DOUTRINA DA SALVAÇÃO
Soteriologia
PROF. Edilson Valiant
A Experiência da Salvação
Justificação e Santificação não são apenas atos, tem que ser a nossa busca diária diante de Deus:
· Ser justificado por Cristo Jesus
· Ser santificado por Cristo Jesus
A Sra. White menciona que:
“A Conversão é uma obra diária.”
Arrependimento
É Deus que provoca. Não sou eu que fico triste por ter pecado, é o Espírito Santo que produz o arrependimento em mim.
Arrependimento é igual a - Tristeza pelo pecado
- Alegria a do perdão
Ambos sentimentos produzidos pelo Espírito Santo.
Remorso
É algo produzido por mim. Tristeza pelo mal praticado. Esta tristeza puramente humana não é arrependimento é simplesmente medo das conseqüências.
“A minha visão de pecado depende da minha visão de Deus.”
A Sociedade não sabe mais o que é pecado
Métodos para definirmos o Pecado
Analisaremos 3 métodos para definirmos o pecado:
. Indutivo
. Paradigmático
. Bíblico
1. Indutivo ou Empírico
Através da Análise e observação
2. Paradigmático
A sociologia a Psicologia e a Antropologia se encontram aqui. Freud se encontra nesta análise.
Neste método que é mais científico do que moral, usa-se um paradigma (estrutura) do que é pecado (neste caso roubar) e tudo que houver ponto de ligação com outros torna estes outros também pecado.
3. Bíblico
Neste método eu vou à busca de palavras, expressões bíblicas que me ajudam a entender o que é pecado.
A semióptica faz este estudo.
Em outras palavras, é fazer um estudo de palavras e conceitos.
Depois de se estudar todas estas palavras, teremos uma definição melhor sobre o que é pecado.
Sendo assim temos:
1. Causas do Pecado
a) Ignorância
(agnoia)
Gál. 1:22
Rom. 1 e 2
No sentido de não conhecer, algo involuntário
b) Erro
(Shagah - Heb.)
(planomai)
c) Falta de Atenção
(parakos)
Deixar de estar atento, se acostumar a ser desatento.
Rom. 5:19 - Perca da atenção naquilo que é importante.
2. Características do Pecado
a) Errar o Alvo
(amartano)
(Chatá - Heb.)
Errar que alvo? O alvo que Deus colocou para alcançarmos
b) Desrespeito a Deus
(asebw) Irreverência, contrário
adikia) Ausência de Justiça
(anwmia)
c) Transgressão
Ir além do limite, ir além do “grid”
d) Perversão
Usada normalmente no Antigo Testamento
Isa. 19:14 - Rebelião, apostasia, sentidos desta expressão abominação.
3. Resultados
a) Agitação
Inquietação, estado de confusão
Isa. 57
b) Maldade
c) Culpa
) Problemas, dificuldades, conseqüências amargas
O que é Pecado?
“Qualquer quebra de conformidade ativa ou passiva na lei moral de Deus; que pode ser em atos, pensamentos ou uma disposição interna.”
“Pecado é Egoísmo” E. G. White
“Pecado consiste na falha de dar a Deus o Seu próprio lugar.” William Barkley
“Pecado é o ser humano abrogar-se com o poder do Criador - A criatura querer ser o Criador.”
ORIGEM do Pecado
.
1. O Evolucionismo
Natureza Animal do Homem O homem erra por não ter atingido o ideal de evolução. O homem evoluiu em sua razão, deixando para trás os seus vestígios de um “chimpanzé”.
“O ser humano vai melhorando com o passar do tempo, o homem vai sempre progredir.” Frederick Tennant
Esta idéia foi derrotada com a I e II guerras mundiais.
2. Sensualidade
Sensualidade é diferente de Sexualidade
A idéia de sexo como ato pecaminoso tem como maior propagador Agostinho e tem se perpetuado dentro da igreja católica até hoje.
O sexo, no contexto de Agostinho, mesmo entre marido e esposa, é a coisa que mais afasta o homem de Deus.
O homem e a mulher segundo esta teoria, só podem praticar sexo para a procriação.
O conceito católico é que mesmo dentro do casamento, sexo só não é pecado quando praticado para procriação.
Por isto, que no passado as famílias possuíam tantos filhos, pois só podiam praticar sexo para ter filhos.
A igreja católica por isto não aceita os métodos anticoncepcionais. Somente a chamada “Tabelinha” partindo do pressuposto que o casal estará na “abstinência sexual”.
O que é sensualidade?
São estímulos que culminam na prática sexual.
A sensualidade é algo necessário “dentro” do casamento, quando utilizada corretamente.
A nudez é sensualidade?
Não necessariamente, pois os índios andam nus e não tem nenhuma sensualidade, apenas praticam a sexualidade.
Outros propagadores desta idéia de Agostinho sobre o sexo: (sexo é a origem de todos os males)
Schleier Marcher
Freud
3. Orgulho
Esta é a origem do pecado para Strong e Niebuhr - Teólogos sistemáticos calvinistas que acreditam ser o “orgulho” a causa de todos os males, do pecado.
4. Estranheza Existencial
Paul Tillich é o maior liberal (herege) atualmente. Para ele o homem sente dentro dele uma disfunção, uma briga dentro de si entre a liberdade e a realidade.
O homem é aberto, livre e ao mesmo tempo finito. Esta ansiedade é em outras palavras a origem do pecado.
5. Relação entre Sociedade e Economia
A luta entre o capital e o trabalho é o grande problema da humanidade.
A questão econômica e social é o que gera o pecado.
Marx originador do Marxismo, crê que a origem do pecado se encontra neste problema citado acima.
6. Individualismo e Competitividade
Harison Elliot é o maior propagador desta idéia
A raiz do problema (pecado) é a competitividade. Cada homem é bom por natureza, mas a competitividade da sociedade gera nele o “pecado”.
O que a Bíblia fala sobre o Pecado
Tiago 1:12-15 (v. 14 é o verso chave)
“cada um é tentado pela sua cobiça”
Esta palavra cobiça ou concupiscência de Tiago 1:14, é a palavra Epitumia (epitumia) que significa “desejo forte”
Diferentes utilizações desta palavra em outros textos:
Luc. 22:15
Rom. 6:12
Rom. 13:14
I João 2:16
· O desejo está relacionado com o processo da vontade
· A vontade está relacionada com a escolha
Passos que Levam ao Pecado
O pecado vem à mente através de um desejo, então a pessoa é levada à escolha.
1. Atenção:
· Sentidos: A atenção é chamada através de alguma cena (visão), algo que ouvimos (audição), o cheiro de algo que não é lícito (olfato). Mas a nossa atenção não é chamada apenas pelos sentidos.
. Imaginação: Às vezes a nossa própria imaginação frutifica, produz determinadas cenas (mesmo sem os sentidos terem sido despertados) que podem nos levar ao pecado. Vale salientar que estas cenas criadas são feitas com base em algo que algum dia vimos, ouvimos ou pensamentos e ficou armazenado em nosso sub-consciente.
2. Consideração:
É um fator entre o chamar a atenção e a reação, isto pode se dar em fração de segundos.
Por ex.: passando por uma banca de jornais, e a atenção é voltada para alguns posters grandes de nudez, considero e olho e analiso...
No caminho do pecado, o desejo forte me leva à decisão.
3. Decisão
Este tem a ver com a vontade, o ato em si da sedução vem através da decisão.
4. Planejamento
Decidiu fazer tal coisa (pecado) e vê como poderá realizá-la.
5. Ação
Então a pessoa age ou guarda consigo aquele ato que não teve oportunidade de realizar.
· Quando consideramos muito (segundo passo) com certeza a decisão (terceiro passo) será tomada.
Tentação:
· Atenção - - Sentidos (Satanás)
- Imaginação (cobiça que há em nós Tiago 1:14)
· Consideração
Pecado:
· Decisão - vontade
· Planejamento
· Ação
O pecado tem uma característica: Escravidão
Não peca somente quem cede à tentação, mas peca também quem tenta - (Tiago 1:14, 15)
I Cor. 10:13 *
“Não nos sobreveio tentação que não fosse humana, antes...”
Não sou eu quem vence as tentações, o poder vem de Deus.
3. Resultados do Pecado
1. O relacionamento de Deus para com o pecado
· Deus tem inimizade para com o pecado
· Deus rejeita naturalmente o pecado
· O pecado provoca a ira de Deus
No AT. Existem 3 palavras no hebraico para a Ira de Deus em relação ao homem.
Anaph
Charah
Yachan
No NT.
Orgê
Thinós
A ira divina é diferente da humana, ela não tem esta característica de perda de controle.
· que é a ira humana?
A Bíblia fala: “Ireis mas não pequeis” Efe. 4:26; Sal. 4:4
Há diferença entre a ira que é pecado e a que não é.
A ira está muito relacionada com um padrão moral.
Quando eu me coloco ao lado do bem é benéfica - defender o bem (DTN 292)
A ira é maléfica quando provoca em nós um desejo de vingança.
Miq. 5 diz que Deus em Sua ira se vinga, mas Deus tem autoridade para vingar-se pois a Sua vingança chama-se “juízo”.
Ao homem não é dado o direito de fazer juizo então a sua vingança é pecado.
2. Sentimento de Culpa
A culpa é algo colocado por Deus.
Sou responsável pelo meu ato, mas... quem me faz sentir a culpa é Deus.
3. Morte
· O pecado tem como salário a morte
· Mas que morte é essa?
· O que é Morte?
Podemos dividi-la em 3:
) Física - Perder o fôlego de vida
) Espiritual - Afastar-se de Deus
) Eterna - Tem a ver com o recebimento do juízo de Deus.
Cristo deveria recebeu o juízo que eu deveria receber sobre si.
Precisamos morrer a morte eterna com Cristo, para não morrê-la sozinhos no dia do Juízo de Deus.
O Salário do pecado é a morte (Rom. 6:23) é a morte eterna - pois o dom gratuito de Deus é o contrário, “é a vida eterna”.
Gên. 2:7
A morte é uma condição que veio aos nossos primeiros pais quando pecaram.
Não foi uma profecia condicional (no dia em que comeres)
Adão morreu instantaneamente a morte espiritual.
Morrer espiritualmente é correr de Deus. Evidência disto é culpar os outros.
João 3
O encontro de Cristo com Nicodemos
Nicodemos precisava nascer de novo da água e do Espírito.
Água - Batismo
Espírito - Ressurreição espiritual
Nós nascemos mortos espiritualmente e precisamos nascer de novo.
O filho pródigo - o pai disse a seguinte frase ao se referir ao filho “Meu filho estava morto e viveu.”
Há algo interessante em Primeiros Escritos sobre a salvação dos escravos.
Nós nascemos mortos espiritualmente.
· Não podemos nos ressuscitar
· Somente Cristo pode fazer isto por nós
Em Adão todos morremos - Incondicionalmente
Em Cristo todos somos ressuscitados - Condicionalmente
Por que?
Porque não podemos nos ressuscitar.
A morte física é conseqüência do pecado?
· Toda humanidade deveria morrer pois todos pecaram - Mas a Bíblia diz: “nós os vivos não morreremos, mas seremos transformados num abrir e fechar de olhos.”
· E os demônios? Não morreram
Então chegamos à conclusão de que esta morte física como afirma a Bíblia é apenas um sono, uma conseqüência indireta do pecado.
A Bíblia diz que não precisamos temer quem mata o corpo e sim quem mata o espírito, dando a entender que a morte física é apenas um sono e que o problema está em morrer a morte eterna.
João 11:11 - Lázaro adormeceu e vou despertá-lo.
A morte física não é o ponto mais importante.
Cristo fala ‘Eu Sou a ressurreição e a vida, quem crer em Mim, ainda que esteja morto (fisicamente) viverá”.
Há diferença entre:
· Ressurreição - O que aconteceu por ex.: com Moisés, foi ressuscitado e não morreu mais.
· Ressuscitação - o caso de Lázaro, voltou a morrer.
A Bíblia diz: “tragada foi a morte pela vitória” esta morte é a morte eterna.
A morte pode ser:
· Uma bênção - quando morremos a morte física em Cristo
· Uma Maldição - quando isto acontece com alguém longe de Cristo pois ele ressuscitará para encarar novamente a morte eterna.
4. Resultados do Pecado no Pecador
· O pecado traz escravidão através dos vícios
Rom. 6:16-18
· A indisposição de encarar a realidade
João 3:20
· O pecado é enganoso
Mat. 7:13; Jer. 17:9
· Provoca Insensibilidade interior e com relação ao mundo
I Tim. 4:2; Rom 1:21
· O homem passa a ser egoísta - tudo gira em torno de si
· Senso de insatisfação
Isa. 57:20,21
5. O Pecado afeta o relacionamento Social
· Competição
Ecl. 4:4
· Rejeição à autoridade
· A sociedade como um todo tornou-se pecadora
João 7:7; 15:18,19
· O mundo é mal porque satanás está nele
Efe. 2:2,3; Mat. 4:8,9; I João 1:15,19
· A sociedade não poderá mudar, a não ser pelo método da regeneração individual
· O pecado tem afetado a natureza. A ecologia cristão é verdadeira
Extensão e Magnitude do Pecado
Extensão: (Quantos pecaram?)
Sal. 14:1-4
Rom. 3:10... *
Efe. 2:3
Isa. 53:6
Rom. 3:23
Magnitude: (Alguns pecam mais que outros?)
Sal. 51:1-5
Isa. 1:6...
tradições teológicas
Pelagianismo
(Este grupo tem ressurgido entre a teologia liberal e evangélicos sociais)
Pelágio
Nasceu na Grã Bretanha e foi para Roma no V Séc. Era monge e moralista, positivista, levava uma vida monástica.
Uma característica importante era o seu criacionismo, (crer que Deus cria cada alma no momento da concepção)
A dúvida dele: “Pode Deus criar uma alma pecadora?
A partir daí constrói sua teologia. Todos se tornam pecadores porque seguiram o exemplo negativo de Adão.
Cristo veio providenciar o bom exemplo - não tinha características de expiação e substituição, apenas nos dar o exemplo.
A Graça para Pelágio era:
· O exemplo de Cristo
· O livre arbítrio do homem
· A lei de Deus
Há também a graça do perdão - o homem a recebe no momento do batismo. Para ele ocorre a regeneração.
Pelágio não rejeitou o batismo infantil
· O batismo infantil era uma bênção de Deus.
· Apenas no batismo adulto há regeneração
Idéias dos seguidores de Pelágio:
· Celestio
- Não foi Jesus Cristo o único ser perfeito
- Crianças podem obter salvação sem batismo
- Adão foi criado mortal e não morreria mesmo que não pecasse.
· Júlio Eclanus
- O livre arbítrio pode tornar o homem independente de Deus em suas ações
Agostinianismo
Aparece então Agostinho com idéias totalmente contra as idéias de Pelágio.
Agostinho parte da interpretação de Rom. 5:12 na vulgata latina que ele usava.
Aparece a expressão:
In Quo - que pode ser traduzido por:
Em quem ou nele.
O grego traz Eph w-> porque
· Na vulgata seria “em quem ou nele todos pecaram”
· No original grego “porque todos pecaram”
A Alma para Agostinho
Ele era traducionista - a transmissão da alma é feita via procriação.
O católico até hoje é contra o aborto não por causa da vida, mas por causa da alma. São traducionistas. (O pai passa a alma para o filho)
Em Adão estava concentrado seminalmente todas as almas “Pecado Original”
Isto é uma interpretação falsa vindo da Vulgata.
Em Adão todos pecaram - nós não estávamos presentes em Adão.
· O batismo de criança é para renovar, eliminar o pecado original.
· Se a criança não foi batizada não vai para o céu. Fica num lugar intermediário chamado “Limbus Infantus” eternamente.
Maria de acordo com o Dogma de 850 no momento da concepção houve um milagre, não lhes transmitiram o pecado original. Por isso que ela é imaculada.
Boff diz:
“Maria é a parte feminina da divindade”
Nesta linha de raciocínio, Maria não transmitiu o pecado original a Jesus, pois ela concebeu do Espírito Santo e não tinha o pecado original.
Agostinho levanta a questão:
Se o homem é totalmente corrompido como que ele é salvo?
Então ele traça uma linha de pensamento:
· A graça é dada por Deus para algumas pessoas escolhidas por Ele.
· Daí o fato de alguns aceitarem a Cristo e outros rejeitarem. Os que aceitam foi predestinado, recebeu a graça.
· Esta idéia passou ao protestantismo por Calvino. A dupla predestinação - Uns para a salvação e outros para a perdição.
O Arminianismo
Arminio era um pastor pregador da igreja reformada. Ele não aceitou a teoria da pré-destinação.
Formulou as suas idéias:
· Para ele o homem é totalmente depravado
· Há a atuação nesta natureza do homem da Graça Preveniente
As idéias de Armínio influenciaram as idéias de John Wesley que influenciou a Igreja Adventista do Sétimo dia.
· O homem recebe uma graça sobrenatural
· O homem recebe de Adão uma natureza com tendências pecaminosas
· Não somos culpados do pecado de Adão, nós recebemos as conseqüências do seu pecado.
· Não somos responsáveis pela quantidade de pecado de Adão mas pela qualidade deste.
“Antes da queda” PP., 28 2º parágrafo e página 32 1º e 3º parágrafos
“Depois da Queda” PP., 45 parágrafo 2, 48 parágrafo 2, 49 parágrafo 2, 55 parágrafo 4, 63 parágrafo2, 61 parágrafo 3.
Gên. 3:15
“Porei inimizade” - esta inimizade é a graça de Deus. Satanás se achou dono e Senhor da humanidade, mas Deus colocou uma inimizade sobrenatural, um afastamento uma repulsa, etc.
“É a graça que Cristo implanta na alma é que cria inimizade entre o homem e Satanás.” GC. 506 parágrafo 2 (versão antiga)
Rom. 6:6,12
Rom. 1:21
Gál. 5:24
Rom. 6:17
Mat. 23:23
João 5:39-42
“O pecado afetou a razão, o corpo e o relacionamento humano”
“O homem é totalmente inapto para libertar-se da condição de pecado” Efe. 2:1,2,5,8,9
Salvação
Salvação = Graça
Tempo da Salvação
1. Uma atuação pontilhar
Alguns afirmam que uma vez salvo, salvo para sempre e isto ocorre num ponto, num momento.
· No momento em que o homem aceitou
· ou no momento em que Deus predestinou
2. É algo que obtemos no Futuro
A salvação como recompensa somente no futuro. Aqui estão os legalistas católicos, etc.
3. Em 3 tempos distintos
Outros afirmam que ocorre em 3 tempos distintos é compartimentalizada:
) Justificação
) Santificação
) Glorificação
· Aqui temos muitos adventistas
· Esta divisão tem o seu lugar, serve para expor didaticamente.
4. Salvação é relacionamento com Cristo - Refazer os laços que foram quebrados
É como a seqüência de intimidades num relacionamento matrimonial.
O locus da salvação - quem?
A Humanidade
O ser humano - Teologia liberal (todos são uma alma) não há salvação individual.
A sociedade
Dentro da teologia da libertação, com o estabelecimento do reino de Deus, o homem é salvo por pertencer a um grupo social. Ex. Judaísmo.
Individual
A salvação individual tem seu berço nos EUA - pela valorização do Eu, do Egocentrismo.
· O homem é salvo individualmente mas em comunidade.
· Eu preciso estar em um grupo para ver a atuação do Espírito Santo através dos dons.
· Até o ladrão na cruz teve tempo de olhar para o lado e dizer porque?... Ali estava formando a sua comunidade.
· João nos diz que devemos amar a Deus e ao Próximo e isto implica em relacionamento. O eu se relacionando tanto com Deus como com o próximo.
O Meio de Salvação
1.Legalismo
Salvo pela lei.
2. O Sinergismo
A combinação das forças de Deus com a do homem.
· Deus faz uma parte
· O homem faz outra
3. Salvo por Sacramentos
Sacramento é o meio de comunicação da graça de Deus como: Hóstia, Casamento, batismo, etc.
4. Um Dom de Deus Mediado pela Fé
A Extensão da Salvação
. Universalismo - Todos serão salvos
. Os eleitos - Os predestinados
. Particularização - Salvação pela fé em Cristo Jesus.
Um breve histórico do desenvolvimento da salvação
1. A Soteriologia Judaica
No A T., era a lei mais o sistema levitico
A lei estava dentro do sistema
A fé no Messias que viria
Como eles desobedeceram a lei, eles acharam que o exílio era conseqüência da desobediência.
Ao irem ao cativeiro, eles perderam o templo e ganharam uma outra característica. Agora entra em vigor as sinagogas. Onde houvesse 10 judeus adultos, poderia estabelecer uma sinagoga.
· Relatos dizem que em roma havia 380 sinagogas
· Jerusalém 180.
Templo - Era desenvolvido (sacrifícios) pelos sacerdotes (tribo de Levi) Saduceus.
Sinagoga - Era enfatizada a lei, os Rabis doutores da lei de qualquer tribo, Farizeus.
Nos dias de jesus inverte-se a estrutura.
· O templo perdeu a sua imprtância
· A sinagoga passou a ser o ponto focal.
Na primeira destruição do templo o povo sofreu muito. Na segunda nem tanto, pois tinham as sinagogas.
Esta inversão começou com Esdras. A quantidade de sinagogas era decorrente da distância - Não poderiam quebrar a lei do sábado.
O Judaísmo que temos hoje, é seqüência do que começou na sinagoga, pois os outros ramos (Saduceus do templo, comunidade de Qunran todos terminaram).
Paulo escreveu aos judeus (hebreus) que haviam aceitado o cristianismo e queriam continuar com suas práticas no templo.
Paulo escreveu aos Romanos chamando a atenção dos judeus da sinagoga que liam (Tohah-Talmude) a Bíblia hebraica.
Comentários da Torah:
· Mishná - Tradições orais que foram publicadas
· Gemara - Comentários e elaboração das tradições
A sinagoga pegou apenas a lei do templo e a supervalorizou.
O judaismo só sobreviveu como religião por causa da sinagoga.
Por influência das leis Romanas a Torah passou a ser um código de ética dissociada de Deus.
O Rabi Berekja (340 a D.) disse o seguinte: “Enquanto tivermos a Torah temos Deus.”
As escolas de Hilleo e Shamai - criam que quanto mais leis tivessem haveria mais possibilidade de salvação pelo cumprimento das mesmas.
Para o povo judeu, Deus deu oportunidade de salvação pois Ele deu a lei para o povo.
Para outras nações não foi dada esta oportunidade.
Pensamento judaico da morte e da salvação:
HADES
Os bons - iam para o seio de Abraão um lugar pré-edênico
Os maus - Para o Hades
No dia do juizo iriam para o céu
Neste dia vão para o lago de fogo
No pensamento judaico a salvação era pelas obras então poderia haver um empate, ou seja, a prática de boas obras e a prática do mal serem iguais.
· Hilleu - Deus coloca mais um mérito ou tira um demérito para desempatar.
· Shamai - Deus tira um mérito ou coloca um demérito.
A partir do II século, temos a escola de Alexandria com alegorias.
Dentro desta escola se destaca Orígenes que cria e pregava a Divinização do Homem (se diviniza e se salva)
No V Século aparece Pelágio com a idéia do Monergismo humano. O homem por si só consegue se esforçar em obter a salvação.
No mesmo período aparece Agostinho dizendo que o homem não pode fazer nada para se salvar e Deus em Seu total monergismo predestina alguns para a salvação e outros para a perdição.
· Pelágio - Homem
· Lutero - Deus
A partir do V Século e durante a idade média, aparecem outras idéias.
No Concílio de Orange a doutrina de Agostinho foi rejeitada e adotada a doutrina que o homem é salvo pelo Sinergismo, (a ação do homem e de Deus no processo da salvação).
Isto passou à igreja católica até hoje, que é semi-pelagiana.
O homem deseja a salvação
Deus oferece.
O homem vem em primeiro lugar depois Deus dá este poder para obedecer.
Teólogos que contribuíram para esta doutrina:
· João Cassiano
· Vicente de Lerins
· Fausto de Riez
Com esta soteriologia aparecem:
· a Inquisição
· As Indulgências
· O Simonismo (Crença na negociação dos direitos eclesiásticos na salvação)
Ocorre uma transformação no final da idade média sobre:
· Os sacramentos
A igreja começou a recolher do indivíduo a liberdade de salvação para si.
Consolidou então uma Teologia Sacramental no Concílio de Trento 1545 - 1563. Foi definido os 7 sacramentos:
Na Teologia Tridentina (Concílio de Trento) a salvação é intermediada pela igreja e distribuída para os indivíduos.
De um sinergismo individual passou a haver um controle e administração pela igreja.
A partir daqui a salvação vem através de 7 sacramentos distribuídos pela igreja.
. Batismo Infantil
. Confirmação ou Crisma
. Eucaristia - Teologia da transubstanciação. No momento em que o padre dizia “Est Corp Mio” a substância era transformada para corpo e sangue de Cristo. Não podem mastigar senão sangra. Foi então que surgiu “o milagre de Juazeiro”
. Confissão - (a eucaristia e a confissão são as duas mais importantes)
Divide-se em Fases:
) Contrição de Coração - “Contritus Cordi”
) “Confessio Oris” - Você fala e alguém do sacerdócio ouve.
) “Satisfactio Operis” - satisfação através de obras onde há o acúmulo de méritos chamado tesouro dos santos.
5. Casamento
) É um instrumento de graça
) É a prática da distribuição da igreja para a salvação do casal
) A igreja é mediadora desta graça.
. Ordem - é a ordenação sacerdotal que concede graça para a salvação
. Extrema Unção - é o ato final para a salvação do indivíduo
O semi-pelagianismo nunca traz segurança de salvação, precisamos estar sempre operando. É uma junção de justiça de Deus com Prática Humana = Salvação.
Lutero tinha um grande problema em conciliar a fé e as obras antes da mudança radical em sua vida, até se deparar com:
Rom. 1:16,17 - Cremos em Cristo e recebemos a sua justiça.
As 95 teses de Lutero não foi em relação à justificação pela fé propriamente diata, mas pelo desejo de uma reforma na corrupção da igreja.
Lutero se influenciou por:
· J. Von Starpitt - O seu mentor. Era Agostinianista e Nominalista e
· Ockhan - Filósofo nominalista
Lutero crendo na presciência de Deus, no Monergismo e na Predestinação. A partir daí começa-se a desenvolver uma idéia de Justificação pela fé aliada à predestinação.
Na Teologia Católica, o homem busca a Deus e Deus o Salva - Sinergismo - Humano/Divino.
Para Lutero - Deus não somente salva, Deus faz tudo. Monergismo Divino. Para ele o homem é totalmente depravado - somente podemos ser salvos pela predestinação. A Graça de Deus.
Erasmo
Está no meio das duas posições. Deus oferece salvação e o homem aceita. Há um sinergismo, mas Divino/humano (o homem faz obras meritórias)
Calvino
É conplexo em sua formação teológica. Estudou direito mas era obrigatório estudos teológicos.
Fez uma visita em Genebra e foi convidado a dirigir um município na busca reformadora.
Naquela época os povos eram divididos em municípios e cidades totalmente independentes.
Calvino aceitou conduzir os destinos do protestantismo ali.
Ele dirigiu de forma prática teológica tendo como tema dominante a Soberania de Deus.
Calvino tinha uma mente muito sistemática e escreveu “As Institutas” - As instituições da religião Cristã.
A Teologia Calvinista pode ser resumida em 5 pontos com relação à salvação:
T - Total depravação do homem - O homem não tem nenhuma condição de si mesmo para responder aos apelos salvíficos da graça de Deus. O homem é totalmente depravado.
P - Predestinação incondicional - O homem não faz nada meritório
E - Expiação Limitada
G - Graça irresistível - Não depende da nossa vontade, mesmo que eu não queira eu recebo.
P - Perseverança - Será mantido a graça sobre o indivíduo até a salvação.
As iniciais em inglês formaria o Acróstico:
T
U
L
I
P
Tudo isto porque Deus é soberano sobre a vontade do homem.
Aspectos da teologia de calvino
. Confronto de Sadoleto (um cardeal católico) com Calvino. Mandou uma carta à Genebra usando termos protestantes falando sobre salvação e justificação que serão tratados no Concílio de Trento. Até o século XVI não se dava importância à Bíblia nos credos, mas a partir daí começam a introduzir isto que é uma novidade protestante.
. A teologia Calvinista tornou-se muito centrada nos decretos de Deus.
Decretos - Atos da manifestação soberana de Deus.
Devido a estes decretos divide-se em 3 tendências.
Grupo de Idéias, tendências das idéias de Calvino
1. Supra-Lapsarianismo - 4 decretos (supra=anterior/ Lapso=queda)
“O lapso no decreto de salvação do homem é anterior à sua queda”
. Salvar ou eleger alguns e condenar outros
. Criar ambos (salvos e não salvos)
. Permitir a queda de ambos
. Prover salvação aos eleitos
Obs.: estes decretos aparecem na ordem cronológica de Deus.
Em Calvino não temos a idéia absoluta com relação aos não eleitos
Esta idéia foi mais desenvolvida por Teodoro Beza, onde surge a idéia da Dupla Predestinação:
· Uns para Salvação
· Outros para perdição
2. Infra-Lapsarianismo - 4 decretos (Infra- posterior “predestinação depois da queda”)
. Criar os seres humanos
. Permitir a queda
. Salvar alguns
. Prover a salvação para os eleitos
Chamado de Deus não tem a ver com salvação, e sim para o serviço.
3. Sub-Lapsarianismo
Marca do Calvinismo mais liberal
. Criar os seres humanos
. Permitir a queda
. Prover salvação suficiente para todos
. Elegem alguns para receber a salvação
sobre a origem da alma
1. Representação Natural
Calvinistas que compartilham a teoria do traducionismo, que afirma que porque Adão pecou, todos pecaram. Em Adão todos estavam presentes seminalmente.
Aceitam a teoria do Criacionismo da Alma no momento da concepção Deus cria uma alma.
2. Representação Federal
Calvinistas Criacionistas, que admitem a total depravação do homem.
Adão é o eleito de Deus como representante de todos os seres humanos, porque ele pecou, todos pecaram.
· Criacionistas - Deus cria a alma no momento da concepção
· Tradicionista - Passagem seminal do pecado
Armínio - 4 decretos
. Decreto - Para apontar a Jesus como Salvador
. Decreto - Todos os que crêem serão salvos
. Decreto - Existe uma graça preveniente que atua em todos
. Decreto - Deus predestinou pela sua presciência aqueles que iriam crer.
O Arminianismo começa a se manifestar com a influência de:
John Wesley
Estudante de Osford e continua a desenvolver a tradição Arminiana
Criou o Clube dos Santos - pessoas que buscam a santificação através de uma religião prática.
Sua Teologia era voltada par a Santificação
Criou um Jornal Chamado “O Arminiano”
Os nossos pioneiros tiveram muito embasamento nestas idéias e já conheciam a justificação pela fé.
Mas eles criam que deveriam obedecer para serem justificados
Na década de 80 faleceu Tiago White e é deixada nas mãos da segunda geração.
Aparecem 2 nomes que herdaram os pensamentos da primeira geração:
· Butler - Presidente da Associação Geral
· Smith - Secretário e Editor da Reviw and Herald
Em 1872 foi publicada uma declaração de fé produzida por Uriah Smith onde muitas declarações tem a ver com a guarda da lei como meio de salvação, não enfatizando a graça.
Ellen G. White nunca deixou de falar sobre a graça de Cristo - pregou em muitas campais sobre a justificação imputada em nós em 1882.
Alguns Nomes
Ellet J. Waggoner e A T Jones
Filho de J. H. Waggoner, que compôs o grupo de pioneiros, era pastor. Substituiu o Pr. Tiago White na direção da Pacific Press.
Waggoner estava assistindo a um Camp Meetings, quando Ellen G. White falou sobre a graça de Cristo. Ele disse que aquelas palavras eram “como ver Cristo na cruz”.
Waggoner substituiu o pai na Edição do Signs of the Times. Pois este foi para a Europa.
Desde 1886 passou a trabalharem juntos E. J. Waggoner e A T. Jones.
Quando os dois se tornaram co-editores começaram a publicar artigos sobre a Justificação Pela Fé.
Neste período o editor da Review era Uriah Smith que enfatizava a guarda da lei, observância do sábado. Começaram a taxar a Waggoner e Jones de agitadores.
Neste ponto começam a aparecer problemas nos níveis:
· Teológico
· Administrativo
· Pessoal
O erro estava na maneira como as coisas estavam sendo propagadas, sem levar à Associação Geral para avaliar.
Problemas Teológicos de Waggoner
Começa a escrever que a lei em Gál. 3:24,25 era a lei moral em vez de a lei cerimonial como estava sendo interpretado até ali.
A igreja estava passando por perseguições com relação a leis dominicais e isto deu a impressão que as publicações era porque a igreja estava em crise.
Problemas Teológicos de Jones
Estudou Dan. 7 e chegou a conclusão que a interpretação tradicional que falava dos 10 chifres - onde 1 dos chifres segundo o tradicional (Uriah Smith) eram os Unos. Mas Jones disse ser os Alemanos e que isto deveria ser corrigido.
Isto provocou problemas administrativos.
Em 1888 Waggoner publica um livro chamado O Evangelho em Gálatas como resposta a um outro livro publicado por Butler o presidente da Associação Geral que tinha o título A Lei em Gálatas onde para ele era a lei cerimonial.
Na Assembléia de 1888, o Pr. Butler não pode comparecer por Stress e mandou Uriah Smith no seu lugar juntamente com o Pr. Morrison Presidente da Associação de Iwoa lugar de origem do Pr. Butler.
Numa prévia antes da Assembléia chamada Instituto Bíblico, Jones expôs o seu ponto de vista, mas o fez com sarcasmo e foi imediatamente repreendido por Ellen G. White.
Nas meditações da Assembléia Waggoner foi convidado e falou sobre justificação pela fé.
Morrison pronunciou-se sobre a justificação pela fé mas não nos termos de Waggoner.
Eles se levantam e lêem alternadamente 16 textos bíblicos e encerra-se o problema teológico.
Foi colocado um homem totalmente neutro na presidência da Associação Geral, o Pr. Olsen um Norueguês que estava na Escandinávia.
Não se tomou nenhuma posição teológica.
A Sra. White estava a favor dos dois com relação a justificação pela fé. Foi mal recebida e ignorada por isso. Em Batle Creek.
Felismente a liderança se retratou de suas idéias legalistas e o assunto tomou um bom rumo.
Robert Wieland - presidente do Comitê sobre a mensagem de 1888. Autor da idéia do pecado corporativo em 1888 declara: “A igreja deve se arrepender deste pecado.”
Teologia da libertação
O seu maior propagador foi Gustavo Gutierrez. Fizeram uma análise na sociedade pelo princípio ferramental Marxista.
Para eles Salvação = Libertação
O pobre não é ser humano. Precisa se salvar, se libertar. O pobre luta pela libertação da pobreza por métodos e até pela força (sem terras)
Pecado para eles é o capitalismo que gera conflito entre capital e trabalho. Esta libertação é o Êxodo. Saem do Egito de sofrimento e vão para a Nova Canaã que é o Socialismo.
Teologia existencia
Seu maior propagador foi Bultmann
Segundo ele, o existencialismo está presente da virada do século para cá.
Bultimann tenta cristianizar Heidegger o líder da facção. Heidegger faz a distinção entre o conhecimento objetivo e o subjetivo.
· Objetivo - acurado
· Subjetivo - Os sentimentos e paixões estão envolvidos
Bultmann pega essa idéia e aplica para o Novo Testamento. Diz que não foi escrito em linguagem objetiva, mas subjetivo com emoções e sentimentos.
Agora Bultmann passa a demitologizar, tirar os sentimentos e torná-los objetivo.
Ele faz a distinção entre a existência autêntica e inaltêntica.
· Autêntica - você se preocupa em viver
· Inautêntica - você está preso a estruturas sociais, cultura e religião.
Bultimann transforma isto para o cristianismo.
Salvação é passar da vida inautêntica para a autêntica ou seja o cristianismo. O princípio de direcionamento para a sua vida livre é a sua existência.
Teologia secular
Dois representantes:
· Bonhoffer
· Altizer
Bonhoffer Pr. Luterano preso durante a sugunda guerra mundial morto na concentração pelas suas idéias:
* Cristianismo não religioso. Deus opera nos processos de secularização. O homem não deve ser religioso, deve ser humano. O homem vive hoje a era pós-cristã.
Rom. 5:12 - Se formos igualar os efeitos de Adão e Cristo teremos 2 extremos:
. Finalmente todos serão salvos - Universalismo (Karl Barth)
. A salvação provida por Cristo foi parcial, só para alguns
Verdadeiramente há uma relação entre as ações de Cristo e Adão. Mas não de igualdade.
Rom. 5:15 - Aquilo que aconteceu em Cristo é muito maior do que aquilo que ocorreu em Adão.
· Cristo - Vida eterna
· Adão - Morte espiritual - juízo, conseqüência natural é a morte (todos pecaram e estão sob o salário do pecado
Eu não recebo a culpa do pecado de Adão, eu recebo as conseqüência que é a degeneração.
Onisciência (Rom. 8:28-30)
Os que fundamentam suas crenças na filosofia grega: Católicos e protestantes tradicionais.
Crêem que:
Deus está num nível metafísico
A história
Deus olha tudo e todos ao mesmo tempo, imóvel
Os liberais pensam num Deus imanente na história, Ele se confunde com ela.
História
O outro ponto é que Deus está a todo tempo atuando na história, se preocupando em salvar o homem.
Há um conflito em que Deus se defronta com o inimigo.
Deus
História
Como um Onisciente age na história?
Idéias
Deus criou tudo e sabe o que acontece com o homem:
· Deus tem diante de si algumas opções
· Com o conhecimento que tem Ele prevê o futuro
· Deus não teria onisciência absoluta.
Ao defendermos esta teoria não definimos a palavra conhecimento.
O vergo grego é Prognosko antemão, conhecimento antecipado. Real conhecimento antecipado.
Este verbo aparece nos seguintes textos:
· Atos 26:5
· Rom. 8:29
· Rom. 8:2
· I Ped. 1:20
· II Ped. 3:17
Conclusão:
A onisciência de Deus não é causativa, não interfere no meu livre arbítrio
A segunda expressão que aparece é: Proorizw - Definiu
Daí temos:
“De antemão definiu”
Pré-definiu, não está relacionado com destino
Aparece 6 vezes no N.T.:
· Atos 4:28
· Rom. 8:29,30
· I Cor. 2:7
· Efe. 1:5,11
Para entendermos o assunto da pre-destinação temos que analisar estes textos:
· I Tim. 2:4
· II Ped. 3:9
· Efe. 1:13-14
· Eze. 33:11
· Mat. 11:28
· Apo. 22:16
· João 3:16
“Deus predestinou toda a humanidade para a salvação e não se cansa de trabalhar em prol dos pecadores.”
Rom. 8:30
Paulo está sendo prático, precisamos ver o contexto imediato do cap. 9.
Eleição não tem a ver com salvação, a Bíblia trata a eleição com 3 significados diferentes:
Eklegomai (Heb. Bachar)
· Específicamente a nação de Israel como seu povo - uma escolha coletiva. (hoje a igreja)
· Ocasionalmente a escolha é dirigida a indivíduos mas para o serviço e privilégios eclesiásticos.
· Apenas indiretamente está relacionado com salvação
PP, 208, 209; Test. P/ Min. 453, 454.
O processo de salvação na Bíblia
A idéia a partir da igreja reformada é de uma salvação em 3 tempos:
· Fui justificado
· Estou sendo santificado
· Serei glorificado
Salvação é algo que permeia a vida toda.
É dividida didaticamente em:
· Início
· Continuação
· Fim
No início da Salvação temos:
1. Aspecto Subjetivo
a) Reconciliação
Isto pressupõe uma quebra anterior de relacionamento. I Cor. 5:18-21.
Deus reconcilia-se oferecendo a salvação e nos convida a aceitar esta proposta.
Esta reconciliação é entre Deus e o homem.
· No momento da reconciliação, recebemos a missão de embaixadores desta reconciliação. É algo automático, há um desejo incosciente.
· Todo Cristão nasce no evangelho como missionário. (João 17:18)
“Ir no nome de Cristo é algo e ir como Cristo foi é outra coisa.”
b) Chamado
· Geral - Isa. 45:22 - A minha resposta é que me faz escolhido ou não.
· Individual - Mat. 22:14 - Poucos escolhidos por rejeitarem o convite. II Tim. 1:9
c) Conversão
Eze. 18:30-32 - mudança radical de direção
· Coração novo
· Espírito novo
· Novidade de vida
Paulo ao cair do cavalo teve o ápice de sua conversão pois desde o apedrejamento de Estêvão começou o processo.
· Conversão é uma atitude
· Não é mudar a atitude de vida mas mudar a vida.
· Não é estar convertido é ser convertido
· Conversão e santificação são semelhantes
d) Arrependimento
Trata de um elemento negativo no processo.
· Tristeza - revejo a minha condição e busco a Deus como único meio para resolver o problema e confesso tudo abrindo o meu coração.
· N. T. Metanoia - II Cor. 7:10 - leva à busca por Cristo e conseqüentemente à uma nova vida.
· Metamelomai - O arrependimento como um remorso (Judas) medo das conseqüências.
O que me faz arrepender é o Espírito Santo pois Ele me convence do pecado, da justiça e do juizo.
Arrependimento também é contínuo como a conversão.
Mat. 21:29,30
e) Fé
É confiança em uma pessoa “Cristo”. Pressupõe relacionamento. É confiança em fatos:
· Promessas
· É um dom de Deus - João 16:8-11; 6:37-45
· Dom de Deus que se desenvolve
· Vem pelo ouvir
· Quem? Deus Como? Pelo recurso que Ele mesmo nos deu para que relacionássemos com Ele, a Bíblia “A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus.”
· Crer e confiar são diferentes
· Não devo me preocupar com a fé, mas com o relacionamento
· Fé não é produto mas o relacionamento.
f) Regeneração
Paliguenosis - renascimento
João 3:3 - Nicodemos
Mat. 19:28 - há um aspecto futuro na regeneração.
Apoc. 3:20 - Cristo bate através do Espírito Santo, eu preciso permitir o acesso dEle em minha vida.
Cear conosco é relacionamento. No contexto judaico a ceia era uma intimidade vivida entre amigos de relacionamento.
· Se o homem é totalmente depravado como ele escolhe a salvação?
· O homem como escravo do pecado não tem livre-arbítrio
· Mas a graça cria em mim uma condição de escolha, para que eu exerça o livre-arbítrio e abra a porta para a atuação do Espírito Santo.
· Eu não tenho livre-arbítrio, ele me é concedido pela graça.
Rom. 7:7...
Adão tinha naturalmente a graça para decidir ou seja o livre-arbítrio
Nós não temos, por isso precisamos de uma intervenção sobrenatural da graça para recuperar o livre-arbítrio e daí então eu posso decidir.
Adão estava em perfeita harmonia com Deus, ao cair no pecado perdeu o livre arbítrio e se tornou escravo do pecado, mas a graça o alcançou assim como nos alcança e me faz subir à condição de Adão antes do pecado e aí eu deixo de ser escravo do pecado.
Aspectos Objetivos
1. União Com Cristo
II Cor. 5:17
· Estar em Cristo
· Cristo estar no crente
Como Isto ocorre?
João 15:4,5
Pensamentos e visões diferentes:
· Metafísica - Cristo está em mim = Panteísmo
· Mística - A possessão como ocorre no caso dos espíritos maus.
· Amizade - Colegas compartilhando experiências
· Sacramental - A trasubstanciação.
Qual a melhor visão?
Efe. 5:32 - Um mistério, uma realidade sobrenatural.
· Uma ligação espiritual, mediante o Espírito
2. Justificação
A forma como Deus lida com a culpa do pecado. Deus vendo um pecador como não pecador.
AT. Heb. Tsadaq - declarar justo. Gen. 38:26
NT. Dikaiós - Justificar. Rom. 8:33,34 - É Deus quem os justifica
· Justificar é declarar justo
v. 34 - É Cristo Jesus que morreu. Ao nos identificarmos com Ele ocorre a imputação da justiça obtida por Cristo através de Sua morte e ressurreição dEle em meu lugar.
Esta declaração é um ato forênsico.
M.Disc. de Cristo, 114.
O perdão não é um ato judicial apenas. É perdão e livramento do poder do pecado pelo poder do Espírito Santo.
3. Batismo
Rom. 6:1...
Batismo de João - Batismo da água. Primeiro ingrediente do batismo cristão.
· Batismo da água = Batismo do arrependimento.
Batismo de Cristo - envolve água e Espírito
João 3:6,7
Rom. 6:1-7
Batismo - Água - Arrependimento
- Espírito - Poder, dons, comunhão dos crentes
Esta experiência da água e do Espírito é a experiência de Cristo
Esta é a experiência do crente - Morte e ressurreição.
A morte e ressurreição de Cristo foi simbolicamente antecipada no batismo.
O início e o fim do ministério de Cristo são os mesmos, morte e ressurreição.
O Batismo passou a ser um testemunho público deste fato.
A experiência do batismo não é única, ela é continuada com o rito do lava-pés.
Quem crer e for batizado será salvo.
Quem não lavar os pés não tem parte comigo. É a renovação do símbolo batismal todas as vezes que a cerimônia ocorre.
Batismo do espírito santo
Ter plenitude do Espírito - Atos 6
Capacitação para receber os dons - Col. 3:16
O batismo é importante, mas o mais importante é a renovação diária desta experiência.
4. Adoção
João 1:12
Efé. 1:5
Gál. 4:4,5
Quando ocorre? Quando eu como pecador aceito a Cristo.
O que é? Não éramos parte da família de Deus, agora somo, quem não era agora é filho.
Passamos a ser herdeiro, houve uma mudança de status.
A partir deste momento eu preciso estar na condição constante de filho.
A Continuação da Salvação
Santificação
Santificar é separar, somos separados - A T. Qadosh
- N.T. Hagion
A santificação começa junto com a justificação e ambas ocorrem no decorrer da vida do cristão.
Não existem diferenças nem de quantidade, duração ou qualidade entre santificação e justificação.
Santificação é não viver a vida anterior de pecados. É ter uma seqüência de justificação.
A experiência da justificação e santificação é uma experiência sobrenatural.
I Tes. 5:23
Efe. 5:26
Heb. 13:20,21
Fil. 1:6
I Cor. 1:18
Rom. 8:29
O processo de santificação é o batismo diário do Espírito Santo.
Tecnicamente falando existem 2 situações.
· No processo de santificação (Salvo)
· Perdido
Se a pessoa viveu salva durante toda a vida, e comete um ato de pecado e daí morre, não compete a nós o julgamento, somente a Deus.
Não existe um progresso, ou estou salvo ou perdido. O que ocorre é uma maturação, um amadurecimento.
Muitos fazem um gráfico ascendente onde a linha possui altos e baixos, mas este não é um bom gráfico pois dá a impressão de que há um alvo a alcançar.
A melhor ilustração é de uma criança, desde o nascimento é um se humano até morrer.
Heb. 5:13,14; 6:1...
Fé e Obras
Tiago 2:14...
Rom. 3:24
Rom. 4:1-5,22
Lutero ao se deparar com esta aparente contradição não entendeu e considerou Tiago não canônico.
Paulo não está discutindo com Tiago e vice-versa.
As diferenças estão nos níveis de:
· Auditório:
Paulo se dirige aos Romanos que cria que obras da lei era meio de salvação.
Tiago se dirige a pessoas que já tinham aceito a Cristo e diziam que já era o bastante e isto os levava a um puro conhecimento.
· Fé
Tiago entendia a fé como crença, conhecimento - ele fala que até os demônios crêem. É saber a seqüência dos mandamentos, etc.
Paulo entendia como algo que trazia vibração, a grande realização daquilo que movia o homem em direção a Deus.
· Obras
Paulo entende como méritos para obtenção de salvação - Obras da lei.
Tiago entende as obras como algo intimamente relacionada à fé, a ponto de uma não ser separável da outra. É algo indispensável. Para a fé. As obras tinham que ter algo antecedente, a fé. Para ele era como resultados da fé.
Para Paulo as obras são resultados de um trabalho humano
Para Tiago são conseqüências que comprovam a fé jenuína.
Rom. 4:3
Usa Gen. 15 - O concerto, a aliança que Deus faz com Abraão.
Tiago 2:22,23 - Usa Abraão em momentos diferentes de sua experiência, quando foi oferecer Isaque.
Obras como meio de salvação está errado - Paulo
Obras como conseqüência é correto - Tiago
Se juntarmos os dois ao invés de fé que opera - 2 estágios, teremos fé operante, juntas, ao mesmo tempo.
Fé é algo que não me deixa estático, todos percebem.
Fé é operante em si mesma.
João 14:15 - se me amardes guardareis os meus mandamentos.
Guardo a lei porque já estou salvo pois a fé opera em obediência.
Regras existem por haver um relacionamento não guardo regras para me relacionar, temos regras quando nos relacionamos, é uma forma de respeito e amor pela pessoa com o qual nos relacionamos.
Salvação é algo que eu tenho ou não tenho, não existe etapas, é uma experiência.
Mat. 16:13
Jesus disse objetivamente pela primeira vez que o fim dEle era a cruz. Anteriormente Ele havia dito de maneira figurada.
Cristo disse a cruz é minha e eu tenho que passar por ela. O princípio da cruz é renúncia e altruísmo.
O critério de entrega de Jesus foi a cruz e Ele diz que o mesmo princípio é o nosso. Negação do Eu.
Luc. 9:23
Negue-se a si mesmo dia a dia.
Relacionamento e entrega a Cristo é como um casamento, eu estou casado a todo o instante, todos os dias.
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