HERMENÊUTICA
12/08/97
Definição - A palavra hermenêutica é definida em português como a interpretação do sentido das palavras.
A arte, ciência de interpretar textos sagrados.
Estudaremos a hermenêutica bíblica.
No grego a palavra hermeneia quer dizer explicação, tradução; tem sua origem com o deus grego Hermes que era o mensageiro e intérprete dos deuses.
*Hermenêutica se refere de modo geral à ciência que ensina os princípios, métodos e regras de interpretação. A hermenêutica bíblica se refere a essa ciência na interpretação.
A Hermenêutica é uma ciência porque tem regras para serem usadas, que são usadas dentro de um sistema definido. A hermenêutica também é uma arte porque essas regras não podem ser usadas de maneira mecânica. Tem de ser feita com habilidade.
Necessidades da hermenêutica bíblica.
A)Necessidades profissionais.
1) O ministro deve manejar bem a palavra de Deus. II Tim 2:15.
2)Existem passagens difíceis que podem ser facilmente distorcidas. II Ped 3:15-16.
3)Parte do ministério consiste em explicar o texto bíblico e a sua mensagem àqueles que não entendem.
4)Lucas 24:27 - O verbo “expor” em grego é diermeveuw - diermeneu que significa interpretar, explicar, traduzir.
Atos 8:30-31 - Interpretar a quem não entende.
B)Necessidades devido a dificuldade de compreensão.
1)Um dos fatores que dificultam é a antigüidade do texto bíblico que o torna diferente do nosso tempo. As primeiras porções do Antigo Testamento foram escritas por volta do ano 1500 aC e a porção mais recente do Novo Testamento foi escrita por volta do ano 100 dC. Isto cria dificuldades muito grandes ao nosso entendimento.
Ex. Por que os israelitas adoraram um bezerro de ouro no pé do monte Sinai? O que é um alto? Onde fica a Fenícia?
2)Outro fator são a distância e diferenças geográficas e físicas do mundo do antigo Oriente Médio (AOM).
3)Há necessidade também devido a barreira da língua. (A.T. hebraico e aramaico; N.T. grego). Toda tradução é, na verdade, uma interpretação.
Ex. Salmo 23:1 no original está: “O Senhor é o meu pastor e eu não terei falta”.
4)O pensamento bíblico é diferente do pensamento moderno e de todo e qualquer pensamento humano.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE UMA BOA HERMENÊUTICA BÍBLICA.
São a base da compreensão da Bíblia e da validade dela para nossa fé e vida.
1)Inspiração e autoria das escrituras.
II Pe. 1:20-21 - Homens escreveram movidos pelo Espírito Santo.
II Tm. 3:16 - Toda a escritura é inspirada por Deus.
-Para o cristão as escrituras têm um caráter especial pois são um produto de vida vindo diretamente das mãos de Deus.
-As escrituras são o fruto e a auto-revelação de Deus ao homem com a mensagem que Ele quis passar à humanidade.
-O meio que Deus utilizou para transmitir a sua palavra foi o elemento humano.
Hb. 1:1-2 A Bíblia é inspirada de muitas maneiras.
Ellen G. White G.C. p6.
Testemunhos para a igreja vol. 5 p747.
2)Autoridade das Escrituras.
Is. 8:20 - Autoridade total.
II Tm. 3:16 (14-17) - É a Bíblia, e só ela, que nos dá as diretrizes e bases para nossa vida.
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19/08/97
Cont.
As nossas tradições não podem trazer barreiras ao evangelho nem ir contra as escrituras.
3)A Unidade das Escrituras.
-Antigo e Novo Testamento formam uma unidade indivisível, os dois formam a totalidade das escrituras. Ambos Testamentos tem autoridade para nossa fé e prática e não há distinção de inspiração entre os dois; como diz II Tm 3:16 -Toda Escritura.
-II Tm 3:16
-Ef. 3:3-5 -Apóstolos e profetas colocados em igualdade pelo apóstolo Paulo.
-II Pe 3:15-16 - Pedro equiparando os escritos de Paulo com as demais escrituras.
-I Tm 5:18 - O apóstolo Paulo considera tanto o Antigo(Dt.) como Novo Testamento(Mt.)
-Portanto, dentro da própria igreja cristã, as escrituras eram vistas como Antigo e Novo Testamento.
-A igreja precisa definir um cânon porque ela possui um corpo de escritos inspirados que são constantemente bombardeados por escritos não inspirados.
-A Bíblia é uma unidade porque o Deus que inspirou é o mesmo do início ao fim.
-Todos esses escritos derivam sua unidade e autoridade desse ser que a inspirou.
-A unidade não vai abolir a diversidade pois cada livro tem a impressão do canal humano que foi usado por Deus.
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02/09/97
Cont.
4)A Bíblia como Seu Próprio Intérprete.
-A formulação clássica desse princípio é encontrada no famoso princípio protestante de “Sola Scriptura”. Começou à partir da reforma; antes, a igreja usava o método alegórico de interpretação.
-Este princípio declara que a Bíblia é autoridade suprema no domínio de doutrina e salvação. A Bíblia é o Cânon ( metro, medida) pelo qual a filosofia, ciência e tradições humanas tem de ser analisadas.
-No processo de avaliação de uma idéia ou na procura de uma verdade Bíblica. Devemos ter três passos:
1.A Bíblia como um todo deve ser tomada em consideração.
2.Todas passagens que tratam do assunto devem ser tomadas em conta.
3.As passagens difíceis devem ser entendidas à luz das passagens claras acerca do mesmo assunto.
*Esses passos têm sidos chamados pelos protestantes como “Analogia Fidei” = Analogia da Fé.
Outros preferem chamar como “Analogia Scriptura”; assim nós a chamamos.
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03/09/97
Cont.
Jesus assim praticou Lc 24:27 “Começando por Moisés ...”. Jesus expôs o que todas as escrituras falavam a seu respeito desde o pentateuco e todos os profetas.
Lc 24:44-45 - O que estava escrito em todas as escrituras. Devemos tomar toda a escritura para compreender o que a Bíblia diz à respeito de um determinado assunto.
At. 17:11 - Jesus praticou e a igreja também o fez.
Jo 5:39.
5)O Ser Humano como Intérprete da Bíblia.
-Todo mundo tem direito a ler e interpretar as escrituras. Idéia proposta pela reforma.
At.17:11 - Cada um foi por si examinando para ver se realmente era assim.
Jo. 8:31-32 - Aquele que é discípulo de Jesus deve permanecer na sua Palavra e conhecer a verdade.
Jo. 17:17 - A verdade é a palavra de Deus.
Jo. 5:39-40 - Eles faziam o que era certo; examinavam as escrituras mas não tinham a disposição correta do coração.
Disposições para ser um intérprete fiel da Bíblia:
a)Respeito -
I Ts 2:13 - Receber as palavras da Bíblia não como palavras de homens mas como, na verdade é, a palavra de Deus; com respeito.
Is. 66:2 - Se queremos ter a bênção de Deus, precisamos ter respeito por sua palavra.
b)Submissão ao Espírito -
I Cor. 2:14 - As coisas de Deus se discernem espiritualmente.
II Cor. 4:3-4 - O homem natural sem a submissão do Espírito de Deus está em submissão ao espírito do mal.
Sl. 24:9,14 - Necessidade de submissão a Deus para que possamos aprender de dEle.
c)Necessidade de oração.
Sl. 119:18 - Desvenda os meus olhos...
Tg. 1:5 - Se tivermos falta de sabedoria devemos pedir em oração a Deus.
d)Amar a verdade.
Sl. 119:97-99 - Amor do indivíduo à palavra de Deus.
Jo. 3:19-21 - Quando se ama a Bíblia, se compreende as verdades bíblicas.
I Pe. 2:1-3 - Desejar ardentemente a verdade como criança ao leite.
e)Paciência, Perseverança e trabalho árduo e minucioso.
Dt. 6:6-9 -
Jos. 1:8 - Meditar dia e noite no livro da lei.
Sl. 1:2 - Meditar de dia e de noite.
Sl. 119:97-99 - Meditação todo dia.
At. 17:11
f)Pedir a Deus sabedoria e compreensão.
Mr. 4:10 - Pedindo ajuda para entender.
Lc. 24:45 - Jesus auxilia os discípulos para compreender as escrituras.
Tg. 1:5 - Se temos necessidade de sabedoria devemos pedir a Deus.
g)Fé.
Tg. 1:6-7
h)Prudência(Bom senso).
A prudência está em ir das coisas simples para as mais complexas. E deixar que as coisas claras elucidem as obscuras.
6)O Papel Fundamental do Espírito Santo.
I Cor. 2:6-15 - O homem só pode conhecer a palavra de deus através do Espírito.
Jo. 14:26
Jo.16:13 - O Espírito Santo é nosso guia e professor.
Vemos, ao terminar as pressuposições, que podemos resumi-las em 3 aspectos:
Bíblia ( as primeiras 4)
Homem (o quinto)
Espírito Santo (A última)
II.HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA.
Leitura de Zuck cap. 2.
III. MÉTODO ANALÍTICO: EXEGESE DE UMA PASSAGEM BÍBLICA.
3.1.O Texto Original e Estudos Textuais.
Ex. Amós 2:6-16 ler Amós 1-3 para determinar onde começa a unidade literária que trata do assunto contido em 2:6-16
1.Primeiro passo para analisar um texto bíblico.
-Ler a passagem bíblica e os capítulos que a rodeiam várias vezes e com muita atenção. Devemos ler, reler, ler várias vezes até que nos familiarizamos com o texto e percebemos seus temas, suas idéias, etc. Para ter uma idéia do lugar que esse assunto ocupa no contexto que o cerca.
2.Segundo passo.
-Confirmar os limites(delimitar) da passagem. (Esse é o primeiro capítulo da monografia)
17/09/97
Cont.
É a procura da unidade literária ou perícope do texto a ser estudado.
Para uma ajuda imediata na confirmação dos limites de uma passagem bíblica, observar:
1.O texto bíblico na Bíblia Hebraica Stuttgartence (BHS) para o Antigo Testamento. Para o Novo Testamento Nestle - Aland (NA) ou United Bible Society (UBS).
2.Observar a delimitação dos textos bíblicos nas traduções modernas da bíblia (Almeida, Matos, Bíblia de Jerusalém, Tradução ecumênica da Bíblia/TEB).
Ocorre várias vezes que as divisões modernas da Bíblia, em versos, parágrafos e capítulos não refletem com exatidão as divisões naturais do texto bíblico; assim, há necessidade de um estudo atentivo afim de discernir quais são os limites naturais do texto e qual é a unidade literária na qual a passagem bíblica está inserida; para tanto devemos procurar as indicações textuais que caracterizam a unidade X divisão.
3.Procura de elementos de unidade.
-Fluidez do texto e unidade temática.
-Semelhança de estrutura entre os blocos de um perícope.
-Repetição de elementos literários comuns. Há elementos que indicam introdução, conclusão, inclusio.
4.Procura de elementos de divisão.
-Quebra na fluidez de texto e mudança de tema.
-A quebra/mudança abrupta do modelo/paradigma usado até então.
-Fórmulas clássicas de introdução e conclusão.
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Monografia
Introdução : Depois fazer um subtítulo : O problema(pergunta que será respondida resumidamente na conclusão), à seguir teremos um subtítulo que será a metodologia de estudo que vai ser usada. Análise será “Exegese literária”
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21/09/97
Exercício: Amós 2:6-16 - Tema: Juízo de Deus sobre Israel devido às suas transgressões.
1)Delimitar o texto:
A.Procurar elementos de unidade.
1.Fluidez do texto
Unidade temática Oráculos de juízo contra Nações desde Am. 1:3 - 2:16.
2.Estrutura
a.Introdução:
“Assim diz o Senhor, por 3 e por 4 transgressões de ___(Nação)_____ não sustarei o castigo”.
b.Razão: “Porque”
c.Juízo: “Por isso”
B.Procurar elemento de divisão.
1.Quebra na fluidez
Mudança temática 3:1-2 . . .
2.Quebra/mudança abrupta do modelo usado até então.
Am 3:1-2 . . . O estilo anterior terminou.
3.Procurar fórmulas típicas de introdução e conclusão.
Introdução em Amós é: “Ouvi a palavra que o Senhor fala/ou”
“Ai de . . .”
“Isto me fez ver o Senhor. . .”
Conclusão em Amós é: “Oráculo do Senhor” (tradução: disse o Senhor) Am.2:16.
O estudo dos elementos acima indica que Am. 2:6-16 está inserido dentro da unidade literária(perícope) de uma série de oráculos contra diversas nações. Esses oráculos começam no cap. 1:3 e vai até 2:16.
Agora vem uma pergunta: E quanto aos versos 1 e 2, será que eles pertencem a essa mesma unidade?
No verso 1 - A maneira como Amós introduz o seu livro é uma maneira comum a vários profetas que utilizam uma expressão típica para a introdução dos mesmos(Am. 1:1 = Os 1:1 = Joel 1:1 = Mq. 1:1 = So 1:1 = Jer. 1:1-3.). Introdução “clássica”.
No verso 2 - Procurar em uma concordância a expressão: “O Senhor rugirá de Sião” então encontraremos Joel 3:16; Jer. 25:30 devemos então estudar o contexto dessas passagens. Depois de feito, perceberemos que todas as vezes que aparece essa expressão está relacionada com oráculos divino contra nações.
Portanto o verso 1 é uma introdução do livro e o verso 2 faz parte do oráculo de Deus contra as nações. A perícope de am 2:6-16 portanto é Am. 1:2 - 2:16.
Obs:Livros muito bons que apresentam didaticamente os passos da hermenêutica bíblica:
Stuart, Douglas. Old Testament Exegesis, a primer for students and pastors, Philadelfia, The westminster Press, 1980.
Fee, Gordon D. New Testament Exegesis, a handbook for students and pastors, Kentucky, Westminster/John Knox Press, 1993. Adquirir na medida do possível.
Terceiro passo
Comparar Diferentes Versões do Texto.
A.Ler diferentes versões do texto bíblico(Almeida, Matos Soares, Tradução Ecumênica da Bíblia, Bíblia de Jerusalém, etc.) e notar as mudanças/diferenças significantes.
B.Tentar descobrir o porquê das diferenças. Então, consultar comentários bíblicos em português e outras línguas. (Word Biblical Comentary)
C.Analizar os argumentos prós e contras e fazer a sua decisão.
Princípio fundamental para textos difíceis: Você nunca pode escolher uma leitura que esteja contrária ao ensino bíblico à respeito daquele assunto ou tema.
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23/09/97
Quarto passo
Analisar o contexto Histórico.
Deve tentar determinar qual era o contexto histórico geral e específico da passagem em questão.
A.Contexto Histórico geral.
Deve responder a 4 perguntas:
1.Quem foi o autor da passagem?
2.Quando foi que ele escreveu?
3.Qual o contexto /situação histórica de sua época (autor) ou da época em que ele escreveu?
4.Que costumes ou fatos da época nos ajudam a compreender a passagem?
Onde procurar respostas para essas perguntas?
1.No próprio livro bíblico. (ler o livro para ver as informações que ele dá à respeito das questões). E na bíblia em geral.
2.Livros sobre a história de Israel, sobre o cristianismo primitivo e introduções à bíblia (AT e NT).
3.Comentários bíblicos. (geralmente trazem o contexto histórico).
4.Dicionários e enciclopédias sobre a bíblia.
5.Artigos especializados sobre o assunto ou estudos específicos.
Exemplo: Am 2:6-16 Procura do contexto histórico geral.
Indo ao livro bíblico:
-Quem é o autor? Am 1:1 O próprio Amós
-Profissão e origem? Pastor - Cidade de Tecoa.
-Data? Nos dias de Uzias rei de Judá e nos dias de Jeroboão rei de Israel. Dois anos antes do terremoto.
-Am 7:10-15 Amazias chama Amós de vidente e diz para ele fugir para Judá. Amós diz que não é profeta nem filho de profeta e sim um criador de gado e agricultor.
Buscar informações bíblicas sobre Uzias para compreender a época:
-2Cr 26: 1-23 -
-2Rs 15:1-7 -
Buscar informações bíblicas sobre Jeroboão:
-2Rs 14:23-29
Buscar informações sobre o terremoto.
-Zc 14:5
Indo aos livros da história de Israel:
-Uzias - Shultz pp 196-198. Data 791 - 740 aC. Durante os 52 anos, Uzias foi governante sozinho apenas por 17 anos.
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30/09/97
Cont.
791 - 768/67 foi co-regente com seu pai Amazias.
768/67 - 750 Período no qual ele reinou só.
750 - 740/39 Reinou junto com seu filho Jotão.
-Jeroboão II - Shultz pp 187-188. 793 - 753 aC. Reinou durante 41 anos.
793 - 781 > Reinou em co-regência com seu pai.
781 - 753 > Período no qual reinou sozinho.
Cruzando os períodos de reinados sozinhos(ele não mencionou nem o pai nem o filho dos reis mencionados) dos dois reis mencionados por Amós temos o período provável de sua pregação entre 768 - 753 aC.
Buscar informações sobre o terremoto mencionado em Amós 1:1.
O terremoto na época de Uzias, de acordo com estudos, pode ser datado como tendo sido mais ou menos no ano 760 aC. (Yigael Yadim, Hazor, 1972. pp 113, 181.)
Juntando os dados dos reis e do terremoto concluimos ue Amós pegou por volta dos anos 768 - 762 aC.
Ao ler os detalhes de Amós parece que havia expectativas quanto a restauração do império de Davi e Salomão.
1.O Contexto de restauração das fronteiras do antigo império Davídico Salomônico e a provável esperança escatológica de Israel.
Nos textos bíblicos lidos vemos as conquistas dos reis Uzias e Jeroboão.
2Sm 8:15 Gn 15:18 Extensão da terra prometida a Abraão.
1Rs 8:65
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01/10/97
Cont.
2Rs 14:25 > Logo no início do verso aparece “Restabeleceu” que em hebraico é Heshiv = restabelecer, restaurar, fazer voltar.
Em Am 1-2 encontramos constantemente a expressão “não sustarei o castigo”; no entanto, no original está Por 3 e por 4 eu não heshiv ele/isto. Uma possível tradução seria Eu não restabelecerei/restaurarei.
-Amós organiza o seu livro à partir de três passagens importantes que aparecem no livro de Joel(o Senhor bramando de Sião, o dia do Senhor, a restauração do povo.)
O panorama histórico que Amós talvez pudesse ter encontrado
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07/10/97
Contexto histórico no livro de Amós em geral
a.Quadro de grande prosperidade
-Am 4:1; 6:1-6
-Am 3:15; 6:4
-Am 4:4-5; 5:21-23
-Am 8:4-6 Os comerciantes prosperavam.
-Am 6:13 Essa prosperidade trouxe confiança no poder da nação.
-Am 5:14 Achavam que Deus estava com eles e nada poderia acontecer-lhes. Essa convicção levava-lhes a outra convicção de que o mal não lhes alcançaria e que nada de mal lhes aconteceria Am 9:10.
-Am 5:18,20 Ansiavam pelo dia do Senhor.
Decadência moral e social, portanto, levando também a decadência espiritual.
-Am 2:7-8; 3:14; 4:4; 5:5, 26; 8:14 - No meio da prosperidade e confiança o profeta Amós nos mostra o que acontecia às escondidas. Havia um sincretismo religioso.
-Am 2:6-7; 4:1; 5:10-12; 8:4-6 - Exploração do pobre.
-Am 2:7; 5:7,10,12; 6:12 - Suborno da justiça
-Am 6:6 - Não tinham nenhum interesse na ruína de José.
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Falta uma parte da aula de ontem
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08/10/97
-Os 5:2,4-6; 6:6; 8:2-6, 11-14; etc. - Idolatria e sincretismo religioso
-Os 4:1-4, 11-19; 6:8-9; 7:1-7 - Corrupção moral e civil
B.Contexto histórico específico
Deve responder à pergunta:
Em que contexto ou em que parte da vida ou ministério do personagem bíblico ocorreu essa passagem?
Quando partimos para o contexto de Amós(Am 2:6-16), a impressão que nos dá é que ele pregou a sua mensagem no templo de Betel e num curto espaço de tempo.
Temos dois contextos Am 1:1 e 7:13-15
O contexto específico de Amós coincide com o contexto geral do livro.
Quinto passo
Análise do contexto literário da passagem
Tenta determinar as características literárias da passagem. Isso inclui:
1.Gênero literário
2.Forma literária
3.Estrutura literária
4.Figuras de retórica e de sintaxes
5.Função literária
1.Gênero literário (Genre)
A bíblia contém uma variedade de diferentes tipos de literatura(= a gênero literário) cada uma com suas características próprias e com suas particularidades. O fato de que esses tipos de literatura são diferentes entre si torna imperativo que, ao analisarmos um texto ou uma passagem, temos que identificar a que tipo de literatura esse texto ou passagem pertencem.
Os seguintes gêneros literários podem ser identificados na bíblia:
A.No Antigo Testamento
Podemos classificar toda a literatura do A.T. em dois grandes grupos: Temos os textos que estão em prosa (é a maneira natural de falar ou escrever seguindo as regras básicas da língua sem os requintes de formas retóricas ou métricas que caracterizam a poesia), e o segundo é poesia (é a maneira artística de falar ou escrever empregando recursos de retórica, métrica, e criatividade afim de criar algo único e belo. Freqüentemente as leis básicas da língua são quebradas afim de se atingir o belo).
A prosa e a poesia podem ser classificadas em 5 grandes grupos:
-Narrativas
-Leis
-Profecias
-Poesia
-Sabedoria
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14/10/97
Cont.
A1.Narrativas -
É o tipo mais comun de literatura no AT. Mais de 40 por cento do AT é narrativa. São histórias das pessoas que viveram no tempo do AT.
Fee e Stuart, Entendes o que lês?, pp 64, 65 fala dos três níveis da narrativa:
1.Nível superior - Ação de Deus na história, são os grandes temas; Criação, dilúvio, chamado de Abraão, Queda da humanidade, etc.
2.Nível intermediário - Esse é o nível da história do povo de Deus, maiormente no AT vai ser a história de Israel, nesse nível estão relatados os eventos da história desse povo. Fidelidade, infidelidade, apostasia, etc.
3.Nível inferior - É o nível de centenas de narrativas individuais, a histórias de indivíduos, pessoas. Alguns vitoriosos, alguns derrotados, histórias tristes, histórias alegres, etc.
Nesse livro também, na página 69, encontramos os 10 princípios para a boa interpretação das narrativas.
1.Geralmente uma narrativa não ensina diretamente uma doutrina.
2.Uma narrativa do AT usualmente ilustra uma doutrina ou doutrinas ensinadas de modo proposicional noutros lugares. Ex. Na vida de Abraão temos a ilustração do que é viver pela fé; sua história é fundamental na crença da justificação pela fé.
3.As narrativas registram o que aconteceu, não necessariamente o que deveria ter acontecido ou o que deve acontecer todas as vezes.
4.O que as pessoas fazem nas narrativas não é necessariamente um bom exemplo para nós; freqüentemente é exatamente o contrário.
5.A maior parte dos personagens nas narrativas do AT está longe de ser perfeita e suas ações também.
6.Nem sempre somos informados no fim de uma narrativa se aquilo que aconteceu foi bom ou foi mau. Espera-se de nós que possamos julgar a história com base no que Deus já nos ensinou nas escrituras de modo direto ou categórico.
7.Todas as narrativas são seletivas e incompletas; nem sempre todos os pormenores são dados. O que realmente acontece na narrativa é tudo quanto o autor inspirado considerava importante para nós conhecermos.
8.As narrativas não foram escritas para responderem a todas as nossas perguntas teológicas; elas têm propósito limitado e tratam somente de certas questões deixando as demais para serem tratadas noutros lugares e de outras maneiras.
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15/10/97
Cont.
9.As narrativas podem ensinar ou explicitamente (o texto declara abertamente) ou implicitamente (o texto subentende, sem chegar a declarar).
10.Em última análise, Deus é o herói de todas as narrativas bíblicas.
A2.Leis
O segundo grande gênero literário do AT são as leis. O AT contém mais de 600 mandamentos dados por Deus a Israel e que se encontram registrados nos livros de Êxodo, Levíticos, Números, e Deuteronômios.
Ao estudarmos as leis do AT podemos verificar dois grandes tipos de leis:
1.Lei Apodíctica - Forma de lei ou mandamento que começa com uma ordem; e as ordens mais comuns são: (1)Faça isso; (2)Não faça isso. Exemplo: Os dez mandamentos Ex. 20:3-17; também as leis contidas em Ex. 23:1-19
2.Lei Casuística - São mandamentos que discutem caso por caso e então fala o que fazer num determinado caso. A característica dessa lei é que começa com um “se”. . . [caso] . . . “então”.
Exemplo: Lei sobre os escravos Ex. 21:1 - 11; Leis acerca da propriedade Ex. 22:1-15.
Esse tipo de lei (casuística) é comun na literatura do antigo oriente médio tanto antes quanto no tempo bíblico.
As leis apodícticas aparecem nos tratados políticos (aliança) do antigo oriente médio mas não fazem parte do seu corpo de leis.
A grande importância é que a lei bíblica do AT não é somente um conjunto de códigos da sociedade israelense mas sim parte da aliança de Deus com seu povo; o contexto de lei é o contexto de aliança, ela só tem importância dentro da aliança de Deus com seu povo. Na Bíblia, lei é parte da aliança entre Deus e seu povo; é fruto da ação de Deus de salvar o seu povo e de chamá-lo para viver com Ele afim de constituir um nação especial.
A lei é parte da aliança e não a própria aliança.
Lei no AT não é somente código moral de uma sociedade mas uma instrução de Deus para a felicidade e o bem dos que a obedecem.
Obs: Fee e Stuart pag. 139 “a lei do AT é uma aliança; o AT não é nosso testamento...” observar.
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21/10/97
Cont.
*Proposições do Dr. Reinaldo Siqueira (tomar em conta quando estudar as leis; o que é aplicável ou não)
1.Devemos levar em conta os imperativos divinos de Deus como senhor da humanidade e do universo. Isso quer dizer que várias leis do AT estão baseadas em Deus como Senhor de todo o universo.
2.O relacionamento de Deus com o homem e do homem com Deus. Há vários mandamentos desse tipo na Bíblia; que dizem respeito a esse relacionamento
3.Tomar em consideração os mandamentos que envolvem o relacionamento do homem com o homem. Casamento, adultério, assassinato são leis que envolvem todas as questõers humanas. São aplicáveis a todos os seres humanos.
4.Nós temos de considerar ao estudar as leis o relacionamento especial de Deus com Israel e de Israel com Deus. Israel teve um relacionamento especial com Deus e nesse relacionameno havia leis próprias apenas para Israel, devido ao relacionamento especial que tinham com Deus.
5.Nós devemos considerar a situação ímpar e singular de Israel como nação teocrática. Existem leis que envolvem a característica de nação e especialmente da nação teocrática. Ex. leis de guerra, cidades de refúgio, etc.
6.Considerar as leis referentes ao homem na sua condição de ser humano/criatura. Ex. leis alimentares, etc.
7.Temos leis comuns pertencentes à sociedade como sociedade humana; civis, sociais. Ex. escravatura, roubo, pena de morte, etc. O cristão deve participar das discussões das leis civis apresentando seu ponto de vista baseado sobre passagens bíblicas que nos dão idéis do que fazer em tais situações.
As leis do AT não cobrem todas as áreas, não tratam de todos os aspectos da vida de um indivíduo, de um povo, de uma nação. Elas não dizem todos os detalhes daquilo que deve ser feito e daquilo que não deve se feito. Definem apenas o essencial; e à partir desse essencial tem-se um modelo para serem julgados outros casos; por isso existem juizes em todas as sociedades. Isso é muito importante para tomarmos em consideração pois o indivíduo pode dizer “ah isso não está escrito, então eu posso fazer ou não posso fazer”. Isso aconteceu no tempo de Cristo; os fariseus pararam apenas no modelo/paradigma (Ouvistes o que foi dito... Eu porém vos digo...).
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22/10/97
A.3 Profecia.
16 livros do AT se classificam nessa categoria (desde Isaías até Malaquias. Desses, 4 são chamados profetas maiores: Is, Jr, Ez, Dn. E doze são chamados profetas menores: De Oséias a Malaquias
A profecia se divide em 2 tipos de profecias. (1)Clássicas: Os 15 livros proféticos com excessão de Daniel; (2)Apocalíptica: somente o livro de Daniel.
Para compreendermos bem a profecia, precisamos compreender qual a natureza e função tanto da profecia quanto do profeta.
Natureza da profecia
a.Profecia é predição do futuro?
Geralmente compreendemos profecia como sendo predição do futuro feita por um profeta, oráculo, preságio, etc. Normalmente se pensa em profecia relacionando-a com o futuro; no entanto, somente dois por cento das profecias do AT são messiânicas; somente cinco por cento descreve os tempos da nova aliança; e menos de um por cento da profecia do AT diz respeito aos eventos finais da história humana. Isso quer dizer que mais de noventa por cento das profecias do AT está diretamente ligada com Israel (destruição, restauração, etc.).
b.Profecia, uma mensagem nova?
Muitos evangélicos e escritores protestantes gostam de apresentar a profecia como algo totalmente novo; no entanto, quando estudamnos as profecias percebemos que a mensagem do profeta não é algo novo, não é uma revelação inusitada de Deus; a profecia No AT está essencialmente ligada/fundamentada entre Deus e Israel entre Deus e seu povo. A base da profecia está na lei e no testemunho que deus já havia dado Is 8:20.
Ao estudar as profecias temos que considerar três dimensões:
1.O amor redentor de Deus.
2.Os mandamentos e estipulações divinos.
3.A dimensão das bênçãos e maldições.
c.Profecia é a palavra de Deus e não a palavra do profeta Dt 18:18 o profeta diz por todo o AT “assim diz o Senhor...”(aparece 464 vezes no AT. É a expressão mais comun no AT).
Função da profecia
a.Por que da profecia?
Não foi dada para matar a curiosidade do homem com respeito ao futuro. A profecia foi dada por Deus (1)para conhecermos a palavra de Deus e seus planos para o futuro. Dt 18:18; Am 3:7. (2) Edificar e fortificar o seu povo. Os 12:13; 1Co 14:3. (3)Foi dada para repreender e ajudar o homem a voltar-se do pecado e da rebelião à comunhão com Deus em fidelidade e amor. Is 1:18-20; 2Rs 17:13.
Natureza e função do profeta
Vemos 2 funções principais do profeta no AT: (1) Mensageiro de Deus. A primeira vez que se usa a fórmula “assim diz o Senhor” é em Ex 4:22; (2) Ser mediador da aliança. Dt 18:15-18. Como mediador ele vem da parte de Deus trazendo mensagem de juizo, intercedendo pelo povo, etc.
Existem diferentes tipos de oráculos proféticos.
O profeta ao exercer seu ministério ele utiliza diferentes tipos de oráculos: (1)Oráculo de proclamação: Ouvi a palavra de ...; (2)Oráculo de Juizo; (3) Oráculo de salvação; (4)Oráculo de exortação e apelo; (5)Oráculo de lamentação: Começa geralmente com um “Ai”; (6)Oráculo de relatórios de visões; (7)Oráculo do processo da aliança.
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28/10/97
A.4 Poesia.
Nós temos na Bíblia alguns livros que são totalmente poéticos(Salmos, Cantares, Lamentaçõs), e outros onde boa parte do livro é poesia (Jó, Genesis, etc.).
Fundamental para a compreesão da poesia bíblica é o uso do paralelismo (para compreender melhor o paralelismo ler: Archer, Merece confiança o AT?, cap.24. pp382-388). A poesia hebraica é baseada no paralelismo(repetição de idéias, palavras, conceitos, etc.). O paralelismo aparece na Bíblia não somente em poesia, mas em outros tipos de literatura também.
Sl 30:8-10 é um exemplo de paralelismo quiástico. O conhecimento da existência do paralelismo nos ajuda muito a entender a Bíblia.
Importante para leitura: Fee e Stuart, Entendes o que lês?, p 182-185.
A.5 Sabedoria.
Ler em Fee e Stuart, Entendes o que lês?, cap.11, p196- ...
Um ponto essencial é compreendermos o relacionamento entre sabedoria e lei e essa lei junto com os temas, principalmente, o temor do Senhor = fé e amor a Deus.
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29/10/97
B.No Novo Testamento.
Existem 4 grandes tipos literários dentro do Novo Testamento:
Evangelhos
-Narrativas
Atos
Pessoais Cartas
-Epístolas Epístolas
Gerais Epístolas (não tem os elementos da carta).
-Apocalipse. (Não há divisão, visto ser apenas um livro).
-Parábolas.
B.1Narrativas.
Aqui temos alguns fatores a ser considerados. Os evangelhos nos falam da vida de Jesus; e essa vida é apresentada por 4 diferentes evangelhos, 3 parecidos e um bem diferente (João). Os fatos relatados estão um pouco distante da época em que aconteceram.
Nos evangelhos temos dois contextos históricos: (1)O contexto de Jesus; (2) O contexto do autor/igreja, de quando o evangelho foi redigido.
No livro de Atos o autor está presente nos acontecimentos narrados; por isso há um só contexto.
B.2Epístolas.
Temos que tomar em consideração duas coisas básicas ao trabalharmos com as epístolas: (1) se ela é geral ou pessoal; (2) se ela é uma carta ou “epístola”. Perguntas que são levantadas: Qual o significado para o tempo no qual foi escrita e para hoje? Para quem serve, para todos ou para um caso específico?
Devemos estudar bem o contexto histórico; para quem, por que, o significado, etc.
B.3Apocalipse.
Literatura totalmente à parte e característica.
B.4Parábolas.
A questão focal de interpretação das parábolas é o objetivo, razão porque ela é contada. Isso é importante porque a parábola não pode ser usada para estabelecer aquilo que não é a razão de ela ser contada.
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04/11/97
Cont.
Fazendo aplicação do que foi aprendendo quanto ao gênero.
Amós 2:6-16 tem o gênero de profecia, e dentro da profecia há dois tipos clássica e apocalíptica; nesse caso, ela é clássica. Portanto, é uma profecia clássica.
Sexto Passo
Determinar a forma literária
A forma literária é o tipo específico de texto literário; é uma sub-divisão dentro do gênero literário. Ou seja é o tipo específico de texto literário que segue uma forma comum a textos parecidos.
Descobre-se uma forma literária comparando o texto em estudo com outros para descobrir os elementos comuns dentro da forma; ao comparar vários textos e descobrir os elementos comuns, você está descobrindo uma “nova” forma literária.
Obs: Bons comentarios bíblicos: Word Biblical Commentary. New International Commentary on the Old Testament ( New Testament). Cultura Bíblica...
Exemplo: Amós 1 e 2
Quando estudamos esses oráculos temos uma série de 8 oráculos. Os sete primeiros são bem semelhantes e seguiam o seguinte padrão:
- Primeiro uma fórmula de abertura: “Assim diz o Senhor”
- Depois vinha a acusação: “Por 3 e por 4 transgressões de . . . não sustarei o castigo” seguido de “porque . . .”.
- Então era dada a sentença: Fala do castigo que seria infligido sobre aquela nação; normalmente começando com: “Portanto. . .”.
Quando chegamos no último oráculo (contra Israel), percebemos que esse oráculo é semelhante mas não é identico.
Temos em Am 2:6-16 o oráculo estudado; contra Israel.
Temos a fórmula de abertura: “Assim diz o Senhor” (Am 2:6a)
Temos a acusação: “3 e 4 transgressões” (Am 2:6b) e depois tem o “porque” (Am 2:7-8)(bem mais longo que os outros).
A diferença é que antes da sentença Amós faz um relato histórico (Am 2:9-11). Depois disso aparece uma fórmula oracular “diz o Senhor” (Am 2:11); depois disso volta novamente a acusação (Am 2:12). Só depois então aparece a sentença (Am 2:13-16a); e então uma conclusão “disse o Senhor” (Am 2:16b).
A forma literária dos sete oráculos é: Eles são oráculos de juizo.
No caso do oráculo contra Israel, temos semelhança deste processo de aliança “RIB” em Dt 32; Miq 6:1-5; Is 1:2-20. Há dois tipos de RIB. O primeiro tipo é o do “Autor requerente”; nele os termos que aparecem são:
05/11/97
1.Acusação em forma de uma pergunta.
3.Acusação específica
Para muitos autores que estudam o velho testamento só existe esse tipo de processo judicial “Rib”. No entanto existe também um outro tipo de “Rib”. Esse segundo, é o tipo do Juiz (quem fala o tempo todo é o Juiz; e, às vezes, o próprio juiz é o acusador e o Juíz). Nesse juizo temos:
A.Interpelação do réu
1.Reprovação (é a base da acusação)
A semelhança desse tipo com Am 2:6-16 está em:
-Descrição da cena do juizo - Am 1:2
- Discurso do Juiz - Am 2:6-16
1.Reprovação - Am 2:6-8
B.Pronunciamento da sentença de culpa - Am 2:12
A proposta é que Am 2:6-16 repete o “Rib” provando assim que existia noção de aliança já na época de Amós.
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Considerações sobre a monografia:
1.Página de rosto
2.Sumário
3.Introdução
1.leitura atentiva (descrição do método)
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11/11/97
Sétimo Passo
Estrutura
Zuck, p 157 “Análise estrutural”
Toda composição lógica tem, de modo indispensável, um arranjo lógico e estruturado de suas partes; se assim não fora o trabalho seria ilegível. Estrutura é o relacionamento entre as partes de algo. Na análise estrutural, tentamos determinar as partes que constituem a perícope, passagem ou mesmo o livro analisado.
12/11/97
Como fazer esse trabalho de estrutura:
Exemplo:
Estrutura do livro de Amós.
- “Povo da Síria levado em cativeiro para Quir” (1:5)
- “Venderam o justo por prata, e o necessitado por uma par de sandálias” (2:6)
- “Suspirando pelo pó na cabeça do necessitado” (2:7)
- 3 vezes > “Não escaparão” (2:14-15)
- 2 vezes > “Fugis” (2:14, 15)
A’. Am 8:4 - 9:15
- “Povo da Síria trazido de Quir” (9:7)
- “Vender o justo por prata, e o necessitado por um par de sandálias”(8:6)
- “Aspirando pelo pó” (8:4)
- 1 vez > “Não escaparão” (9:1)
- 2 vezes > “Fugis” (9:1)
Oitavo passo
Figuras de retórica e de sintaxe
Zuck, Interpretação bíblica, pp 167-196; Consultar também Lund e Nelson, Hermenêutica, cap. 13-18.
Nono passo
Análise lexo-sintática e temática
A análise léxico-sintática é o estudo do significado das palavras tomadas isoladamente (lexicologia), e o modo como essas palavras se combinam (sintaxe), a fim de determinar com maior precisão o significado que o autor lhes pretendia dar.
Fundamenta-se sobre a premissa de que, apesar de uma palavra ter vários sentidos, num determinado contexto a palavra tem apenas um significado. Na bíblia temos vários exemplos disso: Eu sou a porta, Eu sou a videira, Eu sou o pão da vida. . . Entendemos que Jesus estava falando de maneira figurada.
Regras básicas para a análise léxico-sintática:
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25/11/97
Cont.
Esses paralelos devem ser buscados pelo estudo dentro do verso, da perícope, do livro, Livros do mesmo autor, livros de contemporâneos e a Bíblia em geral. Alguma passagens ainda precisarão ser analizadas também à luz da literatura Extra-Bíblica (Judaica, Greco-Romana e literatura do antigo Oriente Médio).
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26/11/97
Dicionários do NT:
Kittel e Friedrichs, Theological Dictionary of The New Testament
Décimo passo
Teologia
Traz resposta para o significado de tudo o que foi estudado até então; sobretudo o significado para eles (autor e leitores originais).
Último passo
Conclusão
Faz de forma esquemática um resumo daquilo que foi feito. Ex. Ao iniciarmos esse trabalho o problema era .... Em Busca de uma resposta para esse problema nós analisamos o contexto hist. e chegamos a essa conclusão, analisamos o contex literário, etc. a nossa conclusão geral portanto é. . .
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