentro desse pensamento determinístico há algo de fundamental importâcia que é o Hegelianismo (Georg Willolm Friederich Hegel 1770-1831).

Outro tipo depensamento influente dentro do determinísmo histórico é o pensamento de Emanuel Kant(Sec. XVIII) que é o Positivismo (Tudo tem que ser explicado de maneira natural; o sobre-natural não faz parte da ciência, este pertence somente ao domínio da fé), dentre do seu conceito, ele pensava que a história progride em direção à realização da liberdade humana final e total. Assim, conclui que nós somos o topo do universo.

No conceito histórico bíblico, Deus é quem é soberano na história; e ela vai atingir a um ponto determinado por Deus para seu fim.

 

c)Determinismo Científico

Explica o processo histórico como resultado da operação de leis científicas especialmente dentro da correlação causa-efeito. Esta teoria tem se baseado muito sobre o estudo das leis físicas e do fato que elas permitem a predição de um fenômeno físico. Este conceito tem sido muito popular durante os sec. XIX e XX. Se um evento histórico ocorre é porque houve um grupo de condições que o causaram, para cada evento histórico há uma causa suficiente.

Exemplos:

-Fatores biológicos e psicológicos(Causas dos eventos históricos). Os traços raciais de uma população é que tem determinado a história; esse tipo de filosofia foi muito aplicado no Arianismo. A superioridade ariana foi postulada por: Joseph Arthur de Gobineau e Houston Stewart Chamberlaim. (É um tipo de pensamento anti-bíblico, anti-histórico, etc.)

-Fatores físicos que determinam a história se faz bastante menção ao clima, topografia, solo, recursos naturais, etc. Os defensores dessa idéia dizem que foram esses fatores que determinaram a história. Esse tipo de pensamento é muito comun nas ciências como Evolução/antropologia, arqueologia, etc. Há muito defensores desse tipo e pensamento desde a época de Montesquieu (Filósofo francês)

-Fatores sociais - Faz-se apelo a economia, luta pela supremacia, religião, etc. Esse tipo de pensamento é bem característico como o pensamento de Marx e Engels e muito em voga também nas teorias sociais.

-Fatores múltiplos - Para poder escapar da crítica de um lado e do outro, considera-se que os fatores que determinam a história são a combinação de todos os fatores citados acima ou outros ainda.

 

b)Conceitos Indeterminísticos da História.

a)Acaso.

Vários historiadores e teoristas têm se oposto a qualquer noção de fatalismo ou determinismo da história na base de que vários eventos históricos ocorrem por acaso; portanto, eles negam qualquer noção do inevitável, do que tem de acontecer, porque o que reina no nosso mundo é o acaso. Essa noção tem recebido bastante apoio de vários historiadores do nosso século. Uma das bases que dá apoio filosófico/científico é o estudo da física sub-atômica.

 

b)Novidade.

Vários teoristas atacam qualquer noção de determinismo na história na base de que a história é o palco por excelência da novidade; se algo é novo e nunca ocorreu antes então não podia ser determinado, dirigido ou planejado.

Exemplo:

-O homem inventou a pólvora e o foguete, por isso pôde mandar o homem para a lua(a novidade disso é que determinou a história da ida do homem à lua).

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17/09/97

c)Liberdade Humana

Uma terceira objeção levantada pelos indeterministas é que o homem é um agente livre e portanto ee decide e faz o seu próprio futuro e dá uma direção à história da humanidade. A noção de um ser superior é completamente desconsiderada pelas ciências modernas; para muitos Deus não existe (ateísmo), para outros, se Ele existe Ele não tem nenhuma influência no mundo humano/processo histórico (deísmo), portanto a história humana é o que os homens fazem dela.

Concluindo:

Ao estudarmos o texto bíblico, vemos que a atitude de Deus na história é muito importante e faz muita diferença. Sem isso a visão da história fica distorcida.

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18/09/97

II.O CONCERTO ENTRE DEUS E ISRAEL.

Central a narrativa bíblica da história de Israel é o conceito da aliança entre Deus e o povo de Israel. Toda a história bíblica desde o êxodo até o exílio babilônico e a restauração no tempo de Esdras e Neemias gira em torno desse concerto e das proposições que fazem parte do mesmo.

O povo de Israel é o único povo onde existe um Deus em concerto com eles. O conceito dos deuses das outras nações era algo tipo uma relação física(O deus originou determinado povo). Israel não tinha nenhuma relação física com o seu Deus.

 

1.Aliança de Deus com Abraão.

a)Contexto: Gn. 9 - 11 (universal)

A aliança entre Deus e Abraão é apresentada em Gênesis dentro de um contexto universal; ela é a providência divina para trazer salvação a uma humanidade que se havia rebelado contra Deus.

Gn. 9 - Concerto universal de Deus com Noé (crescei multiplicai e enchei a terra).

Gn. 10 - Apresentação das nações.

Gn. 11 - Como as nações encheram a terra. Não foi em obediência à ordem de Gn. 9, mas sim pela rebelião aberta que motivou a dispersão de todos pela superfície da terra. Nesse contexto aparece Gn. 12:1-9 Chamado de Abraão. É a primeira vez na bíblia que aparece uma eleição de um indivíduo(especificamente).

 

b)Objetivo de Deus. Gn 12:2-3

Gn. 12:2 - (1)Transformar Abrão em uma grande nação; (2)Transformar Abão em uma fonte de bênção.

Gn. 12:3 - Em Abrão seriam benditas todas as famílias da terra (em contraste co Gn 10 onde está a lista de todas as famílias da terra).

 

Obs: A noção bíblica de eleição é “você e não os outros, mas é você porcausa dos outros”.

Toda noção de eleição está relacionada com a noção de missão I Pe 2:9.

 

c)Promessas. Gn.

a. Promessa da terra - Gn 12:1, 5-7; 13:14-17 Promete a terra de Canaã ; é uma promessa para sempre. Gn 15:7-21; Gn 15:18 Os limites da terra prometida.

Gn. 17:8

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22/09/97

b. Promessa de uma descendência - Gn 12:2,7 No chamado de Abrão Deus deixa explícito que ele teria uma descendência. Gn13:15-16 Novamente Deus promete a Abrão uma descendência. Gn 15:2-6 Abrão reclama de Deus. Gn 16 História de Agar e o nascimento de Ismael. Gn 17:1-22 O filho da promessa não é o filho natural mas sim o filho do milagre do poder de Deus. À partir daí Isaque começa a prefigurar a Cristo. A mesma pergunta que fez Sara, Maria também fez (Gn 17:19 > Gn 18:13-14 > Lc 1:34-37 para Deus não há impossível em todas as suas promessas). Para deixar bem claro que o descendente da promessa é aquele que vem da impossibilidade humana, Deus coloca o sinal no órgão da procriação (a circuncisão). Todo sinal de aliança não tem nele nenhum valor intrínsico que o faz melhor; observa-se o sinal somente porque Deus assim o pediu, portanto se torna um ato de fé e submissão a Deus.

Deus estabelece o rito da circuncisão . . .

 

d)Sacrifício.

Toda aliança na bíblia está relacionada com sacrifício (Gn 15:9-17). Quando Deus fez uma aliança solene com Abraão Ele(Deus) passou no meio das bandas simbolizando que Ele(Deus) cumpriria a sua promessa. Isso fica claro em Gn 22:1-19.

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25/09

Cont.

A maneira pela qual todas as nações seriam benditas era o sacrifício que Deus proveria para si. ( no monte Yeru = O Senhor se proverá) Aquele lugar chamava-se Salém; porém após a experiência de Abraão passa-se a chamar Yerusalém = Jerusalém.

Gn. 22 está intimamente ligado com os livros proféticos e com Is 53.

 

2.O concerto no Sinai.

a)O concerto no Sinai é parte do cumprimento do concerto Abraânico.

Tudo que é envolvido no concerto do sinai é parte do concerto com Abraão. Ex 3:6-10, 16-17 - A noção de cumprimento da promessa a Abraão está implícita aqui.

Ex 6:2-8 - A noção de cumprimento da promessa a Abraão, nesse texto, está explícita.

A aliança no sinai é complemento da aliança com Abraão.

 

b)Por que dos 400 anos de “peregrinação”e por que da escravidão no Egito?

1.Gn 15:15 - Não havia ainda completada a medida da iniquidade dos amorreus; eles receberam 400 anos como tempo de graça.(Práticas dos cananitas Jz 18 -19).

2.Depois dos 400 anos, antes de destruir os cananitas, Deus faz um grande apelo, e esse apelo se chama Êxodo. Js 2:9-11 Raabe recebeu os espias e disse que sabia que Deus era o Deus do céu e da terra e a maneira que Ele havia dirigido seu povo. O Êxodo foi o meio de pregação de Deus para os outros povos. Raabe entendeu a mecânica da pregação Jr 18:7-10 se Deus anuncia a destruição é porque Ele está dando uma opoortunidade de arrependimento.

3.O êxodo também é uma chance que Deus dá para o Egito, uma oportunidade de conheccimento de deus e de salvação para o Egito. Cf. Êx 3:19-20; 6:6-9; 7:5; 8:10,19,22; 9:14-17,19-21,27,29-30; 10:7; 11:3.

4.Para que Israel pudesse se transformar de uma família em uma nação. Cf Gn 46:2-4; Ex 1:1-7, 12; 12:37-41. O Egito tinha um rio e terra fértil que poderia suportar uma grande nação. Era um lugar bem mais propício para se tornarem uma nação do que a terra de Canaã.

5.Êxodo e concerto no Sinai = a maior revolução social da história.

No topo da classe social estava a realeza (atrás da família real havia um conceito que os participantes dessa família tinham uma parte com a divindade). Sob a realeza havia a nobreza que era uma classe um pouco inferior a família real mas ainda tinha um pouco de sangue azul. Depois existiam os comuns que eram a grande parte da população e eram livres, tinham mais deveres que direitos. A última classe social eram os escravos que eram considerados a classe social humana mais baixa e eram considerados iguais a animais; não tinham nenhum direito.

Quando Deus vai escolher um povo peculiar para representá-lo perante o mundo Ele escolhe um grupo de escravos para mostrar que essa organização social não era correta. O Êxodo foi um dos fatores determinantes do fim da escravatura na nossa sociedade porque Deus mostrou na história que para Ele não existe acepção de pessoas.

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29/09/97

Cont.

c)O Êxodo e o concerto no Sinai são um paradigma da salvação.

Sequência no êxodo:

-Escravidão - Páscoa - Libertação - Aliança (Lei) - Peregrinação - Posse da terra (Reio).

 

d)Qual o objetivo de Deus ao escolher Israel para Si?

Ex 6:7 > Para que Israel fosse seu povo e Deus o seu Deus.

Ex 19:3-6 > Fazer de Israel algo especial transformando-os em reino de sacerdotes e nação santa.

Dt 4:32-35 > Deus fez algo com Israel que não havia acontecido com nenhuma outra nação; queria estabelecer a teocracia.

Dt 7:6 >

Dt 14:2

Nm 24:8-9 > Temos aqui uma repetição aplicada a Israel daquilo que Deus havia dito para Abraão(Gn 12:3). Números nos indica claramente que a maneira que Deus vai cumprir a promessa feita a Abraão será cumprida por Israel.

 

Israel como fonte de bênção/Salvação.

Dt 4:5-8 > Deus dá todas as suas leis a Israel para viver sua experiência com Deus e chamar a atenção das outras nações.

Dt 28:9-10 > Todos os povos da terra verão . . .

1Rs 8:41-43 >

Mq 4:1-4

Is 2:1-5

Jo 4:22

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01/10/97

Cont.

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09/10/97

A CONQUISTA DE CANAÃ POR ISRAEL

 

A.Título.

O livro recebe o nome de seu principal protagonista humano Josué, em hebraico Yehoshua, em grego na LXX Iesus ou Iesus huiós Naué.

Josué primeiro aparece no AT como um general de Israel na batalha contra os amalequitas em Ex. 17:8-16, depois ele aparece novamente como servo de Moisés em Ex. 24:13; 33:11. Ele é um dos doze espias enviados para investigar a terra (Nm 13:8) juntamente com Calebe foram os únicos que deram o relatório positivo de Canaã (Nm 14:6-9), por causa de sua fidelidade a Deus ele e Calebe foram os únicos 2 adultos que saíram do Egito e entraram em Canaã (Nm 14:30, 38; 26:65; 32:11-12).

Antes da morte de Moisés, Josué foi escolhido como seu sucessor (Nm 27:18-23; Dt 31:3-8; 34:9), por mandato divino.

O nome original de Josué era Oséias que significa salvação; Moisés mudou então para Josué que significa YHWH é salvação Nm 13:16.

 

B.Posição no Cânon do Antigo Testamento

No Cânon hebraico(Bíblia hebraica = TM) Josué encabeça a segunda divisão do AT. A bíblia hebraica está dividida em 3 partes:

1.Torá = Lei > Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio)

2.Neviim = Profetas (vai de Josué a 2Reis menos rute; e de Isaías até Malaquias menos Daniel). De Josué a 2Rs são chamados de profetas anteriores; De Isaías a Malaquias são chamados de profetas posteriores.

3.Ketuvim = Escritos (cobrem os Salmos, Jó, Provérbios, Eclesiastes, Caatares, Rute, Ester, Daniel, Esdras Neemias, e 1 e 2Crônicas). Essa divisão em 3 partes é bem antiga, pois quando vamos a Lucas 24:44 percebemos Jesus mencionanto tal divisão.

Na septuaginta a divisão é feita em 4 partes:

1.Leis = Pentateuco (Gn - Dt)

2.Livros históricos = Vai desde Js a Et mais os apócrifos: Judite, Tobias, Macabeus I -IV.

3.Livros poéticos = São: Salmos, Odes de Moisés, Odes de Salomão, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Jó, Sabedoria de Salomão, Siracidas, Salmos de Salomão.

4.Livros proféticos = Os a Ml; depois Is a Dn e adicionado tem o livro de Bel e Drago.

 

C.Autoria e data de composição

Tradicionalmente tanto cristianismo como judaísmo têm aceito Josué como o autor de quase a totalidade do livro que leva seu nome.

O Talmude, no tratado chamado Baba Bathra 14b, 15a-b diz que Josué é o autor do livro; depois diz que Eleazar (filho de Arão, sumo sacerdote) escreveu Js 24:29-32; e depois diz que Finéias (filho de Eleazar e seu substituto no sacerdócio) escreveu Js 24:33 . No entanto, vários críticos e comentaristas têm proposto uma outra idéia com respeito à maneira como o livro foi escrito; para muito deles o livro é o resultado de um longo processo de produção começando por volta do ano 950 aC. e terminaria por volta do ano 550/500 aC. Esses críticos chamam essa idéia de:

J > Autores Javista que criam histórias que pudessem ser utilizadas a favor do governo de Davi (consegue unir todas as tribos)

E

D

P

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20/10/97

O livro de Josué nos dá vários indícios de ter sido escrito numa data muito antiga; em tempos anteriores ao surgimento da monarquia em Israel.

Indícios da autoria de Josué.

1.O autor do livro foi testemunha ocular de muitos eventos relatados no livro. (Js 5:1, 6 a maior parte dos manuscitos traz “dar-nos”).

Muitos detalhes no relato da conquista de Ai (Js 6; 7); possivelmente quem relatou estava presente.

2.Certas partes do livro são ditas terem sido escritas pelo próprio Josué ou por algum de seus comtemporâneos. Js 18:4, 8 Em cima do gráfico que os espias fizeram foi que foi dividida a terra; portanto, por conteporâneos de Josué.

Js 24:26 Escrito pelo próprio Josué.

3.O próprio livro clama que Raabe, a prostituta de Jericó, ainda estava viva quando o livro foi escrito ou editado. Js 6:25

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Falta o restante dessa aula que está no caderno.

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27/10/97

9.Muito do livro poderia ter sido escrito por Josué e seus conteporâneos, mas temos evidências de acréscimos editoriais posteriores à data de composição de boa parte do livro (a morte de Josué e a morte de Eleasar Js 24:31-33). Temos também evidência de acréscimo no relato que aparece da tomada de Quiriate-Arba(Hebrom) por Otoniel(Js 15:13-17) esse mesmo relato aparece no livro de Juízes indicando que essa conquista foi bem depois da entrada do povo em Canaã Jz 1:9-13. Outra, que nos parece ser uma adição editorial, é o relato da migração de uma parte da tribo de Dã até o extremo norte de Israel em Js 19:47 e também em Jz 18:27-29.

Temos em Josué, repetidas vezes(11 vezes), a frase “até o dia de hoje”, essa frase parece indicar parte do trabalho editorial indicando tempo posterior aos eventos citados. Js 4:9;5:9;6:25; 7:26; 8:28,29; 9:27; 13:13; 14:14; 15:63; 16:10.

Algumas vezes a frase “até os dias de hoje” é usada por Josué mesmo. Js 22:3; 23:8-9.

Tudo isso nos indica que o livro de Josué teve uma composição bem antiga (pelo menos antes do século XII aC.).

 

D.A data da conquista de Canaã.

A data da conquista de Canaã depende da época em que o êxodo é datado. A data do êxodo é um dos temas mais debatidos do AT. Duas datas, no entanto são propostas:

1.A primeira de que o êxodo ocorreu no sec. XV aC.

O texto fundamental para isso é 1Rs 6:1 (diz que Salomão começou a edificar o templo no quarto ano do seu reinado e isso fazia 480 anos da saída do povo do Egito). O reinado de Salomão é datado entre mais ou menos 971 - 931 aC; o quarto ano do seu reinado seria o ano de 966; o relato de 1Rs 6:1 diz que fazia 480 anos da saída do Egito; então, somando-se 966 mais 480 temos o ano 1446 aC que seria o ano do êxodo. (artigo sobre o êxodo NISBE “Exodus”).

Jz 11:26 nos fala que já faziam 300 anos que moravam naquelas terras. O período em que Jefté foi juiz é o ano 1100 aC. Somando-se isso aos 300 anos que ele declara estar morando na terra temos o ano do êxodo por volta de 1400 aC. confirmando o texto anterior de 1Rs6:1.

 

 

2.A segunda data para o êxodo é o Décimo terceiro século aC.

O texto básico para os que acreditam nessa data é Ex 1:11 (A base da informação é a construção de duas cidades para faraó). Temos uma cidade chamada Ramsés e temos também faraós que se chamavam Ramsés portanto, a cidade deve ter sido construída no período desse faraó. Na história dos faraós temos: (1) Ramsés I - 1307-1305 aC; (2) Ramsés II - 1290-1224 aC; Houve no entanto outros Ramsés mas temos que parar aqui por que temos um faraó chamado Mernepta que reinou no ano 1220 aC que, em um monumento construído por ele(Stela de Mernepta), colocou o nome dos povos conquistados, e o nome de Israel já estava ali; portanto a data limite seria o ano 1220 aC e antes desse período só existiram dois faraós com o nome de Ramsés.

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30/10/97

Cont.

No texto de Ex 1:11 temos que os filhos de Israel construiram a cidade de Pitom e Ramsés; os que usam esse texto não observam que nele também há a expressão “cidade celeiro”; por isso temos que perceber que os israelitas não construiram uma nova capital como eles defendem.

Gn 47:11 já menciona a terra de Ramessés. Concluímos com isso que a cidade de Ramessés pode ter tido esse nome por ter sido construída na terra de Ramessés.

 

Retornando à datação da conquista de Canaã temos que o êxodo ocorreu por volta do ano de 1446 aC; se tirarmos os 40 anos de peregrinação, chegamos ao ano de 1406 aC (data do início da conquista de Canaã).

Segundo a declaração de Calebe em Js 14:10 o período de conquista durou 7 anos. Nm 1-14 vemos que Israel ficou 2 anos por volta do Sinai onde Deus prometeu que Calebe receberia a terra; se Israel passou 40 anos entre o Egito e Canaã, depois desses 2 anos eles ficaram mais 38 para começar a conquistar a terra. Como visto em Js 14:10, Calebe diz que já fazia 45 anos desde que Deus lhe havia prometido a terra; então fazemos a conta de 45 anos desde a promessa menos os 38 anos de peregrinação após a mesma obtemos 7 anos; este foi o período de conquista (7 anos).

Somando-se os 1406(ano do começo da conquista mais os 7 anos, chegamos ao ano de 1399 que é a data da conquista).

O finalzinho do livro de Josué nos diz que muito tempo depois que o Senhor tinha dado descanço a Israel, Josué chama o povo para exortá-los (Js 23:1)...

Podemos falar a grosso modo que o final do livro de Josué está por volta de 1380-1370 aC.

 

E.Estrutura do livro de Josué.

Uma estrutura muito comun divide o livro em 3 partes:

1.Entrada na terra - Js 1:1 - 5:15.

2.Conquista da terra - Js 6:1 - 12:24.

3.Divisão da terra - Js 13:1 - 24:33.

Uma outra estrutura também encontrada nos comentários em 3 partes é a seguinte:

1.Conquista de terra prometida - Js 1:1 - 12:24.

2.Divisão da terra prometida - Js 13:1 - 22:34.

3.Exortação final de Josué à fidelidade da aliança - Js 23:1 - 24:33.

O interessante nesse estudo, ao lermos o texto bíblico é que vemos algo semelhante no início e no final do livro.

No início, o livro relata a morte de Moisés - Js 1:1-2

Promessa divina de posse da terra - Js 1:2-5

Exortação à fidelidade da aliança - Js 1:6-9

 

Quando vamos ao final do livro vemos:

 

Exortação à fidelidade à aliança e promessa de posse do resto da terra - Js 23:1-16.

Renovação da aliança - Js 24:1-28.

Relato da morte de Josué e Eleasar - Js 24:29-33.

 

 

 

 

***

03/11/97

Cont.

É interessante notarmos nessas passagens que tanto uma quanto a outra (Conclusão = Js 23-24 e Introdução = Js 1:1-9) têm paralelo com o capítulo 31 de Deuteronômino. A introdução com Dt 31:6-8 e a conclusão com Dt 31:14-29. A ênfase é a fidelidade à palavra de Deus, à aliança feita com Deus, à coragem, etc. Com isso vemos uma semelhança entre a teologia de Josué com a teologia do Pentateuco.

Vemos a teologia da aliança englobando toda a mensagem do livro de Josué. Vemos uma grande ênfase na aliança tanto no início como no final do livro.

 

A.Na introdução Deus enfatiza a aliança. Js 1:1-9

B.Logo depois o povo se prepara para a conquista da terra e travessia do Jordão. Js 1:10- 4:24.

C.Entrando na terra a primeira coisa que eles fazem é parar em Gilgal, circuncidam-se (renovação da aliança), celebram a páscoa. Js 5:1-15.

D.Primeiras conquistas: Jericó e Ai. Js 6:1-8:29

E.Renovação da aliança II em Siquém. Js 8:30-35

F.Relato da conquista do principal da terra. Js 9:1-12:24 > Aqui encerra a primeira parte do livro (A ênfase aqui é a renovação da aliança e conquista)

G.Desafio pela frente = o que ficou a conquistar. Js 13:1-13 > Esta é a parte central do livro

H.Distribuição da herança fora da terra de Canaã. Levi (não recebeu terra), Rúben, Gade, e meia tribo de Manassés. Js 13:14-33 > Segunda parte começa aqui (distribuir a terra fazendo cumprir o mandamento que Deus tinha dado; essa é a ênfase dessa parte)

I.Distribuição da terra de Canaã. Js 14:1-19:51

J.Cidades refúgios: Js 20:1-9. Segundo o mandamento de Deus a Moisés (Nm 35:9-28; Dt 4:41-43; 19:1-3)

L.Cidades dos levitas. Js 21:1-45. Segundo o mandamento de Deus (Nm 35:1-8)

M.História das duas tribos e meia dalém do Jordão e a fidelidade a Deus e à sua aliança. Js 22:1-34

N.Conclusão: Exortação à fidelidade da aliança, renovação da aliança e morte de Josué e Eleasar. Js 23:1-24:33.

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06/11/97

F.A Teologia do Livro de Josué.

A ênfase do livro de josué é a aliança e os principais temas do livro estão ligados a aliança.

1.Deus. (Primeiro tema encontrado no livro de Josué).

a)YHWH, o Deus fiel a sua aliança. Gn 15:13-16. O livro de Josué mostra o cumprimento dessa promessa feita séculos antes a Abraão. Vemos a ênfase na questão da aliança porque o mesmo Deus que foi com Moisés será também com Josué (Js 1); o mesmo Deus que fez Israel atravessar o Mar Vermelho, fez também secar o Jordão para a atravessia do povo p/ Canaã (Js 3).

Em Ex 23 Deus prometeu um anjo para liderar o povo até canaã e que iria lutar pelo povo dando-lhes a vitória; em Js 5:13-15 aparece o capitão dos exércitos do Senhor falando com Josué, cumprindo a promessa.

b) Deus é quem luta por Israel - Js 10:14; 23:3-10.

c) Deus é quem pune por causa do pecado - Acã Js 7 essa hitória cumpre a advertência feita em Ex 23:21.

d) O Deus fiel da aliança é também o Senhor do universo e das nações e por isso Ele tem controle total sobre a natureza - Js 3 Sêca do Jordão; Js 10:11 Deus envia saraiva; Js 10:12-15 Deus pára a terra (sol e lua). Como Senhor das nações Ele pode trazer juizo sobre elas - Js 3:10; 6:2; 8:1; 10:8;,19,30,32,42; 11:8, 20; 24:11-13.

e) Deus é fiel, nenhuma de suas promessas falharam, no livro de Josué a tônica é “Deus cumpre as suas promessas - Js 21:43, 45.

 

2.Um segundo tema importante no livro de Josué é “o Livro da lei”.

a)Fundamental a teologia do livro de Josué é a existência do livro da lei, esse livro da lei deveruia ser o motivo de meditação constante e era fonte de instrução para Israel. A palavra hebraica “Torah” é sempre traduzida por lei, sempre pensamos nela de maneira legal (permitido, proibido; no sentido de limitar); mas “Torah” literalmente quer dizer “instrução” (tem o caráter educacional). Js 1:7-8; 8:30-35; 23:6; 24:26. Vemos também que o livro da lei era o texto da aliança entre Deus e seu povo.

b) Na época de Josué já havia um corpo de escritos chamado livro da lei, eram considerados como inspirados, eram considerados como escritos por Moisés, e era a peça fundamental na aliança entre Deus e seu povo.

 

obs: O primeiro alfabeto encontrado foi o Proto-Hebraico que foi encontrado na penísula do Sinai por volta de 1500 - 1450 aC.

 

3. O Povo de Deus. (o terceiro tema encontrado no livro de Josué)

a) A aliança e a necessidade de obediência.

O povo de Deus no livro de Josué é exortado à fidelidade a Deus pela obediência às suas leis e fidelidade à aliança. Js 1:7, 13-18; 8:30-35; 11:15; 22:5; 23:6-11.

***

 

 

10/11/97

Cont.

A obediência levava ao sucesso e a desobediência levava ao fracasso e à maldição da aliança; o exemplo clássico é a história de Acã. Js 7:1, 20-21, 24-26 O ato de Acã levou-o a tornar-se um “herem” (condenado, banido, consagrado ao Senhor).

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13/11/97

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17/11/97

Cont.

Uma vez que os canaanitas tinham sido declarados “herem” (destinado para destruição) não significa que não tinham mais oportunidades; visto que Raabe estava entre os que foram desclarados “herem”, ao aceitar participar do povo de Deus ela torna-se “qadosh”. Js 2:9-13; 6:22-25; Mt 1:5.

Outro exemplo que temos no livro de Josué com respeito à vontade de Deus de resgatar àqueles que foram declarados “herem”, é o caso dos gibeonitas Js 9. Foi aplicado a lei da guerra em Deuteronômio 20:10-11. Foram poupados a vida e no cap. 10 foram servidos por Israel. Em 2Sm 21:1-14 encontramos a história do juízo que veio sobre Israel pela investida que fizeram contra os gibeonitas, quebrando a aliança que Josué havia feito com eles. A sorte final dos gibeonitas, que entraram para o povo de Deus como rachadores de lenha e tiradores de água, é encontrada em 2Cr 1:3-5 onde encontramos que o tabernáculo de Deus estava em Gibeon que se tornara o centro de adoração a Deus.

Quanto ao resto dos canaanitas endureceram seu coração, se rebelaram contra Deus, se uniram em guerra contra os Israelita e tentarm destruí-los, e por isso veio juízo da parte de Deus sobre eles Js 11:20. Eles foram destruídos mas ficou um resto dos canaanitas, vemos isso em Js 13:1-13 e a razão deles terem ficado foi para porem à prova a fidelidade do povo de Deus como laço, rede, espinho, e como açoite e seriam como instrumento da realização das maldições da aliança em caso de desobediência da parte de Israel Js 23:12-13.

Concluindo a remarca sobre os canaanitas, temos duas razões pelas quais eles foram destruídos:

1) Encheram a medida de iniquidade tolerada por Deus - Gn 15:16. Parte daquilo que os canaanitas fazem nos é descrito em Lv 18:1-30 (especialmente os vs 24-30); Lv 20:1-27 (esp. v23); Dt 9:4-5; 12:31; 18:9-14; etc.

2) Deus os destruiu para que os israelitas não aprendessem de suas práticas e seguissem seus caminhos - Ex 23:24, 32-33; Dt 7:1-4.

O tema geral do livro de Josué é o cumprimento de Deus da aliança feita com Abraão.

Continuará o povo sendo fiel à aliança?

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20/11/97

Obs: Imoralidade e desrespeito pela vida humana são duas características da ruptura completa do homem com deus.

 

 

 

 

 

JUÍZES

A. Título

Em hebraico o título é “Shofetim” (juízes); na LXX é “Kritai” (juízes). A função de juiz é primeiro descrita por Moisés em Dt 16:18; 17:9; 19:17 nós vemos nesses textos que o juiz era um líder de Israel juntamente com o sacerdote.

Sua autoridade envolvia mais que julgar e tomar decisões judiciais. O posto de juíz era a posição de um governador, um líder tanto na área civil, militar ,e religiosa. O juíz era um líder que podia ser eleito pelo povo (Dt 16:18; Jz 11:5-11) ou podia ser também um líder levantado por Deus (Jz 3:10-11, 15; 6: 11-16; etc.); portanto, o posto de juíz refletia um cargo democrático-teocrático que governava o povo mas não tinha os privilégios de todo o contexto da realeza.

O juiz funcionava como um ministro do rei; ou seja, um ministro de Deus.

Jz 8:22-23 A história de Gideão demonstra que Deus é que era o rei, os outros seres humanos são todos iguais perante Deus. Em 1Sm 8:6-9 demonstra a rejeição de Deus como rei.

 

B. Autoria e Data de Composição

Segundo o Talmude de Babilônia, no tratado Baba Bathra na seção 14b e 15a, Samuel é considerado o autor do livro de Juízes; o livro em si não dá indicativo nenhum com respeito ao seu autor, mas nós sabemos que ele foi escrito nos dias em que havia reis em Israel (Jz 17:6; 18:1; 19:1; 21:25); portanto ele foi escrito no período da monarquia (Jz 1:21 indica que na época em que foi escrito o livro os jebuseus ainda controlavam Jerusalém) portanto o livro foi escrito durante o reinado de Saul ou logo no início do reinado de Davi.

Alguns descartam Samuel porque as observações de que “naquele tempo não havia rei em Israel” não poderiam ser dele visto que dificilmente Samuel sera favorável à monarquia; no entanto, esse argumento que parece lógico é jogado por terra em 1Sm 16:1 quando Samuel chora por causa de Saul. Se ele foi tão positivo assim, não existe o problema para que ele tenha sido o autor.

 

C. Contexto Histórico

O livro de Juízes reflete um período que vai de 1380 aC. (morte de Josué) até 1050 aC. (época de Saul). Alguns alegam que esse período não é suficiente, pois se forem colocados os períodos de judicatos de cada juíz excederá a 330 anos; no entanto, refuta-se essa idéia percebendo que houve juízes que tiveram seu período de judicato simultaneamente (Jz 10:7 - Após esse verso temos o relato de Jefté Jz 11:1-12:7, depois de vários outros juízes Jz 12:8-15 Ibsã, Elom e Abdon; e depois no capítulo 16 aparece Sansão; todos esses juízes levantaram-se dentro do contexto da opressão dos filisteus e amonitas relatados no cap. 10:7). Provavelmente o final da vida de Sansão corresponde ao início do judicato de Samuel.

Neste período 1380-1050 as grandes potências do Oriente Médio (Egito ao sul e Império Hitita ao norte) estão extremamente enfraquecidos ou em decadência. Por isso eles começavam a perder influência nas outras áreas e a preocuparem-se apenas com seu próprio território. Assim, cada povo da região procurava invadir as terras a fim de tomarem terras para si. Este foi um período de grande comoção entre as nações, todos lutavam entre si. Por volta de 1200 aparece a invasão dos grandes povos do mar, dando o golpe mortal no império Hitita. O segredo dos povos do mar era o conhecimento da fundição do ferro.

 

D. Estrutura

Vemos que o livro de Juízes tem duas introduções em vez de uma (introdução dupla) que vai do capítulo 1:1 até 3:6.

I. Introdução - 1:1 - 3:6

1) Fidelidade temporária de Israel; quebra da aliança (1:1 - 2:5)

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