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Galatas - Estudo Bíblico

  • 6/11/2018

 

ÍNDICE

µGÁLATAS 2

CAPÍTULO I 2

Saudação e Introdução 2

Gálatas 1:1-10 2

CAPÍTULO II 10

Circuncisão (Antigo Testamento) 10

Justificação (Conceito Bíblico) 17

CAPÍTULO III 21



 

 

GÁLATAS

CAPÍTULO I

Saudação e Introdução

Gálatas 1:1-10

É uma saudação diferente; menos afetiva, mais abrupta; Paulo já “entra de sola”.

 

V. 1 - Paulo, apóstolo ® tem um sentido etimológico:

Etimológico = um homem enviado;

Apóstolo

Teológico (NT) = alguém que é enviado para falar e agir com a mesma autoridade daquele que enviou;

- Sua importância é condicionada pela posição daquele que o enviou.

- Ele estava representando ao próprio Jesus Cristo.

- Paulo falava em nome de Cristo e em nome de Deus.

- “da parte de” ® referência à origem de seu apostolado;

- “por intermédio de” ® referência à comissão de seu apostolado (agência de outorga);

- Deus escolheu, chamou e comissionou ao apóstolo Paulo.

- Homens não participaram de seu chamado

- A posição que ocupava era por concessão divina.

- Os judaizantes atribuíam a Paulo um “ministério inferior” ao dos demais apóstolos, por isso já de início ele apresenta essa argumentação.

- Atos 9:17-20

- Atos 22:15

- Atos 26:15-18 -

- Paulo foi comissionado por Jesus desde o momento de sua conversão;

- Ananias apenas confirmou a Paulo aquilo que ele já havia ouvido na estrada de Damasco.

 

V. 2 - Paulo não menciona o nome dos companheiros

- Estava aqui fazendo uma defesa pessoal.

 

V. 3 - “Graça e Paz”.

- Graça (charis) - Aparece 156 vezes no Novo Testamento.

“Graça” - é o favor de Deus em Cristo sem mérito humano.

- Paz (eirene) - aparece 91 vezes no Novo Testamento.

“Paz” - é um relacionamento certo com Deus (Rom. 5:1).

- Esta paz só é possível através de graça; o esforço humano é abominável por Deus...

 

V. 4 - “para nos desarraigar deste mundo...”

- O tema da epístola é a salvação do homem.

João 5:24

I João 5:12

- Isto significa “desarraigar”

 

V. 5 - Paulo termina a saudação com uma doxologia; atribui glória a Deus.

 

V. 6 - Paulo começa a falar acerca da apostasia que ameaçava os crentes Gálatas;

- “admira-me” (thaumazo) ® em vez de uma expressão de alegria, Paulo usa uma expressão de profundo assombro; “realmente eu não consigo entender”.

- “estejais passando” (metatithémi) ® deserções no âmbito político e militar.

- “outro” (heteros) ® outro diferente (estranho).

- Mat. 6:24 - dois modos de vida diferentes;

- Luc. 18:10 - diferenças entre os dois homens;

- I Cor. 8:4 - não há outro Deus;

- “outro”(allos) ® outro semelhante.

- Mat. 4:21 - “outros dois irmãos” (Mesma família);

- Luc. 6:29 - ...

- João 14:16 - da mesma essência.

- No verso 6, Paulo usa heteros.

 

V. 7 - “outro”, Paulo usa “allos” - evangelho.

- Atos 4:12 - Não existe outro evangelho além do de Jesus

- “perverter” (metastrephõ) ® transferir para uma opinião diferente; mudar o caráter essencial de alguma coisa;

- Os judaizantes pregavam um evangelho de fé, associado com obras - (Atos 10:5).

- Qualquer tentativa humana de acrescentar obras à fé, é uma perversão do Evangelho.

 

V. 8 - o apóstolo antecipa uma objeção

- Os judaizantes questionavam o Evangelho de Paulo

- Ele enfatiza que o evangelho não era particular

- “que vá além” = contrário (parho)

- Anátema = reprovação completa divina; uma coisa maldita literalmente.

- A segurança do apóstolo era grande de que estava pregando o genuíno evangelho de Cristo.

 

V. 9 - Paulo repete o conteúdo do verso 8.

- Ele muda o “referencial” ® Gálatas como ouvintes.

- No verso 8, o referencial é o próprio Paulo

- Paulo estava seguro tanto daquilo, que ele pregava como daquilo que eles haviam ouvido.

 

V. 10 - Ele conclui a defesa de seu apostolado e missão ou pregação.

- A pergunta retórica sugere outra das acusações dos judaizantes.

- Eles o acusavam de estar facilitando as coisas para agradar

- Ele não exigia a circuncisão para os novos conversos

- Paulo era inflexível nos princípios.

- “servo” (doutos) ® a mesma palavra usada para escravo; Paulo era servo, escravo de Cristo.

- Ele tinha um compromisso com Cristo

- II Cor. 5:14 - Paulo era constrangido pelo amor

- I Cor. 9:22 0 Paulo procurava se desdobrar para alcançar as pessoas onde estavam, mas nunca traía a sua lealdade a Cristo.

- Atos 26:19-23 - Paulo era leal a Cristo.

 

V. 11 - Paulo começa a fazer a defesa de sua autoridade apostólica.

- Ele anuncia solenemente aquilo que quer dizer.

- Nos versos 12-24, Paulo prova a origem divina de seu apostolado.

- Estes versículos cobrem o período desde a conversão de Paulo, até o Concílio de Jerusalém; ele narra este período.

- Ele mostra que o seu evangelho foi recebido de Jesus, pois o primeiro contanto que teve com os outros apóstolos foi somente no Concílio de Jerusalém.

- A acusação dos judaizantes era de que o evangelho de Paulo era de segunda mão.

- 2:1-10 - Paulo mostra que os apóstolos reconheceram o seu ministério.

 

V. 12 - O evangelho que anunciava não era recebido de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo.

- Atos 20:35 - Paulo está pregando aos crentes de Éfeso em Mileto; “Mais bem-aventurado é dar que receber.

- Esta passagem não aparece nos evangelhos; Paulo tomou conhecimento desta mensagem através da tradição oral que circulava na época (possivelmente).

- I Cor. 15:3 - outra declaração recebida por condutos humanos (declaração específica).

- Mediante a revelação de Jesus, Paulo recebera o evangelho da justificação, através do sangue de Jesus.

- Não foram declarações específicas.

- “Revelação” (Apokalypsis) ® palavra composta:

a) apo - o contrário da palavra com a qual se liga;

b) kalypto - cobrir, ocultar.

- “Apokalypsis” ® descobrir, revelar.

- Atos 26:19 - referência à visão na estrada de Damasco.

- A Revelação do verso 12, pode incluir a da estrada de Damasco, mas outras também:

- II Cor. 12:7 - Revelação Especial

- Gál. 2:6 - os outros apóstolos nada puderam acrescentar ao que Paulo disse; (nenhum outro apóstolo dominava tão bem o evangelho academicamente como Paulo).

 

V. 13 - Paulo pregava contra o judaísmo não porque não conhecia, mas muito pelo contrário.

- “sobremaneira”(kath hyperbolén) ® além das medidas, excessivamente.

- Paulo estava a fim de destruir a Igreja.

- Atos 8:1 a 3 - consentiu na morte de Estêvão

- Atos 9:1 e 2 - “respirando ameaças de morte...”

- Atos 22:19, 20 - lançava na prisão...

- Atos 26:10, 11 - terrível perseguidor.

- Se Deus não tivesse atuado na vida de Paulo, possivelmente ele teria destruído a Igreja nascente.

 

V. 14 - Parece que este versículo deveria vir em lugar do 13; isto é uma característica do pensamento hebraico: primeiro descreve o resultado, depois o processo.

- Primeiro vem a conclusão, depois a história.

- “muitos da minha idade” - os jovens que estudaram com Paulo em Jerusalém.

- “tradição” (paradosis) ® algo que foi dado paralelamente.

- Mat. 15:2 - dirigidos pela tradição dos anciãos

- Mar. 7:13 - chegavam a invalidar a Lei de Deus.

- Os fariseus eram os mais extremados e Paulo tinha sido um deles.

- Atos 26:4, 5 - Paulo = fariseus (os mais severos)

- Filip. 3:5, 6 - Paulo, um fariseu “irrepreensível”.

- Paulo se distinguia não somente de sua erudição teológica, mas também pelo seu zelo nas tradições judáicas.

- Atos dos Apóstolos, pág. 102 - Paulo foi eleito membro do sinédrio.

- Atos dos Apóstolos, pág. 112 - “altamente promissor”, considerado pelos rabinos.

- Atos dos Apóstolos, pág. 124 - “os talentos e o preparo que Saulo havia recebido, o capacitavam para servir quase em qualquer atividade.

 

V. 15 - Um dos apóstolos mais característicos da teologia de Paulo, é de que ele reconhecia que a influência Divina havia atuado na vida dele, bem antes de sua conversão.

- Deus antevê e por isso elege, escolhe.

- Jerem. 1:4-6 - Deus já havia escolhido Jeremias antes do nascimento

- Jerem. 20:9 - Jeremias poderia ter rejeitado, tinha liberdade para isso.

- O apostolado de Paulo era aprovado por Deus.

 

V. 16 - o conhecimento de Cristo a Paulo, viera através de uma revelação.

- I Cor. 15:8 - Paulo vira a Jesus

- Atos 26:12-19 - Cristo apareceu a Paulo.

- A missão de Paulo era pregar entre os gentios

- “não consultei carne e sangue...”

 

V. 17 - Paulo não necessitava a aprovação dos demais apóstolos para o seu ministério...

- A partir deste verso, Paulo estabelece o seu itinerário:

- Atos 9:19-25 - O livro de Atos, ignora a ida de Paulo à Arábia, conforme está no capítulo 1 de Gálatas, versículo 17.

- Atos dos Apóstolos, págs. 125, 126 - Paulo retirou-se por algum tempo indo para a Arábia, ordenado por um mensageiro celestial

- Ordem correta:

- Atos 9:19 - Damasco

- Gálatas 1:17 - Arábia

- Atos 9:20-25 - Damasco

- II Cor. 11:32, 33 - A fuga de Paulo (Aretas IV - 37-40 A.D.)

- Paulo converteu-se no ano 35 A.D.

- Não sabemos quanto tempo Paulo ficou em Damasco e na Arábia.

 

V. 18 - Ida de Paulo à Jerusalém (ano 38 A.D.)

- Atos 9:26-29 - (gregos = helenistas) - pregação a Judeus

- Atos 22:17-21 - agora Paulo é enviado aos gentios.

- O primeiro período da conversão de Paulo, durou 3 anos (V. 18).

- Somente três anos depois da conversão, é que ele foi à Jerusalém.

- “Cefas” - Pedro.

- Paulo permaneceu apenas 15 dias com Pedro; não foi uma visita suficientemente longa para ter aprendido de Pedro.

- Com o apedrejamento de Estêvão, é que o evangelho começou a ser pregado aos gentios; até esta ocasião, Deus ainda estava dando chances para Israel como nação.

- A partir do apedrejamento de Estêvão, levantou-se uma grande perseguição e os cristãos foram dispersos; começou a pregação aos gentios, o direito de Israel como nação foi passado para o Israel Espiritual.

 

V. 19 - Paulo viu somente a Tiago

- Atos 9:27 - “apóstolos” - não somente os 12 apóstolos.

- Rom. 16:7 - referência não somente aos 12, mas a um grupo maior; mas em Gál. 1:18, a referência é aos 12 apóstolos.

- “Tiago, irmão do Senhor” - era irmão de Jesus.

- Mat. 13.55, 56 - Tiago, José, Simão e Judas eram os irmãos de Jesus; o número de irmãs é indefinido.

- O Desejado de Todas as Nações, pág. 74 - Esses irmãos eram filhos de José.

- O Desejado de Todas as Nações, pág. 75 - Eram mais velhos que Jesus.

 

V. 20 - Paulo está como que fazendo um “juramento”.

- Atesta a veracidade de seu relato.

 

V. 21 - Paulo foi para as regiões da Síria e Cilícia;

- Atos 9:30 - enviado para Tarso (38-44 A.D.).

- Paulo vai para Tarso, onde permaneceu uns 5 ou 6 anos.

- Atos 11:25 e 26 - Barnabé vai para Tarso em busca de Paulo.

- Paulo fica em Antioquia (c. 44-45)

- De Antioquia Paulo e Barnabé são enviados à 1a. viagem missionária do apóstolo, no ano 45 (45 a 47 A.D.).

 

V. 22 - Paulo não era conhecido das Igrejas da Judéia, apenas de Jerusalém (durante os 15 dias) - Atos 9:26-29.

V. 23 - Somente ouviam dizer, glorificavam a Deus, mas não o conheciam - V. 24.

 



CAPÍTULO II

- Paulo continua defendendo a tese de que seu evangelho vinha da parte de Deus e não dos homens.

- Paulo passa a narrar o primeiro encontro decisivo com os demais apóstolos.

- Esse encontro foi uma espécie de reunião administrativa que tinha que ver com a autenticidade do evangelho de Paulo.

 

V. 1 - “14 anos depois” - da conversão, e não da primeira visita.

- Os judeus ficaram sabendo do sucesso da pregação de Paulo aos gentios e que não estava sendo exigida a circuncisão.

- Foram então à Antioquia, para verificar as informações.

 

Circuncisão (Antigo Testamento)

1 - Propósito Divino (AT)

Gên. 17:10-12 - a circuncisão era um “sinal de aliança” e não a “aliança”.

Êxo. 12:48 - também os estrangeiros deveriam receber o sinal se quisessem ser aceitos pelo concerto.

Deut. 10:16 - “circuncidai o vosso ‘coração’...”

Deut. 30:6 - coração circuncidado para amar a Deus.

Jerem. 4:4 - de nada adiantava um sinal exterior, se não houvesse um sentimento interior.

Jerem. 9:25 - o sinal em sí, não colocava os judeus numa situação favorável diante de Deus.

- Não há nada de salvífico na circuncisão em sí.

- Ela deveria vir acompanhada de obediência, como evidência de uma vida transformada.

 

2 - Desenvolvimento (NT).

Rom. 2:25, 28 - os judeus achavam que a circuncisão era tudo

Gál. 3:3; At. 15:5 - “Gálatas insensatos”, o problema era a circuncisão.

Efésios 2:11 - a circuncisão provocou uma divisão entre judeus e gentios.

- Os judeus atribuíam à circuncisão um significado meritório; era necessária para o perdão dos pecados.

 

3 - Resultado (o ensino de Paulo)

Efésios 2:15; Atos 15:19 - Paulo diz que a circuncisão foi abolida na cruz juntamente com todos os ritos cerimoniais.

- O concílio de Jerusalém, determinou que a circuncisão não era

mais necessária.

Col. 2:11 - Cristo agora é a minha circuncisão; sua morte passou

a ser a minha circuncisão.

Rom. 4:11 - Sinal da circuncisão como um símbolo da justiça da fé.

Col. 2:12, 13 - a circuncisão foi substituída pelo batismo.

Gál. 3:27, 29 - Paulo diz que agora não mais distinção entre judeus e gentios.

I Cor. 7:19 - o batismo também precisa vir acompanhado de obediência, pois em sí, também nada é.

Rom. 6:1-14 - sepultados pelo batismo e ressuscitados para uma nova vida em Cristo.

Gál. 2:20 - “vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”.

- Conversão é uma experiência de morte.

- O problema nas igrejas da Galácia, tinha a ver como o modo como o ser humano é salvo, e não sobre a circuncisão em sí.

Atos 15:1, 2 - A controvérsia sobre a circuncisão de gentios

- houve uma contenda não pequena

- Paulo e Barnabé subiram a Jerusalém.

Gal. 2:1 - Tito (um dos delegados), acompanhou-os à Jerusalém

 

V. 2 - “Subi em obediência à uma revelação...”, em Atos 15:2, diz que os “irmãos resolveram”, perguntar-se: É uma revelação divina ou decisão da Igreja?

- Sem dúvida a Igreja também foi dirigida por Deus;

- “aos que pareciam de maior influência” - Pedro, Tiago e João (V. 9)

- a expressão acima significa: “aos que eram tidos de maior influência”.

- “para não ter corrido em vão” - Paulo não tinha dúvidas quanto ao seu evangelho, ele preocupava-se em relação ao sucesso de sua visita à Jerusalém.

 

VV. 3-5 - são parentéticos;

- Falam de Tito; Paulo introduz e esgota o caso de Tito

- Paulo introduz um “gentio incircunciso” - Tito

- Tito não precisou, não foi constrangido a circundar-se

- Atos 16:1-3 - Paulo circuncidou a Timóteo

- Tito ® estava envolvida “questão teológica”

- Timóteo ® estava envolvida “questão cultural”

 

V. 4 - “Falsos irmãos” = fariseus que haviam supostamente se tornado cristãos (Atos 15:5)

- “reduzir-nos à escravidão” - o princípio do legalismo torna-nos escravos da Lei

 

V. 5 - Paulo e os apóstolos não aceitaram as idéias daqueles irmãos

- A verdade do evangelho estava em jogo

 

V. 6 - Retoma o pensamento do verso 2

- Paulo mostra desdém do apelo da autoridade feito pelos judaizantes, e não pelos apóstolos;

- Os judaizantes queriam desmoralizar o apóstolo Paulo, desvalorizando ou invalidando sua autoridade apostólica.

- II Cor. 5:16 - O mais importante é conhecê-lo espiritualmente e não segundo a carne

- “nada me acrescentaram” - o evangelho de Paulo era completo

- Os demais apóstolos não precisaram fazer nenhuma emenda ou correção

 

V. 7 - “Evangelho da circuncisão e incircuncisão” - judeus e gentios

- O evangelho é único para todos

- Gál. 3:28 - Em Cristo não há diferença racial

- Efés. 4:5 - Não existem dois evangelhos

- Paulo está se referindo à missão e não ao conteúdo da mensagem

- Missão de Paulo - aos gentios

- Missão de Pedro - aos judeus

- Gál. 2:7; Atos 15:7 - Aparente contradição? O evangelho aos gentios confiado a Pedro

- Atos 10 - Pedro levou o evangelho a Cornélio e família

- Atos 22:17-21 - Paulo enviado aos gentios

- Atos 9:30 - Enviado para Tarso, para pregar aos gentios

- O 1o. a pregar aos gentios - Paulo (Tarso)

Uma missão extra-oficial, recebeu os treinamentos

- O 2o. a pregar aos gentios - Pedro (Cesaréia)

- O 3o. a pregar aos gentios - Paulo (1a. viagem)

- Quem inaugurou a pregações aos gentios foi Pedro, em termos oficiais

- Atos 11:17 - Deus precisava quebrar a barreira do preconceito

- Deus escolheu alguém insuspeito para inaugurar o evangelho aos gentios = Pedro (oficial)

 

V. 8 - Paulo se refere à igualdade de capacitação

- Ambos (Paulo e Pedro) foram igualmente capacitados por Deus para a missão

 

V. 9 - Como resultado da exposição do Evangelho, veio o reconhecimento da parte das autoridades apostólicas de Jerusalém (Tiago, Cefas, João).

- “eram reputados ‘colunas’ ”- líderes naturais e oficiais

- Atos 1:15 - líder natural = Pedro

- Atos 2:14 - Pedro, o porta-voz do grupo

- “destra da comunhão” - é um apertar de mãos - um gesto para selar um acordo

- Paulo incluiu a palavra Koinonid

- refere-se especificamente ao estreito relacionamento da fé para com Cristo

- I Cor. 1:9 - “comunhão com Cristo”

- II Cor. 13:13 - Fil. 1:5

- Filemon 6

- A “destra da Koinonid é muito mais que selar um acordo.

- É companheirismo e comunhão com Cristo acima de tudo

 

V. 10 - Uma recomendação de caráter ético, que lembram dos pobres

- Atos 15:20 - Recomendação mais extensa

- Leis Morais e de Saúde

- a) carnes sacrificadas aos ídolos

- b) Prostituição

- c) carnes de animais sufocados

- d) Sangue

- Esta recomendação é para os gentios em Atos; em Gálatas, a recomendação é para Paulo.

- Atendimento aos necessitados “lembrança dos pobres”:

- Rom. 15:25-27

- I Cor. 16:3

- II Cor. 8

 

V. 11 - Um desentendimento entre Paulo e Pedro

- “resistí-lhe face a face” - fez na presença, foi honesto; isto foi feito publicamente e não à parte.

 

V. 12 - os da “circuncisão” eram judeus cristãos, da parte de Tiago.

- Pedro comia com os gentios e quando chegaram os judaizantes, ele apartou-se dos gentios

- O concílio de Jerusalém tratou o caso dos gentios e não dos judeus

- Atos 11:19-21 - a preocupação de Paulo era com a Igreja, com os conversos, com os gentios

- A postura de Pedro foi reprovada por Paulo

 

V. 13 - O ato de Pedro influenciou outros também

- “dissimular” - grego (verbo) = agir hipocritamente ((synypokrinomai), parecer aquilo que não é

 

V. 14 - A questão envolvia muito mais do que a conduta de Pedro; envolvia o bem-estar dos crentes gentios

- A repreensão foi pública porque a ofensa foi pública

- I Tim. 5:20 - pecados públicos devem ser tratados publicamente

- Pecados secretos devem ser tratados sigilosamente, secretamente.

- “sendo judeu vives como gentio” - Pedro livremente entrou na comunhão com os gentios

- Atos 10:20, 28, 29, 34 - Pedro estava convencido de que sendo judeu deveria aceitar a comunhão com os gentios

- Ao afastar-se dos gentios, Pedro estava como que obrigado-os à circuncisão (pratica pelos judeus)

- Até aqui, analisamos a parte história; e a partir do verso 15, analisaremos a parte teológica.

 

V. 15 - Argumentação Teológica

- “Nós judeus por natureza” - descendentes literais de Abraão.

- Rom. 3:1, 2 - havia vantagem em ser judeu

- Rom. 9:4, 5 - povo envolvido por Deus

- Estava descrevendo as desvantagens do povo gentio em relação às vantagens do povo judeu

- Rom. 3:9 - espiritualmente iguais

- Rom. 3:23, 29 - “todos pecaram”...

 

V. 16 - “justificar” - “dikaioõ” = declarar justos, ser aprovados aos olhos de Deus.

- “justificados”, aparece no tempo presente (sempre é verdade) e voz passiva (indica que a justificação é um ato externo, vindo de fora).

- Ninguém consegue justificar-se a sí mesmo, isto não é uma conquista humana.

- A Lei em Paulo:

- Tem três sentidos diferentes (o termo Lei):

- 1) - Pentateuco (torah) = Lei para os cinco livros de Moisés

- Rom. 3:21b - referente ao Antigo Testamento como um todo

- Gál. 4:21 - Lei com sentido de Pentateuco

- Antigo Testamento divido em três partes:

- a) Torah = Lei

- b) Nebi’hin = Profetas

- c) Ketubim = Escritos

 

- 2) - Antigo Testamento (Escrituras em geral)

- Rom. 3:19 - referência a todo o Antigo Testamento

- I Cor. 14:21 - Passagem de Isaías - Lei ao todo o Antigo Testamento

 

3) - As Leis de Moisés (incluindo-se a Lei Moral)

- Usa o termo “leis” de forma genérica

- Paulo não está preocupado em distinguir entre Lei Cerimonial e Lei Moral

- Na mente de Paulo, a preocupação era: “A Lei salva ou não?”

- Rom. 2:17 - “se baseia na Lei para a própria salvação”

- Rom. 3:28 - obras da Lei = Lei de Moisés

- Rom. 7:12 - A Lei é santa... (atributos da Lei)

- Gál. 5:3 - Toda a Lei...

 

- II Cor. 3:7 - A pedra vinculada ao ministério de morte; as pedras não tem o significado de perpetuidade, mas o de morte.

- Leis de Moisés = Moral, Cerimonial, Sanitário, de Saúde (conjunto de todas as leis)

- SDABC, b, págs. 1109, 1110 - Lei em Gálatas

- Ellen White diz que a Lei em Gálatas é a Lei Moral.

- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, cap. 26-32 - sobre a Lei

- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pp. 308-400 - justificação pela fé

- Em Gálatas 2:16, a referência é à Lei Mosaica, incluindo a Lei Moral

- Os judeus desenvolveram três dogmas:

- 1) - A salvação podia ser obtida por esforço próprio, tendo a Lei como meio para tal

- Rom. 2:17 - “repousar na Lei”

 

- 2) - “Tradição” - estabeleceram muitos detalhes para o cumprimento da

Lei

- Marc. 7:3 - “Não comiam sem lavar as mãos”

- Mat. 15:2, 9 - “Doutrinas que eram preceitos humanos”

 

- 3) - Mesmo depois da cruz, os judeus continuaram exigindo as normas

acima

- Atos 15:1, 5 - “circuncisão e observância à Lei de Moisés”

- Atos 21:21 - “circuncisão; costumes da Lei”

- Tudo aquilo que o homem necessita para sua salvação, Jesus já fez na cruz do calvário.

 

Justificação (Conceito Bíblico)

- a) - Perdão = Justificação

- Atos 13:38, 39 - Perdão e justificação são a mesma coisa

- SDABC, 6, p. 1070 - Pecados perdoados, quando entendo o que Cristo fez e aceito.

- “Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa...”

 

- b) - Duplo Significado:

1 - Absolvição da culpa de pecados passados (legal)

- Rom. 5:12 - “...todos pecaram”

- (Porque) - eph’ho - no qual

- O homem herda de Adão não a culpa, mas a natureza pecaminosa

- Efésios 1:7, 8 - “No qual temos a remissão dos pecados”.

 

2 - Libertação do poder do pecado no presente (subjetivo)

- Luc. 4:18 - “Libertar os cativos...”

- Rom. 8:1, 2 - “Libertos da Lei do Pecado...”

 

- Perdão (aphesis) - Arndt e Gingush: Dois significados no Novo Testamento:

- a) Cancelamento de uma obrigação, punição ou culpa

- b) Livramento do Cativeiro do pecado.

 

V. 16 - continuação... (ESBOÇO DE SERMÃO):

- Porque o homem não pode ser justificado pelas obra?

- 1) Gálatas 3:21

Paulo não está invalidando a Lei, ma a Lei não pode dar vida, não tem esta atribuição

 

- 2) Gálatas 2:21

Não há espaço para os dois (a Lei e a morte de Cristo)

- Deus não opera onde o homem opera

 

- 3) Efésios 2:8, 9

Isto só serviria para alimentar o orgulho humano

- Elimina do coração a devoção que só a Deus pertence

 

- 4) Romanos 4:4

Deus passaria a estar obrigado a salvar o homem

- Passaria a ser um devedor do homem

Apelo - Exalando o amor de Cristo (II Cor. 5:14).

V. 17 - Uma pergunta de Paulo

- Os judaizantes acusavam a salvação pela graça

- Diziam que a pessoa seria irrepreensível se buscasse a salvação pelas obras

- Rom. 7:24 - “Desventurado homem que sou...”

- Diziam que Cristo era culpados pelos pecados na via dos crentes

 

V. 18 - Paulo diz que em Cristo não é mais transgressor, seria se voltasse às práticas anteriores

Mensagens Escolhidas, V. 2, pp. 32, 33 - “Não devemos estar ansiosos acerca do que Cristo e Deus pensam de nós, mas do que Deus pensa de Cristo - nosso Substituto”.

- “Vós sois aceitos no Amado...”

- A ira de Deus está voltada contra o pecado, e não contra o pecador

- “Da mesma forma que não há pecado que Deus não odeia, não há pecador que Ele não ame.

 

V. 19 - “Morri para a Lei” = Paulo

- Paulo fala em dois tipos de morte com relação à Lei:

- a) Morte sob a Lei - Morte da Condenação

Rom. 7:7-9 - Morto sob a Lei (condenação)

- A Lei de Deus faz o pecado (revela o pecado e condena)

 

- b) Morte para a Lei - experiência da justificação

Rom 7:6 - Morrendo para a Lei encontrou a salvação

Rom. 6:6, 7 - Morrer com Cristo... é estar justificado.

 

V. 20 - “Estou crucificado com Cristo” - estou justificado, o velho Paulo está morto

- “Agora Cristo vive em mim...”

- Rom. 6:7-13 - “Cristo é quem vive na vida de Paulo”

 

V. 21 - “Não anulo a graça de Deus”- estaria anulando a graça, caso edificasse aquilo que havia destruído, o legalismo

- Se a salvação fosse mediante a Lei, então a morte de Cristo seria em vão.

 

CAPÍTULO III

V. 1 - “Gálatas insensatos” = “anoetos” = tolo, sem discernimento mental

- Fascinar = “baskanõ” = enfeitiçar, lançar o encanto

- Não conseguiam ver a falsidade dos ensinos dos judaizantes, estavam como que enfeitiçados

- Expôr = “prographõ” = escrever antes; escrever em público, para que todos vejam

- Paulo foi o agente da exposição de Jesus diante dos Gálatas

- Expôr de forma clara, inequívoca

 

V. 2 - “Recebestes o Espírito...”

- Para Paulo, receber o Espírito equivale a tornar-se cristão de forma autêntica, genuína

- Isto é uma experiência íntima, não apenas de “fachada”

- Rom. 8:14-16 - O próprio Espírito testifica com o nosso espírito, dizendo que somos Filhos d e Deus

- “Pelo ouvir da fé” - ouvir = “dcouw”(pregação)

 

V. 3 - A vida cristã começa com a justificação; e ser justificado com Cristo, equivale a receber o Espírito Santo.

- S. João 3:3-8 - Tornar-se cristão também significa nascer da água e do Espírito

- Água = como meio, símbolo

- Espírito = Como agente

- O Desejado de Todas as Nações, pág. 370 - “Os que recebem o Espírito Santo pela fé, tem vida eterna...”

- Rom. 8:9 - Receber o Espírito significa tornar-se cristão

- ST, 08/03/1920 ®Os que não sabem o que é ter ma experiência nas coisas de Deus, que não sabem o que é ser justificado pela fé, que não tem o testemunho do Espírito de que são aceitos por Jesus Cristo, precisam nascer de novo.

- “Conversão” - é uma experiência de vida

- O Espírito Santo tem uma obra a realizar

- “aperfeiçoar = “epiteléo - (epiteleo)” = cumprir, completar, terminar, levar até o alvo

- Isto é relativo à restauração do caráter

- Aqui pela primeira vez Paulo introduzia a experiência da santificação

- “A justificação é a santificação iniciada e a glorificação é a santificação consumada

- Isto só pode ser separado didaticamente e não na experiência

- Rom. 8:11, 13 - “vivificará...” - processo da salvação

- Gál. 5:16-26 - “O crente anda no Espírito...”

- Filip. 1:6, 9-11 - “O Espírito começa e completa a boa obra em nós...”

- A obra de transformação é Divina, a obra de regeneração é totalmente Divina.

- Sou eu quem ando, mas através do Espírito

- A participação humana é criar condições par que o Espirito realize sua obra

- Gál. 2:16 -

- Rom. 8:3, 4 - Preceito da Lei, mediante Cristo

- Rom. 9:31, 32 - Deus não opera onde o homem opera

- Filip. 3:6, 7 - Experiência de Paulo

- O Desejado de Todas as Nações, pág. 646 - “É por meio do espírito que o coração é purificado...”

- A introdução de mérito humano exclui o processo de regeneração

 

V. 4 - Sofrer - “paschõ” = sofrer, aqui traduzida por experimentastes

 

V. 5 - Introduz elementos positivos

- A ênfase está no Doador (Aquele que doa o Espírito)

- No verso 2, a ênfase está nos recebedores

 

V. 6 - É citada a “experiência de Abraão”

- Citação indireta de Gên. 15:6 - “Abraão creu e isso lhe foi imputado para justiça”.

- Rom. 4:1-3 - É citado o mesmo exemplo

- Se assim foi com Abraão, será também com todos os seus descendentes

- “Imputada” (logizomai) = colocar na conta de; imputar; computar

- Deus contou a fé de Abraão como justiça

- Ele não tinha justiça, mas creu e isso foi o meio pelo qual lhe foi creditada a justiça

- “Fé” - em sí mesma não possui nenhuma virtude

- Demonstramos fé quando nos entregamos totalmente a Deus; submissão total

- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 367 - Deus lança na conta do pecador aquilo que Cristo fez

 

V. 7 - “Os da fé é que são filhos de Abraão”; e nãos os que tiveram a circuncisão como de Abraão.

 

V. 8 - Citação de Gên. 12:1-3

- Deus queria que Abraão fosse um instrumento de salvação

- Isaías 2:1-5 - Esse é o papel que Israel deveria desempenhar (ser uma luz para o mundo)

- São promessas incondicionais (Deus. 28:1-13) - “Se”

- Abraão/Israel com duas missões:

- Tipológica - seria um modelo daquilo que o mundo poderia ser

- Missiológica - Israel tinha uma missão a cumprir

- Como Israel falhou, deus transferiu essas missões à Igreja

 

V. 9 - “Os da fé serão abençoados como Abraão foi”

 

V. 10 - Os judaizantes buscavam salvação na Lei.

- Paulo diz que estão debaixo da maldição da Lei

- Rom. 6:23 - Salário do pecado = morte

- Rom. 7:7-9 - A Lei demonstra que o pecador está condenado

- Deut. 27:26 - “Maldito todo aquele”...

- Paulo está dizendo aos judeus que eles podem se justificar na Lei, ma desde que nunca pequem; ocorre que isto é impossível.

 

V. 11 - Pela Lei ninguém é justificado diante de Deus porque ninguém consegue viver sem pecado.

- Hab. 2:4

- Rom. 1:17

- Texto Grego = “A pessoa justa viverá pela fé”

- Melhor Tradução - “Aquele que é justo pela fé viverá”

 

V. 12 - “Aquele que observar os seus preceitos, por eles viverá”

- Esse é o texto mais difícil de Gálatas

- Aparentemente está sendo endossada a justificação pela Lei

 

V. 11 - (o que foi justificado pela fé viverá)

V. 12 - (o que observar a Lei viverá)

- Temos que entender o verso 10 = O que observar a Lei viverá, mas desde que nunca peque (esta é uma declaração hipotética)

- Lei e fé se excluem mutuamente como meios de salvação

 

V. 13 - Estamos todos sob a maldição e a única forma de sermos libertos é através de Cristo

 

V. 14 - “Bênção de Abraão” = justificação

 

V. 15 - “Falo como homem” - aparece também em Rom. 3:5 e 6:19 (três vezes)

- Significa - vou ilustrar em termos humanos a minha idéia

- “Aliança” - (Diathéké) = testamento (uso comum no grego clássico); e aliança, concerto ou pacto (uso comum da septuaginta)

- O Novo Testamento inspirou-se na septuaginta quanto ao uso deste termo

- Paulo está dizendo que em termos humanos um concerto não é mudado após confirmado, muito mais quando o concerto é feito com Deus

- Deus jamais mudaria a promessa feita a Abraão.

- Se um concerto humano não sofre alterações, muito mais deixará de sofrer o Divino

- Heb. 6:15-18 - Imutabilidade do propósito Divino

 

V. 16 - Paulo faz aqui uma exegese do Antigo Testamento

- Ocorre que no Antigo Testamento, Deus sempre usou o coletivo: “descendência” e não “descendente”

- Como entender?

- Paulo está sendo mais específico

- O cumprimento daquela promessa culminaria em “Cristo - O descendente”

 

V. 17 - A Lei que veio 430 anos de pois não veio para revogar a aliança

- O concerto sinaítico não veio para tomar o lugar do concerto abraânico

 

V. 18 - “Herança” = todas as bênçãos espirituais

- Se a herança é da Lei, então não é mais da fé

- Rom. 9:31, 32 - Israel buscava a justiça mas no lugar errado, por isso não alcançou a justiça; buscavam a justiça na Lei.

- Heb. 4:2 - “Não foi acompanhado pela fé...”

 

V. 19 - “Qual, pois, a razão de ser da Lei?”

- Paulo responde a esta pergunta até o capítulo 4:31

- O cerne da resposta vai até o capítulo 3:25

- Até o capítulo 4:7 (a partir do capítulo 3:25), Paulo amplia a sua resposta

- Do capítulo 4:7 ao capítulo 4:31, Paulo ilustra

- “Foi adicionada” - surge a dúvida. Se foi adicionada, como fica antes do Sinai?

- Abraão e os demais Patriarcas não estavam desobrigados da Lei Moral

- A Lei adicionada no Sinai não foi novidade, ela já existia gravada nos corações

- Rom. 2:15 - Lei gravada nos corações

- Gên. 17:1 - - “anda na minha presença e sê perfeito

- Gên. 17:9 - “guardas aquilo que estava no pacto”

- Gên. 18:19 - “Havia exigências morais”...

- Gên. 26:5 - “Abraão viveu em conformidade com a Lei de Deus já existente”

- Caminho a Cristo, p. 50 - (A Obediência é um Privilégio), 2o. parágrafo, (Atos ocasionais e costumeiros)

- “Por causa das transgressões”

- Durante a escravidão egípcia, os israelitas perderam a sensibilidade pelas coisas morais, a percepção espiritual

- Quando Deus tirou-os de lá, a primeira coisa que fez, foi apresentar-lhes a Sua Lei

- A Lei foi adicionada por causa das transgressões do povo de Israel

- Deus precisou usar uma metodologia para trazer de volta o povo aos Princípios Morais.

- I Tim. 1:9, 10 - A Lei se promulga para transgressores, justos não precisam de Lei

- A Lei já existia, então o que foi adicionado?

- Ela recebeu uma “roupagem nova” no Sinai

- Essa roupagem era:

A forma escrita da Lei

A linguagem forte “Não” (negativa

A teofania (trovões, relâmpagos)

Tábuas de Pedra (severidade)

- Ex. 34:29-35 - O rosto de Moisés resplandece

- A justiça de Deus estava presente na Lei, e quando Moisés se aproximou da Lei a justiça de Deus brilhava em seu rosto

- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 237 ® “A Lei é uma transcrição do caráter de Deus...”

- Ex. 20:18-21 - O povo sentiu, temeram, pediram para que Moisés falasse com eles e não Deus

- Deus precisava avivar o sentimento do pecado do povo, chamar-lhes ao arrependimento

- II Cor. 3:7,9 - Tábuas de pedra = ministério de morte (severidade e não perpetuidade)

- Mensagens Escolhidas, Vol., pág. 236 - A Lei como pronunciamento da condenação ao pecador

- Idem, pág. 237 - Ministério da Lei (em pedra) = ministério da morte

- Idem, pág. 238 - A manifestação de poder trouxe medo ao povo

- A Lei foi adicionada para mostrar a necessidade da graça

- “Até que viesse o Descendente” - Jesus

- Vindo o Salvador, a Lei (do Sinai) cumpre o seu propósito

- A morte de Cristo representou numa crise positiva na função da Lei

- “Promulgada por meio de Anjos, pela mão de um Mediador

- Atos 7:53 e Heb. 2:2 - (Anjos no Sinai)

- Paulo diz que anjos estiveram lá, mas a Lei foi dada por um Mediador

 

V. 20 - Paulo diz que o Mediador não é de um - é a terceira parte

- “Mas Deus é um” - único (Els = um, único)

- A Lei foi dada por um Mediador, mas a promessa à Abraão foi dada diretamente por Deus

 

V. 21 - “Promessas” - feitas a Abraão.

- A Lei não pode dar vida porque esta não é a sua função

- I Tim. 1:8 - A Lei é boa, mas não possui significado salvífico

- Rom. 9:31, 32 - O erro esteve com o povo e não com a Lei

 

V. 22 - “Escritura” = Lei

- A Lei foi dada para mostrar o pecado e condenar; ao condenar ela mostra a necessidade da graça

- Ilustração: pecado = prisão; Lei = carcereiro

- Todos estão debaixo do pecado, já que ela aponta o pecado

- Rom. 3:20 - conhecimento do pecado pela Lei

- Rom. 4:15 - havendo Lei, haverá transgressão

- Rom. 5:20 - Lei dada para que o pecado aparecesse

- Rom. 7:7 - A Lei aponta o pecado, e ao apontá-lo a Lei condena

- A Lei foi dada para mostrar a necessidade da graça

- Para as pessoas do Antigo Testamento, a vinda do Messias era uma esperança; ainda estavam sob a condenação, ninguém ainda havia pago a dívida

- I Cor. 15:11, 18 - Se a ressurreição de Cristo não fosse uma realidade, todos estariam perdidos

- Judas 9 - Disputa sobre o corpo de Moisés, entre o arcanjo Miguel e o diabo

- S. Mateus 17 - A transfiguração de Cristo

- S. Mateus 16:21 - A primeira vez que Jesus falou aos discípulos sobre a Sua morte

- Os discípulos precisavam da transfiguração para terem certeza a respeito do messias

- Jesus estava diante da realidade da morte; a cruz o assustava; Ele não podia ver além da sepultura

- Na transfiguração Deus enviou dois mensageiros do céu (Moisés e Elias)

- Lucas 9:31 - Esses mensageiros falavam com Jesus acerca de Sua morte

- Estavam ali para dar ânimo a Jesus

- Isaías 53:11 - “Verá o fruto do penoso trabalho de Sua morte e ficará satisfeito”...

- Isto cumpriu-se parcialmente na transfiguração

- Colos. 2:14 - “Escrito de dívida” - cheirographon = escrito à mão (hoje seria uma Nota Promissória)

- Cristo pegou a nossa nota promissória e rasgou-a na cruz, mas Satanás explora criminosamente esta dívida

- Na cruz Cristo adquiriu o direito legal de salvar

- S. João 19:30 - “Está consumado” - tetélestais = está pago (o carimbo usado no caixa: PAGO)

- Gál. 4:4, 5 - Resgatar os que estavam sob a Lei

- Heb. 9:15 - “Intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança

- Rom. 8:31-34 - Deus é quem justifica

- Rom. 3:24-26 - Do ponto de vista legal, Deus deixou os pecados impunes (antes da cruz)

- Deus estava sendo injusto

 

V. 23 - Repete a idéia do verso 22; com mais ênfase;

- “prhroureó” = guardar sob; manter em custódia; confinar

- “synkleió” = fechar de todos os lados, trancar, encerrar.

- “Estávamos confinados sob a Lei, aprisionados...”

- A cruz de Cristo é a única saída para o pecado

- “Antes que viesse a fé” - a fé no sacrifício de Cristo ainda era ilegal (A. T.), não tinha base em que se firmar

- A fé não estava firmada em fatos, mas numa esperança

- “Para essa fé” - “Para” (Els) = propósito

 

V. 19 - A causa da outorga da Lei:

- Por causa das transgressões

 

V. 22 - O resultado da outorga da Lei:

- A condenação de todos

 

V. 23 - O propósito da outorga da Lei:

- Mostrar ao pecador a necessidade da graça

- Gálatas não trata da validade da Lei, mas sim, da função da Lei

 

V. 24 - A Lei serviu de “aio” (paidagogós) = escravo ou servo que cuidava das crianças de famílias ricas

- A função básica era disciplinar e não educativa

- A Lei exerce uma função disciplinar = mostrar o pecado e então condenar

- “Paidagogós” (hoje) = Tutor; preceptor; disciplinador

- É correto afirmar que a Lei exerce papel na salvação do pecador

- Precisamos fazer a distinção entre:

- Agente - pessoa que opera, age, pratica uma ação

- Instrumento - qualquer objeto considerado em sua função ou utilidade

- (Agente é Cristo; Instrumento é Sua Lei)

- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 234 - Lei em Gálatas = Lei Moral

- Lutero - citação sobre a Lei

 

V. 25 - Tendo “vindo a fé” a Lei não me condena mais

- Paulo está falando da função da Lei e não da validade

- Na cruz, a Lei perde a função do Sinai, perde a roupagem (já mencionada)

- Com a morte de Cristo, a Lei volta a ser o que era antes do Sinai

 

- Nota tônica dos Profetas:

- Jerem. 31:33, 34 - A Lei com o aspecto disciplinar não iria durar para sempre

- Ezeq. 36:25-27 - A Lei não é anulada; Deus queria mudá-la de lugar (escrever no coração do pecador); queria mudar a função da Lei

- Na vida do crente, a Lei é um padrão de Justiça

- Da realidade histórica, para a realidade experimental:

- Aquilo que aconteceu historicamente na vida do povo de Israel é o mesmo que acontece experimentalmente na vida de todo o pecador

- Salmo 40:8 - A Lei grava no coração

- Salmo 119 - Descreve essa nova realidade

- II Cor. 3:1-18 - Transcrever a Lei em nosso coração é obra do Espírito Santo

- Precisamos tirar o nosso véu do coração, deixar de ser legalistas, e permitir que a Lei seja estabelecida como monumento em nosso coração

 

V. 19 - a causa

V. 22 - o resultado

V. 23 - o propósito

V. 26 - “Pois todos vós sois filhos de Deus”

- Gálatas 4:1-7 - Paulo ilustra aquilo que está no verso 26

- Encontramos aqui a nossa filiação em Cristo

- Alguém se torna filho de Deus, quando ou a partir do momento que O aceita.

 

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